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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

FATALIDADE?; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O impacto da notícia consterna todos que dela tomam conhecimento: quatro pessoas de uma mesma família atingidas fatalmente por um raio enquanto desfrutavam de momentos de refazimento e lazer em praia do litoral de São Paulo. Caso semelhante, resultou em mensagem seisanos depois da morte de Paulo Augusto Signore, um jovem de 22 anos, que passava alguns dias de férias com a família na mesma cidade, Praia Grande, a 72 quilômetros da capital paulista. Era o dia 16 de janeiro de 1977, por volta do meio dia e o rapaz jogava uma partida de futebol com alguns desconhecidos que se agruparam para uma das mais apreciadas modalidades esportivas em praias brasileiras. Poucos minutos após sua mãe chama-lo para almoçar, algumas nuvens que se formaram sobre a região deram o sinal da sua violência com a precipitação de um raio fulminante também para quatro dos participantes da chamada “pelada”. Paulinho – como carinhosamente o tratavam os familiares – era técnico em Contabilidade e preparava-se para o vestibular de Economia.  Um dos três filhos do casal Maria de Lourdes e Orlando Signore, com sua ausência impôs atroz sofrimento aos familiares mais próximos. Buscando conforto nas mensagens recebidas publicamente pelo médium Chico Xavier, em Uberaba, MG, seis anos e meio após a desencarnação de Paulinho, receberam a primeira carta do filho, na madrugada de 17 de junho de 1983, data que ficou marcada para sempre na memória daqueles desolados pais, que tiveram a certeza de que a morte não existe, representando uma separação momentânea para o posterior reencontro futuro no Plano Verdadeiro da Vida. Rememorando os dramáticos momentos Paulinho relata como atravessou a surpreendente experiência: -“Isso foi há tanto tempo e ao vê-la aqui ao meu lado tudo parece haver acontecido ontem. Estou a ouvi-la convocando a gente para o almoço. O céu está levemente nublado. A praia é um ninho de bênçãos. O mar está lindo, assemelhando-se a um grande espelho móvel. Os companheiros e eu brincávamos com a bola e pedi em voz alta para que o almoço me esperasse. De repente, lembro-me com segurança, fomos surpreendidos pelo clarão de um relâmpago e com o clarão surgiu um chicote de fogo que nos fulminou os quatro. Onde o tempo para raciocinar? Impossível. Se houve tumulto ou gritaria, de nada me recordo, porque tombei inconsciente. Ignoro quanto tempo despendi naquela queda de força com absoluta impossibilidade de manejar meus próprios pensamentos”... Pouco adiante, conta: -“Sei que me debati, entre a penumbra e a luz, entre a alucinação e a consciência de mim mesmo, por vários dias. Senti-me sob tratamento hospitalar, qual se fosse um asilado comum em casa de emergência. Muitos amigos apareceram, mas não reconheci nenhum, até que um deles me rogou atenção para identificá-lo por vovô Angelo e, desde então, encontrei um ponto de referência para reconhecer-me, ao modo de um viajante perdido que surpreende uma estaca, através da qual consegue fazer a revisão do próprio caminho”. Institutos consagrados à recuperação da transferência inesperada para a Dimensão Espiritual, bem como, a presença de familiares que nos antecedem na mesma viagem, são recorrentes nas mensagens recebidas por Chico Xavier. Mais à frente, acrescenta: -“Os dias se sucederam a outros dias, até que pude revê-la junto ao Papai Orlando, à Regina e ao Carlos Augusto”. Segundo o Espiritismo, mais que supomos os reencontros com entes queridos, seja nas visitas que nos fazem no estado de vigília, sem que percebamos ou nos chamados sonhos, são comuns. Noutro momento, Paulinho observa: -“Por aqui, estudo reencarnação e estou começando a entender o motivo pelo qual os companheiros e eu fomos fulminados e, mais tarde, espero a possibilidade de examinarmos o meu caso”. A visão oferecida pela Doutrina Espírita sobre a reencarnação e sua conexão com a Lei de Causa e Efeito, é a chave para entendermos os “porquês” das experiências inexplicáveis por outros meios. O Espiritismo afirma que “quando chega a hora da morte, seja por um flagelo ou por uma causa comum não se pode escapar a ela”. Vítimas de doenças degenerativas, acidentes de trânsito, atropelamento, balas perdidas, homicídios, suicídios, quedas de aeronaves de pequeno e grande porte são alguns dos exemplos das cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, perante dezenas de pessoas, nas dependências dos Centros em que trabalhou na cidade de Uberaba, Minas Gerais. (as íntegras da mensagem de Paulinho e de outros Espíritos poderão ser lida no livro NOVAMENTE EM CASA, publicado pelo GEEM, de São Bernardo do Campo, SP)




  Questão proposta pelo Cristiano, de Vera Cruz: “ Se na época de Kardec era possível ser católico-espírita e protestante-espírita, pergunto: Atualmente isso seria possível?”

 Nós precisamos entender, Cristiano, que o Espiritismo, desde o seu surgimento há 163 anos, conseguiu sensibilizar pessoas que, embora já tivessem a própria religião, nelas não conseguiam encontrar uma explicação plausível para os fatos da vida – como os conflitos, as doenças, o sofrimento, a morte e as grandes diferenças entre os indivíduos. O que as religiões lhes diziam era que todos esses fatos se deviam unicamente à vontade de Deus. Com isso, as religiões encerram a discussão e não permitem ir além.

  A Doutrina Espírita vinha com uma proposta lógica, que unia a fé à razão, a religião à filosofia e à ciência, englobando o conhecimento humano numa única realidade. Mas a doutrina não vinha combater nenhuma religião; pelo contrário. O próprio Kardec afirmava que o Espiritismo é o maior auxiliar das religiões contra o materialismo, contra o ateísmo, porque comprova a imortalidade. Tais condições bastaram para que, de início, as mentes pensantes e que tinham o maior respeito pelas suas próprias crenças, adotassem explicações espíritas para sustentarem a própria fé.

  Nos seus primeiros anos – para não dizer “nas suas primeiras décadas” – o Espiritismo ainda estava se firmando na concepção das pessoas que o aceitavam no todo ou em parte. Muitas delas se afastaram de sua religião original e outras permaneceram numa zona de transição, sem uma definição clara e objetiva do que pretendiam, pois não é nada fácil para ninguém abandonar de repente uma crença tradicional da família para substitui-la por uma doutrina nova. Essa transição – quase sempre sofrida, cheia de conflitos de fé, tanto conflitos íntimos como conflitos com a família e com a sociedade - requer tempo, amadurecimento, interiorização de conceitos.

 É claro que essa situação, que aconteceu com mais forte razão, ao tempo de Kardec, ainda hoje se repete. Quantas pessoas vêm nos revelar os conflitos de fé em que muitas vezes se encontram. E por várias razões. Uma delas é o desconhecimento da doutrina por parte da maioria de seus frequentadores: sem conhecimento, o Espiritismo é visto de forma distorcida. E embora ele não combata nenhuma crença, Kardec coloca muito bem em sua obra, que ele vem para atender aqueles que não têm religião, como também os que, tendo uma religião, não estão satisfeitas com ela.

  Mas, o Espiritismo não se preocupa com essa questão, pois sabe muito bem que essa transição de um sistema de crenças para outro não é simples e muito menos fácil, porém natural. A maioria dos espíritas vieram de outras religiões e sabem muito bem do que estamos falando. Nas religiões em geral não encontramos a riqueza de conhecimentos que temos no Espiritismo. As pessoas não estão habituadas a ler e a estudar suas religiões: nelas, elas simplesmente creem e aceitam tudo passivamente, enquanto que no Espiritismo elas são estimuladas a pensar e tirar suas próprias conclusões. 

 Além do mais, como os centros espíritas não costumam arrastar ninguém para a doutrina e insiste apenas na vivência do amor ensinado por Jesus, deixando as pessoas livres para pensar e tirar suas próprias conclusões, quem os frequenta, mesmo sendo de outra religião, se sente à vontade, e aproveita para estimular sua religiosidade com os fortes argumentos que o Espiritismo oferece. 
















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