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domingo, 22 de novembro de 2020

JUSTIÇA ALÉM DA VIDA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




Vem de Maria Helena Tranquilo, residente no Takeo Toyota, em GARÇA, SP. Maria Helena nos ligou domingo passado para perguntar sobre cremação de cadáveres. Ela quer saber o que acontece com o Espírito quando seu corpo é cremado.

Para nós, Maria Helena, que fazemos parte da cultura religiosa Ocidental – particularmente nós, brasileiros –  a cremação ainda impressiona muito. Mas isso não deve acontecer na Índia, por exemplo, onde a cremação é a regra e a tradição. Lá as pessoas a consideram como uma necessidade e, portanto, realizam um cerimonial de passagem, desta para a outra vida e, portanto, veem a cremação com naturalidade. Aqui, porém, a expressiva maioria ainda se utiliza do sepultamento do corpo, porque isso está em nossa tradição de muitos séculos. Mesmo assim, há pessoas que nem vão ao cemitério, nem comparecem a um enterro para não ver um corpo ser sepultado pela má impressão que isso lhes causa.

No Espiritismo, aprendemos, regra geral, que estímulos materiais não atingem o Espírito – nem o calor, nem o frio, nem qualquer outros fator externo -  pois o corpo, que não tem mais vida e que portanto não pode sentir. Ele se encontra numa dimensão e o Espírito em outra, como mundos paralelos. No entanto, como durante a vida o Espírito permanece ligado ao corpo através da mente -  que é a fonte de nossos pensamentos, sentimentos e sensações -  muitas vezes não é tão simples haver um rompimento imediato e definitivo entre ambos, num caso de cremação, como em qualquer outro caso em que o corpo é atingido.

Desse modo, se após a morte o Espírito não estiver ligado ou apegado ao seu corpo, se o corpo para ele é como uma roupa que usou e jogou fora, a cremação não o afetará e, certamente, se for um Espírito muito desprendido, nem estará presente para assistir a cerimônia. Mas se, pelo contrário, ele ainda se sente com se estivesse no corpo, ou seja, se do corpo ele não consegue se desvencilhar (e isso geralmente acontece com pessoas muito apegadas à matéria), poderá haver um retardo no seu desprendimento espiritual e neste caso o ato da cremação poderá causar-lhe sensações desagradáveis. 

Mesmo assim, precisamos considerar que essa questão de dependência do corpo, que alguns Espíritos levam além desta vida, não os perturbam apenas no caso da cremação (como dissemos), mas em qualquer outra situação – até mesmo no sepultamento comum e durante o processo da decomposição cadavérica.  André Luiz, em suas obras, relata alguns casos de Espíritos que relutam em deixar esta vida e que, ainda presos à matéria, oferecem resistência ao seu desprendimento natural. Sim, porque o desprendimento, Maria Helena, é lei da natureza; morrendo o corpo, o Espírito se desprende. Isso acontece muito espontaneamente com os animais, mas nem sempre com o ser humano, devido às suas angústias e caprichos.

Portanto, essa questão de cremação depende muito da pessoa, do que ela acredita, do que ela quer, mas principalmente do que ela sente: assim, devemos respeitar a escolha de cada um. Evidentemente, quem acredita que não será afetado por esse processo de destruição do corpo, tem menos probabilidade de experimentar sensações desagradáveis na cremação. Emmanuel, pelo médium Chico Xavier, disse que, para se prevenir de qualquer problema nesse sentido, seria prudente que a família aguardasse um intervalo de pelo menos 72 horas após a morte clínica para o ato da cremação.

 


 















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