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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

DIFERENTE DO QUE SE PENSA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Os Espíritos se desmaterializam à medida que se elevam e depuram. Só nos Planos Inferiores é que a encarnação é material. Para os Espíritos Superiores não há mais encarnação material e, consequentemente, não há procriação, pois esta é pelo corpo e não pelo Espírito. Uma afeição pura é, pois o único objetivo da união e, por isto mesmo, ao contrário do que se dá na Terra, não necessita da sanção dos funcionários ministeriais”. O comentário faz parte de uma apreciação de Allan Kardec ao final de matéria incluída na REVISTA ESPÌRITA de julho de 1862 reproduzindo um diálogo havido através de uma médium identificada como Sra H..., na cidade de Bordeaux, em 15 de fevereiro daquele ano. O foco principal: a União Simpática das Almas. Na verdade, apenas duas questões. A primeira sobre uma possível união definitiva entre dois seres e, a segunda, sobre se aqueles que se unem se reconheceriam em novas e felizes existências. A entidade comunicante, sobre a primeira indagação diz que “os que se amam sinceramente e souberam sofrer com resignação para expiar as suas faltas, reencontram-se, a princípio, no Mundo dos Espíritos, onde progridem juntos, podendo deixar o Mundo Espiritual na mesma ocasião, reencarnar-se nos mesmos lugares e, por um encadeamento de circunstâncias previstas, reunir-se pelos laços que mais convierem aos seus corações. Uns terão pedido pera serem pai ou mãe de um Espírito que lhes era simpático e que terão a felicidade de dirigir no bom caminho. Outros, pedido para se unirem pelo casamento”. Acrescenta que “no tocante às nossas secretas aspirações, essa misteriosa necessidade irresistível de amor, de amar longamente, de amar sempre, não foram colocadas por Deus nos nossos corações, senão porque a promessa do futuro nos permitia essas doces esperanças. Deus não nos fará experimentar as dores da decepção. Nossos corações querem a felicidade e não batem senão por afeições puras e a recompensa será a perfeita realização de nossos sonhos de amor”. Quanto à identificação dos que se amam em existências novas e felizes, diz que “assim como na Terra dois amigos de infância gostam de encontrar-se no mundo, na sociedade e se buscam mais do que se suas relações apenas datassem de alguns dias, também os Espíritos que merecem o inapreciável favor de se unirem nos Mundos Superiores são duplamente felizes e reconhecidos a Deus por esse novo encontro que corresponde aos seus olhos mais caros. Os mundos colocados acima da Terra na escala da perfeição são cumulados de todos os favores que possam contribuir para a felicidade perfeita dos seres que os habitam: o passado não lhes é oculto porque a lembrança de seus sofrimentos antigos, de seus erros resgatados à custa de muitos males, e a lembrança, ainda mais viva, de suas afeições sinceras, lhes fazem achar mil vezes mais doce essa nova vida e os protegem contra faltas a que, talvez, pudessem ser arrastados por uns restos de fraqueza. Esses mundos são para o homem o paraíso terrestre, destinado a conduzi-los ao paraíso Divino”. As explicações do Espírito suscitam a lembrança da informação d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS nas questões 200 e 202 tratando do sexo nos Espíritos caracterizados apenas circunstancialmente na morfologia masculina ou feminina, visto que o sexo como o entendemos,  está condicionado à necessidade da preservação da espécie humana. Assim sendo, as diferenças aparentes desaparecerão com a evolução, sugerindo que as românticas visões de almas gêmeas, metades eternas, etc, sustentam teorias e teses durante uma etapa no processo evolutivo. Avaliando as opiniões manifestadas, Allan Kardec lembra que “como leis, as únicas imutáveis são as Leis Divinas. Mas as Leis humanas, devendo ser apropriadas aos costumes, aos usos, ao clima, ao grau de civilização, são essencialmente mutáveis, e seria mau se assim não o fossem; e que os povos estejam presos à mesma regra que regiam os nossos antepassados. Assim, se as leis mudaram deles até nós, como não chegamos à perfeição, elas deverão mudar de nós até nossos descendentes. No momento em que é feita, toda lei tem a sua razão de ser e sua utilidade. Mas pode dar-se que, sendo boa hoje, não o seja amanhã. No estado dos nossos costumes, de nossas exigências sociais, o casamento necessita ser regulado pela lei, e a prova que esta lei não é absoluta é que não é a mesma para todos os países civilizados. É, então, permitido pensar que nos mundos superiores, onde não há os mesmos interesses materiais a salvaguardar, onde não existe o mal, isto é, onde os Espíritos maus são excluídos da encarnação, onde consequentemente, as uniões resultam da simpatia e não do cálculo, as condições devam ser diferentes. Mas aquilo que é bom para eles, poderia ser mau para nós”.




Estamos sem chão – comentou o Elder Luiz -  Há tantas informações desencontradas que vêm pela mídia e pelas redes sociais, que já não sabemos o que é verdade e o que é mentira; não sabemos mais em que devemos nos apoiar.

  Diante de uma situação tão instável, como a que vivemos hoje no mundo, na era da comunicação, em pleno século XXI, quando a crise alcança todos os setores da vida humana -  e ondas de contradições põem em xeque o Bem, a Verdade e a Justiça -  só podemos voltar nossa atenção para Jesus, quando afirmou: “A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou; eu não vos dou a paz do mundo; eu vos dou a paz de Deus que o mundo não pode dar...”

 Muita gente leva esta afirmação de Jesus a conta de poesia, mas a realidade vem nos mostrando que há um distanciamento da paz de Deus, enquanto nos debatemos para promover a paz do mundo à nossa maneira.  No cenário internacional assistimos à disputa das nações em nome da paz; no cenário nacional e local, a luta pelo domínio político e econômico das lideranças; na família, a vontade de uns se impondo sobre os outros e, no íntimo de cada um de nós, a predominância do orgulho e do egoísmo, promovendo uma guerra íntima.

  Em nenhum momento de nossa História houve paz verdadeira. Quando a paz se apresentou, foi para encobrir interesses, favorecer uns e prejudicar outros, utilizando da falácia e da mentira. Isso porque, na condição espiritual em que nos encontramos, ainda não sabemos promover a paz, sem coação e sem violência, sem prejuízos e favorecimentos escusos. É bem verdade que nos encaminhamos para o Bem, mas ainda estamos um distante de  senti-lo e vivenciá-lo dentro de nós; ainda nos falta buscar a essência dos ensinos de Jesus, que nos recomendam o exercício do amor fraterno.

 Nós, seres que habitamos temporariamente este planeta, ainda não enxergamos além do nariz. Isso quer dizer que só vemos o que está bem próximo, no imediatismo da vida, apenas valores materiais, porque nós os confundimos com felicidade. Mal sabemos que não somos donos de nada, que tudo é de Deus e que, se aqui estamos de passagem, é para aprender a administrar os bens de Deus, promovendo o progresso e a felicidade de seus filhos.

 A ideia de que o progresso está nos valores materiais é enganosa. O verdadeiro progresso da humanidade está mais acima, nos valores espirituais ou morais, que nos tornarão mais respeitosos, mais amigos e mais fraternos uns com os outros. Como estamos longe dessa meta! ... Sendo assim, não podemos esperar que o Bem, a Verdade e a Justiça se imponham tão já sobre a Terra. Ainda temos muito que andar e, para tanto, ainda temos muito que sofrer.

 Vivemos, é claro, uma fase de rápidas mudanças, que nos confundem a mente e nos atormentam o coração. É como atravessar num barco uma zona de turbulência em alto mar. O homem, de uma maneira geral, nunca esteve tão distante de sua libertação espiritual, mas também nunca esteve tão perto. Temos hoje os instrumentos que podem nos ajudar a promover essa libertação.

 Sem dúvida alguma, o Espiritismo é um desses instrumentos valiosos, cujo papel é despertar o homem para o verdadeiro significado da vida, mas ele se depara com seu grande inimigo que é o materialismo. Não o propriamente o materialismo ideológico, mas o materialismo prático que leva as pessoas e a sociedade a buscarem os bens materiais em detrimento dos valores morais que deveriam nortear a conduta humana.



















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