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domingo, 24 de março de 2024

FUNÇÃO NOBRE DA MEDIUNIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O ESPIRITISMO

  ACOMPANHE AS ATUALIZAÇÕES DIARIAS DE luizarmandoff NO INTAGRAM

Quando Allan Kardec escreveu n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS que a “mediunidade é inerente ao homem, podendo dizer-se que todo mundo é, mais ou menos, médium” e, que a “faculdade propriamente dita é orgânica”, ainda não se tinha no Mundo Ocidental associado a mesma à glândula pineal ou epífise. Escolas religiosas da Antiguidade, contudo, já dominavam tal conhecimento e o próprio filósofo e matemático René Descartes a considerava a sede da alma. Kardec foi além, escrevendo que “o médium fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos”, diante da quantidade espantosa de informações vertidas do Plano Espiritual abrindo caminho para uma compreensão mais precisa sobre a razão de ser e existir. O tempo foi consagrando o acerto de suas afirmações com os Espíritos do Senhor fomentando o surgimento de inúmeras alternativas para o acesso das criaturas humanas aos princípios da Verdade concernente à sua própria imortalidade. Múltiplas formas de manifestação por sinal classificadas previamente pelo erudito pesquisador foram despertando consciências ao redor do Planeta em que vivemos. No Brasil, o caso Chico Xavier, especialmente, nas três últimas décadas de sua tarefa, constitui-se em importante e segura fonte de pesquisa. Sobre essa fase, afirmou que “como médium, essa tarefa das cartas de consolação aos familiares em desespero na Terra foi o que sempre mais me gratificou”, pois, “não existe sofrimento maior do que a dor de perder um filho”. Acrescentou outra ocasião que “os Espíritos ainda não encontraram uma palavra para definir a dor de um coração de mãe quando perde um filho”. E esse conforto em grande parte deve-se à mediunidade que interliga diferentes Dimensões existenciais. Prova disso é o trabalho do também médium norte-americano James Van Praagh, autor do livro autobiográfico CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS (salamandra,1998). Convivendo com a paranormalidade desde a infância sem que compreendesse bem suas percepções, já adulto acatou os conselhos de outro sensitivo, buscou instrumentalizar-se de conhecimentos e pôs-se a trabalhar para a Espiritualidade, oferecendo conforto e esperança para pessoas que o procuraram na expectativa – apesar do ceticismo da maioria - de obter algum tipo de informação sobre os porquês da dura separação nunca cogitada nesse mundo em que o materialismo ofusca qualquer possibilidade de atentar-se para outros aspectos da vida. James em seu livro generosamente repassa sua visão pessoal dessa realidade, fundamentando-se não só nas pesquisas que fez, mas também na experiência acumulada ao longo de vários anos de trabalho e convivência com a dor alheia. Exemplificando suas opiniões com casos atendidos, esclarece o pós-morte no caso de transições trágicas, acidentes fatais, AIDS, suicídio, descrevendo o clima de intensa emoção quando de reencontro dos que se amam. Apesar das diferenças culturais e o “modus operandi” fundamentalmente diferente do observado através de Chico Xavier, os resultados surtem o mesmo efeito: aplacam as dores da alma. Pena que poucos médiuns se interessam por se dedicar e aperfeiçoar nessa linha de trabalho. O próprio médium mineiro mostrou outro lado da questão em comentário feito ainda quando encarnado sobre a questão dizendo: -“Não entendo os nossos irmãos que combatem esse tipo de intercâmbio com o Mundo Espiritual. Eles se esquecem de que os que partiram também desejam o contato. O médium, sem dúvida, pode, em certas circunstancias rastrear o Espírito, mas, na maioria das vezes, é o Espírito que vem ao médium. O trabalho da Espiritualidade é intenso. Para que um filho desencarnado envie algumas palavras de conforto aos seus pais na Terra, muitos Espíritos se mobilizam. Isso não é uma evocação. Não raro são os próprios filhos desencarnados que atraem os seus pais aos Centros Espíritas: desejam dizer que não morreram, que continuam vivos na Outra Dimensão, que os amam e que haverão de amá-los sempre”. Falando de si remetendo-nos a uma reflexão, Chico conclui: -“Oro todos os dias pelas mães que perderam filhos, sobretudo em condições trágicas, como um assassinato, por exemplo. Deus há de se compadecer de todas elas!... Quando elas me procuram, é que verdadeiramente posso sentir a minha insignificância para consolar alguém”... Os “doutores da lei” continuam vigilantes e atuantes. Não percebem a importância da oferta desse serviço para a comunidade nem o quanto seria útil para a propagação da mensagem da imortalidade e das realidades que nos aguardam além dessa vida de onde a qualquer momento sairemos para a necessária avaliação do nível de aproveitamento da reencarnação provavelmente ansiosamente aguardada em algum lugar do passado recente ou remoto.




Os espíritas dizem que milagre não existe. Mas existem médiuns que fazem curas espirituais. Não é a mesma coisa? ( Luciene)


É apenas uma questão de interpretação do que é milagre, Luciene. As curas espirituais realmente existem, mas não existem apenas no Espiritismo ou apenas numa determinada igreja. Elas podem acontecer em qualquer lugar, no seio de qualquer religião e, até mesmo na medicina ou fora do âmbito religioso, segundo a interpretação espírita. Mas não é bem isso que as religiões, de um modo geral, dizem, principalmente aquelas que querem Deus somente para si.


O sectarismo religioso leva as pessoas a concluir que tais curas ocorrem num lugar privilegiado e abençoado por Deus. Desse modo, cada religião chama para si esse pretenso privilégio, pois, segundo os que assim acreditam a cura é uma derrogação da lei de Deus, ou seja, da lei da natureza, até porque elas acontecem quando a ciência humana não consegue realizá-la. A idéia do milagre surge quando as pessoas concebem que Deus, que fez a lei, pode contrariá-la, se Ele quiser: e nisso estaria o milagre.


Na visão espírita existem curas ainda inexplicáveis à ciência médica, mas isso não quer dizer que elas contrariam as leis naturais. Quer dizer, simplesmente, que ainda não se conhece explicação para elas. Acontece que, para o Espiritismo, não existe apenas e tão somente este mundo físico onde vivemos corporalmente; existe um mundo espiritual, onde se encontram aqueles que aqui estiveram e já desencarnaram. Lá também existem médicos e terapias, que podem algumas vezes atuar no plano físico através de médiuns. Esses médiuns não são apenas e tão somente os médiuns espíritas, mas as pessoas, de qualquer crença, que podem intermediar a atuação da espiritualidade.


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