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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

ALÉM DO QUE SE PENSA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Notícia veiculada pela imprensa recentemente dá conta que cerca de um milhão de abortos em média, são estimados por ano no Brasil. Por ser uma prática ilegal prevista num artigo do Código Penal de 1940, acaba resultando na prisão daquelas que o praticam, seja por questões econômicas ou comportamentais. O Espiritismo demonstra através de inúmeros relatos que a questão do aborto não se constitui apenas em um problema moral, religioso, político ou social. Trata-se da gênese de inúmeros distúrbios do aparelho reprodutor, bem como, complicações de ordem mental com repercussões no corpo físico, na vida atual ou em outras. As repercussões no corpo espiritual ou períspirito são inevitáveis, com desdobramentos em outras vidas físicas. As reencarnações obedecem a programas a serem cumpridos pela criatura em sua caminhada evolutiva e o que interrompe uma vida que estava prevista para se materializar em nossa Dimensão, frustra projetos envolvendo a vítima do parricídio legalizado ou não pelos códigos penais das sociedades e civilizações da Terra. Como nada é por acaso, Allan Kardec revela n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS que “o Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito”.  Em artigo publicado quase uma década após sua morte no OBRAS POSTUMAS, ratifica a primeira informação dizendo que o Serfrequentemente, renasce na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem seus erros recíprocos. Pelas considerações de ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, nação, raça, seja por simpatia, seja para continuar estudos que fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados que as circunstâncias ou brevidade da vida não permitiram terminar”. No livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (1945, feb), o autor nos repassa a seguinte informação do Instrutor Alexandre, personagem central da narrativa: -“O aborto muito raramente se verifica obedecendo a causas de nossa Esfera de ação. Em regra geral, origina-se do recuo inesperado de pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciência criminosa de mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério. Mesmo aí, tudo fazemos, por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de fuga ao dever.(...). Se os interessados, retrocedendo nas decisões espirituais, perseveram sistematicamente contra nós, somos compelidos a deixá-los entregues à própria sorte. Daí, a razão de existirem muitos casais humanos, absolutamente sem a coroa de filhos, visto que anularam as próprias faculdades geradoras. Quando não procedem de semelhante modo no presente, sequiosos de satisfação egoística, agiriam assim, no passado, determinando sérias anomalias na organização psíquica que lhes é peculiar. Neste último caso, experimentam dolorosos períodos de solidão e sede afetiva, até que refaçam, dignamente, o patrimônio de veneração que todos nós devemos às leis de Deus”. Já o Orientador Emmanuel, através do médium Chico Xavier, considera que a prática do aborto “afasta dos que por ele deliberam os recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja impedindo a reencarnação de Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam adquirir a própria tranquilidade pela solução de velhas contas”. Afirma ainda que “algumas doenças de formação obscura ou a desencarnação prematura através, por exemplo, do câncer, são consequência possível de tal ação, além de aflitivos processos de obsessão”. Quanto “àqueles que cooperam nos delitos do aborto, sejam pais tanto quanto os profissionais que o favorecem, vem a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos percalços e sombras da vida espiritual em Esferas inferiores”. Muitos poderão encarar tais comentários como uma ameaça moralista tentando atemorizar os que defendem tal prática. Sugerimos, contudo, uma revisão em seus pontos de vista a respeito do que significa a vida a partir do que demonstra a Doutrina Espírita. (1-) Simplesmente uma passagem de algumas décadas no corpo humano; (2-) numa Dimensão em que procuramos nos reabilitar perante Leis que vão induzindo nosso progresso espiritual; (3-) num Planeta ao qual não nos manteremos ligados eternamente; (4-) junto de outros seres que conhecemos há bastante tempo e (5-) diante dos quais assumimos compromissos que estamos procurando resgatar através da convivência muitas vezes difícil. Interromper o resultado de um processo tão laborioso quanto o da gestação representa atrasar em muito nosso avanço evolutivo.


  Questão proposta pelo Cristiano, da cidade de Vera Cruz. Como a Doutrina Espírita refuta o argumento dos céticos e ateus, que afirmam que Doutrina Espírita é uma pseudociência?

 Em primeiro lugar, queremos esclarecer sobre os termos usados pelo Cristiano. Ateu é aquele que não acredita na existência de Deus e é convicto disso. Para ele, essa questão de Deus é fato consumado, para ele não há a mínima possibilidade de que um Ser Supremo, criador do Universo, possa existir e, desse modo, para o ateu, o universo e tudo que nele acontece é produto do acaso.

Por outro lado, quem é o cético? o cético é mais cauteloso que o ateu; ele só acreditará em Deus, se um dia a existência de Deus ficar definitivamente comprovada para ele. Mas o fato de ser cético não lhe dá certeza absoluta de nada – nem que Deus existe, nem que Deus não existe. O cético, de fato, é um questionador contumaz.

O ateu genuíno já tem uma posição firmada que, para nós, não é nada científica, pois a ciência nunca tem a última palavra. Ser intransigente não é científico. Desde os primeiros homens que fizeram ciência, na busca de causas e de explicações para os fatos naturais, as verdades científicas vêm mudando. Por exemplo, as últimas descobertas da Física que ocorreram na passagem do século XIX para o século XX causaram uma verdadeira revolução nos conhecimentos que a Física havia descoberto nos últimos 300 anos.

Quem é ateu, principalmente – mas também o cético, considerando que há várias posturas entre os céticos – não pode concordar com as verdades espíritas e vai dizer sempre que o Espiritismo é uma falsa ciência. Contudo, a postura de Allan Kardec em suas obras é clara. Já existiam céticos e ateus no seu tempo. O Espiritismo, como doutrina, que abrange uma vasta área de conhecimento – ciência, filosofia e moral ao mesmo tempo – não pode ser simplesmente ciência. A ciência é um de seus aspectos.

Mesmo assim, a ciência espírita não é como a Física, como a Química ou como a Biologia, que têm por objeto o estudo dos fenômenos circunscritos à matéria. O Espiritismo estuda fenômenos de natureza diversa, que acontecem num nível muito mais amplo e profundo, que é o espírito. Logo, os objetos do Espiritismo e das ciências convencionais são diferentes, como diferentes devem ser as metodologias empregadas, pois o que serve para abarcar os fatos materiais não serve para detectar o que se passa no campo do espírito.

Para o Espiritismo todas as ciências são respeitáveis, porque são necessárias para desvendar as causas e os mecanismos do mundo material. Aliás, é a partir delas que o homem, entendendo como se dão os fenômenos da natureza, pode ir penetrando aos poucos no conhecimento do mundo espiritual, que é natural diversa dos do mundo físico. Por isso, o Espiritismo deve caminhar ao lado da ciência, e chegará um dia em que a ciência despertará para a realidade espiritual, valendo-se do Espiritismo.

Aliás, desde os primórdios da ciência, os cientistas acreditavam em Deus, mas viam a questão espiritual como algo inatingível ou fora do alcance de suas pesquisas, como foram os casos de Newton e Galileu. Modernamente, já no século de Kardec, vários estudiosos das ciências naturais – como Alfred Russell Wallace,. Williams Crookes, Cesar Lombroso, Charles Richet e outros – desenvolveram pesquisas de fenômenos espíritas, mas foram ignorados pelas alas conservadoras que detêm o poder dentro da comunidade científica.

-  Desse modo, só os séculos vão dizer onde a ciência chegará e que tipo de atuação a ciência espírita terá em relação a novas descobertas. Ao que tudo indica, o campo mais avançado nesse sentido é o da Física que, nos últimos tempos, vem percebendo que o conhecimento da matéria nos levará a concepções mais filosóficas que científicas, corroborando aquilo que os Espíritos disseram a Kardec sobre matéria e espíritos no capítulo II de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Acreditamos, Cristiano, que ainda é cedo ( talvez muito cedo) para o ser humano penetrar mais fundo no conhecimento da verdadeira natureza do universo e, em particular, na verdadeira natureza do homem enquanto ser espiritual. Com certeza, os avanços que a ciência humana fará nesse sentido dependerão muito do progresso moral da população da Terra. A humanidade, como um todo, ainda não está moralmente preparada para assimilar certas verdades
















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