Modalidade de delito que vitima centenas de pessoas diariamente, algumas fatais, é praticada tanto em grandes centros como em pequenas localidades. O fato seguinte deu-se em 16 de novembro de 1992, em São Caetano do Sul, São Paulo. Naquele dia, após sacar dinheiro em agência bancária para saldar compromissos empresariais, o advogado Cláudio Giannelli, foi perseguido por assaltantes, abordado a poucos metros de sua residência e atingido por um disparo efetuado por um dos bandidos. Socorrido, chegou vivo ao hospital para onde foi levado, falecendo antes de medidas mais efetivas para salvá-lo. Cláudio, 45 anos, casado, pai de cinco filhos, dias antes de desencarnar, deixava transparecer em vários comentários a familiares uma insistente preocupação de que a sua partida deste Plano Terreno estaria prestes a se cumprir. Cláudio rapidamente se refez na Espiritualidade. Alguns meses após o ocorrido, seus irmãos Odília e Gilberto, estavam em Uberaba, na esperança de alguma informação de Chico Xavier. Da emocionante e emocionada carta por ele psicografada destacamos: -“Estou bem, no entanto, ver a esposa tão atribulada não me permite um passo a mais na renovação de que necessito. A morte do corpo é mudança de vestimenta, sem alterar-nos naquilo que realmente somos. (...) Para esclarecimento, especialmente à nossa Zilda, comuniquem a ela que estive consciente, embora plenamente anulado, até o Hospital São Caetano. Quando me vi cercado por médicos e enfermeiros, um homem chegou, de leve, até onde me achava estirado e se aproximou de meus ouvidos, dizendo-me: “Filho, não tenha medo! Jesus não nos abandona. Não se aflija com a agressão de que foi vítima! Descanse o seu pensamento que a dor esfacela e pense na Bondade de Deus! Entregue a esposa e os filhos à Misericórdia Divina e repouse...” Quem me falava assim no tom que não posso esquecer? Ele respondeu-me: “Estamos juntos. Sou o seu pai Mario que volta a você para transportá-lo comigo!” Ao ouvir aquelas palavras as lágrimas me brotaram dos olhos e procurei a tranquilidade na oração última. Então, senti que, enquanto ali se preocupavam com o meu corpo ensanguentado pelo tiro que me alcançara, meu pai ali estava comigo auxiliando-me a confiar em Deus. Uma bênção de paz me desceu ao coração, e, entreguei-me aos braços de meu pai, que se fazia acompanhar de outros amigos. Retiraram-me do corpo devagarzinho, como se para ele houvesse, voltado a ser criança. Colocou-me de pé e abraçou-me como se eu estivesse nos dias da primeira infância e, tão pacificado me vi, que entrei num sono calmante para mim naquela hora incompreensível. Em seguida, carregando-me nos próprios braços, notei que deixávamos o Hospital e nos puséramos a caminho. Chegamos, seguidos pelos amigos que lhe partilhavam aquele maravilhoso transporte e fui internado numa clínica de grande tamanho, numa paisagem que não era mais a nossa. Ali, com a passagem de algumas horas, meu pai informou-me quanto a minha nova situação. Fiquei ciente de que alguém projetara sobre mim uma bala mortífera. Mas quando tive o primeiro impulso de revolta, meu pai asserenou-me, pedindo que eu entregasse tudo a Deus e de nada me queixasse. Segui aqueles conselhos que me tocavam a alma e pude esperar que passassem alguns dias até o momento de rever Zilda e os filhos. Chegou esse momento, em dezembro, (...) Cheguei emocionado em nossa casa da Rua Thomé de Souza e achei a querida Esposa tão ferida no íntimo que não suportei o pranto que se represava dentro de mim. Chorei ou choramos juntos e, até agora, estou trabalhando para asserenar-lhe o pensamento de mãe que enfrenta as provações da viuvez. (...)Cláudio Giannelli”.
Existe
um “método científico não oficial” para fornecer evidências empíricas da
existência dos Espíritos?
Primeiro, precisamos entender a palavra
“oficial”, pois o ouvinte fala de método científico não oficial.
Na verdade, o termo “oficial” – que quer
dizer, emanado de autoridade competente – não pode se aplicar à ciência, porque
não existe um órgão, uma instituição ou uma pessoa que tenha autoridade suficiente
para dizer o que é ou o que não é verdade.
A ciência, representada pelos
pesquisadores, é sempre um campo aberto à busca de novas verdades e isso parece
não ter fim.
Cabe aos cientistas – hoje, através das
universidades de todo o mundo - buscarem
a verdade no seu campo de experiência, mas, por mais que proclamem uma verdade,
sempre haverá quem descubra uma verdade maior.
Desse modo, o que caracteriza a ciência
é esse anseio de descobrir novas leis e novos caminhos, sem a perspectiva de
tudo resolver.
Os primeiros passos da ciência foram mais
fáceis: Copérnico anunciou que era a Terra que girava em torno do Sol, Galileu
descobriu a lei de queda dos corpos, em Newton vemos confirmada a lei de causa
e efeito, Robert Hooke descobriu a célula que só foi confirmada quase dois
séculos depois, Mendel antecipou em muitos anos a existência dos genes.
Entretanto, mesmo considerando os pais
da ciência, muitas outras descobertas aconteceram depois, reajustando,
ampliando ou aprofundando conceitos, de tal modo que nenhuma delas foi completa
ou perfeita.
Hoje, no campo científico, o
procedimento comum é a realização de congressos em todo o mundo nas várias
áreas de conhecimento, para onde os especialistas levam o resultado de suas
pesquisas para serem discutidos.
A verdade se impõe, evidentemente, pela
maioria da comunidade científica e mesmo assim sem a pretensão de esgotar
qualquer assunto.
Como já dissemos aqui, neste programa,
temos e tivemos muitos pesquisadores que se debruçaram sobre fenômenos
espíritas, mas que sequer foram ouvidos.
A comunidade científica, de uma maneira geral, preocupada exclusivamente
com o estudo da matéria, através do qual sempre encontram motivos para obter
vantagens materiais, não dá chance para os que se propõem a estudar o espírito.
Isso se explica em grande parte pela
guerra que a religião travou com a ciência durante séculos, perseguindo
cientistas e querendo demonstrar que a fé sobrepuja a razão na busca da
verdade.
Criou-se, então, uma barreira,
principalmente depois que a ciência passou a se impor, principalmente a partir
do século XIX, de tal modo que o campo da religião passou a ser visto como
equivocado e perigoso.
Para você fazer uma ideia se como a
comunidade científica despreza toda pesquisa no campo do Espirito, vamos citar
um caso dos mais significativos que ocorreu na época de Kardec.
Quando
Charles Darwin publicou “Seleção das Espécies”, em 1859, havia um outro
naturalista inglês que chegara, antes dele, às mesmas conclusões sobre a Teoria
da Evolução e que não foi sequer mencionado nesses estudos.
Esse naturalista era Alfred Russel
Wallace que, na ocasião, fazia pesquisa sobre materialização de Espíritos na
Malásia. Justamente por isso, ele foi riscado do meio científico e deixou de
ser considerado como co-criador da Teoria da Evolução.


Nenhum comentário:
Postar um comentário