faça sua pesquisa

quarta-feira, 12 de abril de 2023

POR TRAS DA HISTÓRIA EM NOSSA DIMENSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Obras psicografadas por Chico Xavier, como A CAMINHO DA LUZ, do Espírito Emmanuel, e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO, do Espírito Humberto de Campos, revelam que as diretrizes que coordenam a evolução da Humanidade na Terra, emanam de Esferas Superiores à que nos encontramos. Nessa informação, por sinal, nada há de novo, se considerarmos que no EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO, capítulo 1, começando a contar a história de Jesus, o Apóstolo observa no chamado versículo 3, que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e, no versículo 10, que “estava no mundo, o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. Assim sendo, muitos personagens que ajudaram a construir a História no Planeta, na verdade apenas cumpriam um papel que transformou a vida de pessoas, regiões, países. Na edição de julho de 1862, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz uma mensagem escrita pelo Espírito Lamennais, através do médium Sr Didier, na reunião havida na Sociedade Espírita de Paris, em 24 de janeiro daquele ano, confirmando isso. Lamennais cujo nome completo era Felicité Robert de Lamennais , viveu na França 72 anos, atuando como escritor, filosofo, politico, tendo se ordenado sacerdote aos 34 anos, destacando-se por obras e opiniões desautorizadas e condenadas pelo Papa Gregório XVI, o que lhe valeu uma condenação à prisão em 1840, embora, em 1848, tenha sido eleito à Assembleia Nacional, colocando-se na extrema-esquerda. Desencarnado em 1854 – enterrado entre os pobres a seu pedido -, integrou-se aos inúmeros Espíritos que foram construindo a base da proposta do Espiritismo, como se observa pelas quase três dezenas de mensagens aproveitadas por Kardec em suas obras. A comunicação referida, buscava sua opinião sobre três célebres personagens históricos: Cesar, Clóvis e Carlos Magno. Dentre suas considerações, destacamos: -“É erro, na educação da inteligência, não ver em Cesar senão um conquistador; em Clóvis senão um bárbaro; em Carlos Magno, senão um déspota, cujo sonho insensato queria fundar um imenso Império. Ah! Meu Deus! Como geralmente se diz, os conquistadores são os próprios joguetes de Deus. Com sua audácia, seu gênio os fez chegar ao primeiro posto, viram em torno de si não só homens armados, mas ideais, progresso, civilizações que era necessário lançar às outras nações. Partiram, como Cesar, para levar Roma a Lutécia; como Clóvis, para os germes de uma solidariedade monárquica; como Carlos Magno para fazer raiar o facho do Cristianismo para os povos cegos, nas nações já corrompidas pelas heresias dos primeiros tempos da Igreja. Ora, eis o que aconteceu: Cesar, o mais egoísta desses três gênios, faz servir a tática militar, a disciplina, a lei, numa palavra, para os trazer às Gálias; na retaguarda do exército, seguia a ideia imortal e as reputações vencidas e indomáveis sofriam o jugo de Roma, é certo, mas se tornavam províncias romanas (...).Cesar é, pois, um grande propagador, um desses homens universais, que se servem do homem para civilizar o homem, um desses homens que sacrificam homens em proveito da ideia. O sonho de Clóvis foi estabelecer uma monarquia, bases, uma regra para seu povo. Como o Cristianismo não o iluminava ainda, foi propagador bárbaro. Devemos encará-lo na sua conversão: imaginação ativa, febril, belicosa, viu na vitória sobre os Visigodos um prêmio da proteção de Deus; e, daí por diante, certo de estar sempre com ele, fez-se batizar. Eis que o batismo se propaga nas Gálias e o Cristianismo se propaga cada vez mais. É o momento de dizer, com Corneille, Roma não era mais Roma. Os bárbaros invadiam o mundo Romano. Depois do abalo de todas as civilizações esboçadas pelos Romanos, eis que um homem sonha espalhar pelo mundo, não mais os mistérios e o prestigio do Capitólio (...), eis um home que está ou se julga com Deus. Um culto odioso, rival do Cristianismo, ainda ocupa os bárbaros: Carlos Magno cai sobre essa gente e o lendário líder saxão Wittikind, depois de lutas e vitórias alternadas, se submete, por fim, humildemente, e recebe o batismo. Eis aí, por certo, um quadro imenso, onde se desenrolam tantos fatos, tantos golpes da Providência, tantas quedas e tantas vitórias. Mas qual a conclusão?(...) É necessário, pois, encarar esses três homens como grandes propagadores que, por ambição ou por crença, avançaram a luz no Ocidente, quando o Oriente sucumbia na enervante preguiça de sua inatividade. Ora, a Terra não um mundo em que o progresso se faça rapidamente e por via da persuasão e da mansuetude. Não vos admireis pois, que, muitas vezes, seja preciso tomar da espada em vez da cruz”.


Por que o Espiritismo condena os rituais que têm por objetivo adorar a Deus?

Vamos à Allan Kardec. Na questão 653 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS Kardec pergunta: “A adoração tem necessidade de manifestações exteriores”?

Entenda-se por “manifestações exteriores” os rituais e as cerimônias ( algumas vezes, pomposas) que se realizam visando homenagear ou agradar a Deus.

Os Espíritos respondem: “A verdadeira adoração está no coração ( quer dizer, no sentimento).Em todas as vossas ações imaginai que um senhor os observa”.

Em seguida, aparece um sub pergunta à essa questão 653, que diz: “A adoração exterior é útil”?

Os Espíritos respondem: “Sim, se não é uma mera simulação”. E completam:

Ela é sempre útil para dar um bom exemplo. Mas, aqueles que o fazem apenas por afetação e egoísmo, e nos quais a conduta desmente sua piedade aparente, dão um mau exemplo, e fazem mais mal do que pensam”.

Esta observação dos Espíritos, na verdade, está baseada nas próprias palavras de Jesus em relação a alguns fariseus, ao se referir àqueles que têm Deus nos lábios, mas não O têm no coração.

Portanto, caro ouvinte, o Espiritismo não condena os rituais praticados pelas religiões, no afã de agradar a Deus.

Ele apenas dispensa esses rituais (ou essas manifestações exteriores), e incentiva seus adeptos para que a oração seja feita na maior simplicidade possível.

Aliás, essa recomendação é a mesma de Jesus, no sermão da montanha, quando ensinava o povo a orar. Consulte o evangelho de Mateus e veja.

Ele não disse que a pessoa deveria se dirigir ao templo, que deveria fazer alguma oferta especial, que deveria usar roupas especiais, jejuar ou cantar louvores, e muito menos que usasse os apetrechos utilizados pelos judeus nos cerimoniais consagrados

Disse apenas que entrasse no seu quarto e, fechada a porta, formulasse com sinceridade seu pedido ao Pai, que estaria ali presente.

Não há em Jesus, portanto, qualquer incentivo aos rituais, especialmente aqueles que, como dissemos, já eram consagrados pelo seu povo, conforme o livro LEVÍTICO do Antigo Testamento.

O Espiritismo, simplesmente, respeita todas as maneiras de orar, considerando que o importante na oração não é a forma exterior, mas o sentimento que a pessoa cultiva no mais íntimo de sua alma.

No capítulo 28 de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec comenta:

Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditadas pelo coração e não apenas pelos lábios; não impõe nenhuma delas, nem censura nenhuma”. E completa:

Deus é muito grande – continua ele - para rejeitar a voz que lhe implora ou que canta seus louvores, porque o faz de um modo e não de outro”.

E mais: “Todo aquele que condenasse as preces, que não estão no seu formulário, provaria que desconhece a grandeza de Deus. Crer que Deus se prende a uma determinada fórmula é lhe atribuir a pequenez e as paixões humanas”.

Por outro lado, caro ouvinte, o Espiritismo não incentiva a adoração exterior, justamente para que as pessoas percebam que essas adições são inteiramente dispensáveis, quando ela está imbuída de bons sentimentos.

Além do mais, considera que, muitas vezes, as pessoas que oram estão mais preocupadas com os rituais em si ou com o que está acontecendo ao seu 

redor do que propriamente em vivenciar a beleza e a magnitude de seu 

encontro com 

Deus naquele momento.

É o que também costuma acontecer com a oração decorada, pois muitas vezes leva a pessoa apenas a recitá-la de memória (na verdade, mentalmente 

desligada da prece). sem perceber e sem vivenciar de fato o sentido mais 

profundo das palavras e das frases que pronuncia. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário