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sábado, 16 de março de 2024

O DEPOIMENTO DE GOETHE ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Considerado o mais importantes dos escritores e pensadores alemães, Johann Wolfgang Von Goethe, viveu 83 anos em nossa Dimensão, tendo desencarnado em 1832, na cidade de Weimar. Romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas da arte, literatura e ciências naturais, fazem parte de sua vasta produção. Ao lado de Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão. Sua obra influenciou a literatura de todo o mundo. Atraves do romance OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER, tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Marco inicial do romantismo, o livro é considerado por muitos como uma obra-prima da literatura mundial, de tom autobiográfico, escrito na primeira pessoa e com poucas personagens. Na época de seu lançamento, ocorreu na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras. Outra obra consagrada de Goethe, foi FAUSTO, poema trágico dividido em duas partes, redigido como uma peça de teatro, pensado mais para ser lido que encenado, cuja versão definitiva foi escrita e publicada em 1808. Em 1788, aos trinta e nove anos, ao retornar da Itália, conhece Schiller que a esta altura já havia escrito a ODE Á ALEGRIA posteriormente imortalizada por Beethoven na sua NONA SINFONIA -, nascendo daí uma sincera amizade, embora temperada com uma dose de competição, embora incomodado com o sucesso do seu concorrente dez anos mais jovem, especialmente pelo seu vício pelo tabaco e pelo jogo. Schiller morreria sete anos depois, aos 39 anos, mas a convivência renderia bons trabalhos em comum. Bem, Allan Kardec, quatorze anos após a morte de Goethe, na reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas de 25 de março de 1856, o evoca e o entrevista, obtendo interessantes informações sobre sua vida, obra e situação no Plano Espiritual. Foram dezenove perguntas, respondidas objetivamente pelo famoso intelectual e reproduzidas no número de junho de 1859 da REVISTA ESPÍRITA. Informando estar ainda na situação de desencarnado, esclarece “estar mais feliz do que enquanto vivo” em nossa Dimensão “por estar desvencilhado do corpo grosseiro, vendo o que não via antes”. Sobre sua opinião atual sobre FAUSTO, explica que era “uma obra que tinha por objetivo mostrar a vaidade e o vazio da Ciência Humana e, por outro lado, naquilo que havia de belo e de puro, exaltar o sentimento do amor, castigando-o no que encerrava de desregrado e de mau”. Sobre se teria sido por uma espécie de intuição do Espiritismo – ainda não Codificado –, que descreveu a influência dos maus Espíritos sobre o homem, disse que “tinha a recordação exata de um mundo onde via exercer-se a influência dos Espíritos sobre os seres materiais”, acrescentando ser uma “recordação de uma existência precedente”, “num mundo diferente da Terra, onde se viam os Espíritos agindo”. Explicou que “era um mundo superior até certo ponto”, mas não como entendemos. “Nem todos os mundos tem a mesma organização, sem que, por isto, tenham uma grande superioridade”, disse. Sobre si, revelou que em sua passagem pela Terra, “cumpria uma missão, não tendo se comprometido, por sua obra ainda servir para moralização”. Segundo ele, “aplicava aquilo que podia haver de superior naquele mundo precedente para melhorar as paixões dos seus heróis”. Sobre a adaptação de FAUSTO, para ópera, feita por Charles-François Gounod, disse que o compositor o “evocou sem o saber, compreendendo-o muito bem, mesmo pensando como músico francês”. A respeito de WERTHER, do ângulo em que se encontrava por ocasião da comunicação espiritual, “a desaprovava, pois fez e causou desgraças”, “sofrendo e se arrependendo pela influência maléfica espalhada, causando muitos suicídios”. Solicitado a opinar sobre Schiller, disse: -“Somos irmãos pelo Espírito e pelas missões. Schiller tinha uma grande e nobre alma, de que eram reflexos as suas obras. Fez menos mal do que eu. É-me superior, porque era mais simples e verdadeiro”. A entrevista inclui ainda outros temas curiosos para nossas reflexões.




O que acontece com uma pessoa que viveu controlando os outros. Foi honesto, trabalhador e sempre respondeu pelos seus atos. Mas seu maior defeito foi o de manter ao seu lado quem ele podia mandar, dar ordens e exigir. Será que, do outro lado, ela vai continuar assim? (anônima)


Nenhum de nós é perfeito. Todos têm qualidades e defeitos que, evidentemente, refletem em sua vida atual e vão refletir na sua vida futura. A honestidade é uma grande virtude, não resta dúvida; mas não é a única. Há pessoas de ilibada conduta, admiradas por sua capacidade de realização e de doação a uma causa social, mas incapazes de um afeto, de um carinho ou de uma palavra de bondade. Há os que demonstram personalidade autoritária: são bons para obedecer e cruéis para mandar. São Espíritos que, como todos nós, estão procurando o caminho do seu progresso espiritual.


Como diz Emmanuel, todos somos alunos na escola da vida. Estamos nos educando, através de novas experiências, onde conhecemos sempre novas oportunidades de aprendizagem. Aqueles que gostam de mandar - e que se empenham para sempre ter em mãos as rédeas de uma situação – são Espíritos geralmente inseguros e infelizes. Não acreditam nos outros ou, pelo menos, não acreditam que os outros são capazes de fazer tão bem ou melhor do que eles. Por isso, sofrem de uma profunda ansiedade, castigando-se interiormente com suas inquietações interiores.


É possível que o excesso de zelo, para trazer tudo a seu modo, seja produto de experiências mal sucedidas de vidas passadas, quando se ausentaram da responsabilidade ou não fizeram aquilo que deveriam fazer. Quando voltam, em nova encarnação, extremamente inseguras, querem dar tudo o que não deram, e desse modo acabam por escravizar quem está ao seu lado. O exercício do poder é a mais difícil de todas as missões na Terra, por causa do nosso orgulho. Muitos de nós nos perdemos diante poder que nos é delegado, e acabamos por submeter os outros à nossa vontade, quando não aos nossos caprichos.. Alguém muito observador já proferiu esta frase: “Se você quiser conhecer de verdade uma pessoa, dê-lhe o poder nas mãos”.


Alguém, que tenha essa alma controladora, terá, sim, dificuldades no plano espiritual com sua própria consciência, embora reúna muitos méritos. E, por reunir méritos, com certeza, conhecerá oportunidades de reformular-se no aspecto da afetividade, que deixou a desejar na última existência. Os Espíritos controladores também têm consciência moral. E, quando essa consciência acorda para os problemas que causaram – mesmo involuntariamente – eles acabam por pedir novas oportunidades para se reconciliar de uma forma mais humana com aqueles a quem prejudicaram.


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