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sábado, 23 de março de 2024

O QUE FAZ A DIFERENÇA ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 ACOMPANHE AS ATUALIZAÇÕES DIARIAS DE luizarmandoff NO INTAGRAM

-“Não existe dor maior do que a perda de um filho”, afirmou certa vez o médium Chico Xavier que de forma intensiva conviveu com milhares de pessoas que subitamente se viram privadas do convívio de seus entes queridos causada pela morte natural e predominantemente acidente desde os anos 70 do século passado. Milhares de mensagens psicografadas durante esses anos, contudo, mostraram que o que retornou ao Plano Espiritual - de onde saímos todos um dia para a experiência da reencarnação -, também tem dificuldades de aceitar a dura realidade. Tanto maior quanto for a fixação do que ficou nos detalhes da partida e na inconformação, visto que através do sem fio do pensamento as ligações persistem fazendo com que as imagens mentalizadas incidam sobre aquele que precisa de paz a fim de se restabelecer e reintegrar à realidade espiritual. A original visão oferecida pelo Espiritismo sobre o tema morrer pode ajudar nesse traumático momento? Allan Kardec, na REVISTA ESPÍRITA, número de novembro de 1865 pondera o seguinte: - “Enquanto em presença da morte o incrédulo só vê o nada, ou pergunta o que vai ser de si, o espírita sabe que, se morrer, apenas será despojado de um invólucro material, sujeito aos sofrimentos e às vicissitudes da vida, mas será sempre ele, com um corpo etéreo, inacessível à dor; que gozará de percepções novas e de maiores faculdades; que vai encontrar aqueles a quem amou e que o esperam no limiar da verdadeira vida, da vida imperecível. Quanto aos bens materiais, sabe que deles não mais necessitará, e que os prazeres que proporcionam serão substituídos por outros mais puros e mais invejáveis, que não deixam em seu rasto nem amarguras nem pesares. Assim, abandona-os sem dificuldade e com alegria, lamentando os que, ficando na Terra, ainda irão precisar deles. (...) Quem quer que tenha lido e meditado nossa obra O CÉU E O INFERNO segundo o Espiritismo e, sobretudo, o capítulo sobre o temor da morte, compreenderá a força moral que os espíritas haurem em sua crença, diante do flagelo que dizima as populações. (...) Consideram como um dever velar pela saúde do corpo, porque a saúde é necessária para a realização dos deveres sociais. Se buscam prolongar a vida corporal, não é por apego à Terra, mas para ter mais tempo para progredir, melhorar-se, depurar-se, despojar-se do velho homem e adquirir mais soma de méritos para a Vida Espiritual. Mas, se a despeito de todos os cuidados, devem sucumbir, tomam o seu partido sem queixa, sabendo que todo progresso traz os seus frutos, que nada do que se adquire em moralidade e em inteligência fica perdido, e que se não desmereceram aos olhos de Deus, serão sempre melhores no outro mundo do que neste, ainda mesmo que ali não ocupem o primeiro lugar. Apenas dizem: Vamos um pouco mais cedo aonde iríamos um pouco mais tarde. Crê-se que com tais pensamentos não se esteja nas melhores condições de tranquilidade de espírito recomendada pela Ciência? Para o incrédulo ou para o que duvida, a morte tem todos os seus terrores, porque perde tudo e nada espera. (...) O médico espírita diz ao que vê a morte à sua frente: “Meu amigo, vou empregar todos os recursos da Ciência para vos restabelecer a saúde e vos conservar o maior tempo possível; espero que sejamos bem-sucedidos. Mas a vida do homem está nas mãos de Deus, que nos chama quando terminado nosso tempo de prova na Terra; se a hora de vossa libertação tiver chegado, rejubilai-vos, como o prisioneiro que vai sair da prisão. A morte nos desembaraça do corpo que nos faz sofrer e nos restitui à verdadeira vida, vida isenta de perturbações e misérias. Se deveis partir, não penseis que estejais perdido para os vossos parentes e amigos que ficaram. Não, não estareis menos no meio deles; vê-los-eis e os ouvireis melhor do que podeis fazê-lo neste momento. Vós os aconselhareis, os dirigireis, os inspirareis para o bem.



Esta questão foi formulada pelo Anderson: “ Por que algumas pessoas são médiuns e outras não?”


- Antes de respondermos diretamente sua pergunta, vamos dar algumas explicações preliminares. Foi Allan Kardec quem cunhou esta palavra “médium”. Médium é um termo latino, que quer dizer “meio”,”intermediário”. Com essa palavra Kardec quis designar as pessoas que servem de intermediário dos Espíritos. Os Espíritos desencarnados – isto é, aqueles que não têm mais o corpo de carne – não conseguem atuar diretamente no mundo material, como nós atuamos. Para fazer isso, eles precisam do auxílio de um Espírito encarnado, ou seja, de um médium. Neste sentido, médium é todo encarnado que serve de intermediário de um desencarnado.


Portanto, se um Espírito desencarnado quiser de comunicar conosco, necessariamente ele terá de se valer de um encarnado, porque a relação mediúnica se dá de mente a mente – ou seja, da mente do desencarnado para a mente do encarnado. O encarnado, como dissemos é o médium, o intermediário. Existem mil maneiras diferentes de se dar essa comunicação. As mais divulgadas são duas: através da fala do encarnado ( a psicofonia) e através da escrita ( a psicografia). Entretanto, há muitas outras formas que, na maioria das vezes, acontecem de maneira imperceptível para a maioria das pessoas. Por exemplo: o Espírito pode sugerir uma idéia ao encarnado, e este, sem saber que aquela idéia lhe foi sugerida, utiliza essa idéia, pensando que ela surgiu dele mesmo.


Um grupo de pessoas está conversando sobre determinado assunto. Um Espírito, que assiste a tudo e quer participar da conversa, sugere um pensamento a uma das pessoas do grupo, que capta inconscientemente esse pensamento e o comunica ao grupo. Essa pessoa, na verdade, está sendo médium do Espírito, embora ela não tenha consciência disso. Por estes dois exemplos, não é difícil concluir que qualquer pessoa pode ser médium dos Espíritos, ainda que não se aperceba disso. Logo, de uma maneira ou de outra, todos somos médiuns. É o que afirma Kardec.


Essa mediunidade, que é a capacidade de intermediar comunicações, embora exista em todas as pessoas, somente um grupo muito reduzido delas a manifesta de uma forma ostensiva – ou seja, nesse número reduzido de pessoas, a mediunidade é muito clara, muito presente para todos. O professor Herculano Pires, um dos grandes estudiosos do Espiritismo, chama de “mediunidade dinâmica”, a essa mediunidade ostensiva, que caracteriza o médium propriamente dito. A outra mediunidade, a que está presente em todo mundo e que só se manifesta esporadicamente e de maneira imperceptível, ele chama de “mediunidade estática”.


Desse modo, Anderson, podemos afirmar que todos somos médiuns estáticos, mas a mediunidade dinâmica só existe em numero muito reduzido de pessoas, a maioria das quais são Espíritos que reencarnaram para tarefas especiais, muito próprias de quem mantém uma relação mais próxima com a Espiritualidade. Ao contrário do que muitos podem pensar, a mediunidade não existe apenas no meio espírita. Há muitos médiuns em todas os meios, religiosos ou não, que são aquelas pessoas intuitivas, que têm lances inesperados de inspiração, e que geralmente servem de orientadores e conselheiros aos demais.

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