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terça-feira, 25 de abril de 2023

PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL - ENTENDA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Insistem vários textos elaborados por estudiosos da questão da obsessão quanto à gravidade do problema nos dias atuais, apontando-a como fator determinante de muitas das violências, suicídios, depressões que engrossam estatísticas atormentadoras da sociedade humana. Ignorado pela maioria das pessoas que se mantem demasiadamente focadas nas atividades dessa Dimensão em que momentânea e presentemente vivemos, o fato é que a origem de muitos desses eventos está na influência exercida pelos Espíritos desencarnados, conforme revelação resultante da resposta à questão 459 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. No número de dezembro de 1862, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz interessante estudo por ele desenvolvido, de onde destacamos alguns tópicos que didaticamente facilitam a compreensão do problema: 1- O primeiro ponto que importa bem se compenetrar é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se que o Espírito de um perverso de súbito se transforme (...). Mostram-nos as relações com o Mundo Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um homem de Bem será um bom Espírito; do mesmo modo, encarnando-se um bom Espírito será um homem de Bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso dará um Espírito perverso ao Mundo Invisível. E, assim, enquanto o Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de melhorar. 2- Sendo a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado errante, quanto, encarnados, deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem. Daí a predominância do mal na Terra. 3- É, pois, necessário imaginar-se o Mundo Invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior, onde se agitam como num vaso. Ora, assim como o ar das partes baixas é pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, por que corrompido pelas emanações dos Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de grande vigor. 4- Sabemos que os Espíritos são revestidos de um envoltório vaporoso, que lhes forma um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de períspirito, e cujos elementos são tirados do Fluido Universal ou cósmico, princípio de todas as coisas (...). Esse períspirito não é confinado no corpo como numa caixa. Por sua natureza fluídica, ele irradia exteriormente e forma em torno do corpo uma espécie de atmosfera, como vapor que dele se desprende (...). O períspirito é impregnado das qualidades, ou seja, do pensamento do Espírito e irradia tais qualidades em torno do corpo. 5- O fluido perispiritual é, pois, acionado pelo Espírito. Se por sua vontade, o Espírito, por assim dizer, dardeja raios sobre outro indivíduo, os raios o penetram. Daí a ação magnética mais ou menos poderosa, conforme a vontade, mais ou menos benfazeja, conforme sejam os raios de natureza melhor ou pior, mais ou menos vivificante (..). Aquilo que pode fazer um Espírito encarnado, dardejando seu próprio fluido sobre uma pessoa, pode, igualmente, fazê-lo um desencarnado. 6- Credes que os maus Espíritos, que pululam no meio humano, esperam ser chamados, a fim de exercerem sua influência perniciosa? Desde que os Espíritos existiram em todos os tempos, em todos os tempos representaram o mesmo papel, pois isto está na natureza. E a prova é o grande número de pessoas obsedadas, ou possessas, se quiserdes, antes que se cogitasse de Espiritismo e de médiuns. A ação dos Espíritos, bons ou maus, é, pois, espontânea. A dos maus produz uma porção de perturbações na economia moral e mesmo física e que, por ignorância da verdadeira causa, são atribuídas a coisas erradas. Os maus Espíritos são inimigos invisíveis, tanto mais perigosos quanto não se suspeitava de sua ação. Pondo-os a descoberto, o Espiritismo vem revelar uma nova causa de certos males da Humanidade. 6- O Espiritismo não atraiu os maus Espíritos: descobriu-os e forneceu os meios de lhes paralisar a ação e, consequentemente, os afastar. Ele não trouxe o mal, pois este sempre existiu. Ao contrário, trouxe o remédio ao mal, mostrando-lhe as causas. Uma vez reconhecida a ação do Mundo Invisível, ter-se-á a chave de uma porção de fenômenos incompreendidos e a ciência, enriquecida com esta nova Lei, verá novos horizontes abertos à sua frente.


No filme “Ghost – Do outro lado da vida”, Sam – espírito recém-desencarnado por assassinato – estava querendo proteger sua namorada Molly, que corria perigo. Ele vai à casa dela para afastar o perigo que a rondava, mas percebe que não consegue tocar nas coisas. Suas mãos simplesmente transpassam a matéria, mas não produzem nenhum efeito. Ele vai aprender como agir sobre a matéria, logo depois, com um Espírito rebelde que encontrou no metrô. A pergunta é a seguinte: É assim mesmo que os Espíritos agem? Eles podem aprender a agir sobre a matéria, movimentar as coisas ou produzir ruídos? É assim que acontece nos casos de lugares assombrados?

Segundo o Espiritismo, não é precisamente assim que acontece. O filme explorou bem a questão da médium que, na história, podia ouvir e conversar com o desencarnado, mas o problema da ação do Espírito sobre a matéria não se dá de forma tão simples e direta.

À primeira vista, o fenômeno pode parecer simples, mas não é o que acontece, pois os espíritos (por eles mesmos) não conseguem agir diretamente sobre o nosso mundo físico.

A noção que a doutrina tem da questão é que os mundos físico e espiritual, de ordinário, não se tocam. Eles são como planos paralelos. Estão em dimensões diferentes.

Nós, encarnados, podemos conviver num mesmo lugar com Espíritos, mas o Espírito, a princípio, não consegue tocar o mundo físico, assim como nós não conseguimos tocar fisicamente nada do mundo espiritual.

Mas, então, você perguntaria: como acontecem as intervenções espirituais? Ou seja, como podem ocorrer os chamados fenômenos espíritas?

O mundo físico e o mundo espiritual só se tocam se uma ou mais pessoas servirem de intermediários. É por isso que existem médiuns. A palavra médium quer dizer intermediário.

Na verdade, o único ponto de contato entre os dois mundos – entre nós e os Espíritos - é pelo pensamento.

Porém, a ideia que o filme passa é a de que o desencarnado, se aprender a

a concentrar seu pensamento, ele pode agir diretamente sobre a matéria. Não é tão simples assim.

Pelo pensamento, de fato, atraímos ou repelimos os Espíritos, de tal modo que a comunicação entre encarnados e desencarnados se dá apenas por via mental.

Mas, para que um Espírito possa provocar a queda de um objeto, por exemplo, produzindo um fenômeno físico, deveria existir à do Espírito disposição uma substância conhecida por ectoplasma.

Tal substância – podemos dizer semimaterial – é fornecida pelo médium, que tenha a faculdade de liberá-la.

Então, neste caso, é o pensamento do Espírito que age sobre a mente do médium e este, consciente ou inconsciente, libera o ectoplasma materializado capaz de provocar o fenômeno.

Logo, o ectoplasma, embora desconhecido da ciência, é do médium (e não do Espírito) e só ele pode exercer alguma força física sobre um objeto.

Nos casos, que você chama de lugares assombrados, onde pode ocorrer de uma série de fenômenos físicos (como movimentação de objetos, ruídos, vozes, fogo espontâneo, etc) geralmente há uma mais pessoas presentes que servem de médium.

Elas são chamados de “epicentros do fenômeno” – pois, sem a presença delas, o fenômeno não ocorre – e as ações são desordenadas, de modo que os médiuns geralmente não sabem que é, por meio deles que os Espíritos conseguem agir.

Sobre esse intrigante tema, há vários livros de autores espíritas consagrados à pesquisa, que você pode encontrar na Biblioteca Batuíra do Centro Espírita Caminho de Damasco.

Entre os autores, destacamos Hernani Guimarães Andrade, que escreveu várias obras a respeito, como produto de suas demoradas e minuciosas investigações.














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