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quinta-feira, 6 de abril de 2023

A PROPÓSITO DAS CURAS MEDIÚNICAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Embora poucos saibam, a mediunidade de cura se constituiu em gênero comum nos primeiros tempos do Espiritismo na Terra. É o que se depreende acompanhando as notícias e artigos publicados por Allan Kardec, nas edições de REVISTA ESPÍRITA, de sua fundação até sua morte. Explicada n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS como a possibilidade que certas pessoas possuem de curar pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto mesmo, sem o socorro de nenhuma medicação, efeito das extraordinárias possibilidades dos fluídos magnéticos humanos e espirituais, a modalidade ressurge, apesar dos preconceitos, descrédito, dúvidas, através de vários médiuns. Necessário, contudo, estudar-se o assunto. Na pauta de outubro de 1867 da sua revista, Kardec reproduziu três mensagens assinadas pelo Abade Príncipe de Hohenlohe, recebidas por diferentes médiuns, em 12, 15 e 24 de março daquele ano, tratando do tema. O religioso, cujo nome era Alexander Leopold Franz Hohenlohe, viveu 55 anos, entre 1794 a 1849, tendo sido membro de importante dinastia existente no nordeste da hoje Alemanha, à qual foi incorporada. Ordenado sacerdote em 1815, ganhou notoriedade após ter curado com seus poderes sobrenaturais, um paralítico, a qual, se seguiram outras surpreendentes curas. Da primeira comunicação, do Abade, destacamos: 1- Todo mundo possui mais ou menos a faculdade curadora, e se cada um quisesse consagra-se seriamente ao estudo dela, muitos médiuns que se ignoram poderiam prestar úteis serviços a seus irmãos em humanidade. 2- O aparente efeito material, o sofrimento, tem quase constantemente uma causa mórbida imaterial, residindo no estado moral do Espírito, e, se o médium curador se ativer apenas ao corpo, só ataca o efeito, persistindo a causa do mal, reproduzindo-se o efeito, quer sob a forma primordial, quer sob qualquer outra aparência, residindo aí uma das razões pelas quais tal doença, subitamente curada pela influência do médium, reaparece com todos os seus sintomas, desde que a influência benéfica se afaste. 3- Para evitar recidivas, é necessário que o remédio espiritual ataque o mal em sua base, como o fluido material o destrói em seus efeitos; numa palavra, é preciso tratar, ao mesmo tempo, o corpo e a alma. 4- Para ser um bom médium curador, não só é preciso que o corpo esteja apto a servir de canal aos fluidos materiais reparadores, mas, ainda, que o Espírito possua uma força moral que não se pode adquirir senão pelo seu próprio melhoramento. Para ser médium curador há, então que se preparar para isto, não só pela prece, mas pela depuração de sua alma, a fim de tratar fisicamente o corpo pelos meios físicos, e de influenciar a alma pela força moral. Da segunda, salientam-se algumas reflexões propostas pelo Abade: 1- O sofrimento, a doença, a própria morte, nas condições sob as quais as conheceis, não são mais especialmente a partilha dos mundos habitados por Espíritos inferiores ou pouco adiantados? O desenvolvimento moral não tem por objetivo principal conduzir a Humanidade à felicidade, fazendo-a adquirir conhecimentos mais completos, desembaraçando-a das imperfeições de toda a natureza, que retardam sua marcha ascensional para o Infinito? Ora, melhorando o Espírito dos doentes, não se os põe em melhores condições para suportar seus sofrimentos físicos? Atacando-se aos vícios, as más inclinações, que são a fonte de todas as desorganizações físicas, não se põem essas desorganizações na impossibilidade de se reproduzirem? 2- Destruindo a causa, necessariamente se impede o efeito de se manifestar de novo. Das orientações da terceira, frisamos: 1- Sabeis que, conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis vossas imperfeiçoes. Mas Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da Terra. A esse título, ninguém entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais esforços constantes para vos purificar e leva em conta vossa boa vontade. 2- Não sejais exclusivos na escolha dos vossos doentes. Todos, sejam quem for, ricos ou pobres, crentes ou incrédulos, bons ou maus, tem direito ao vosso socorro. Acaso o Senhor priva os maus do benéfico calor do Sol que aquece, que reanima, que vivifica? 3- (...). Não vos magoeis pelas recusas que encontrardes; fazei sempre a vossa obra de caridade e amor e não duvideis que o Bem, embora retardado para uns, jamais ficará perdido.


Vendo o mundo tão contaminado e tão abalado pela ganância, pela violência e pela corrupção, como estamos vendo hoje, fico pensando se a humanidade ainda em salvação.

De fato, o panorama geral do mundo chega a ser assustador, se nos fixarmos nas notícias ruins ou se olharmos o mundo de apenas um ângulo político-social.

No entanto, preferimos confiar em Jesus quanto ao nosso futuro, até porque Jesus confiou na humanidade.

Se Jesus não tivesse confiado na humanidade, ele – como um Espírito Puro – não teria se sacrificado tanto para ensinar sua doutrina.

Era mais fácil, para um jovem de sua época, continuar seguindo os pais e professado a sua religião, tal qual ela foi revelada há mais de mil anos, ou seja, sem nada reparar, sem nada modificar.

Contudo, ele saiu do conforto do lar, deixou a própria família, submeteu-se a uma disciplina rígida para proclamar, sob perseguição e ameaças, o Reino de Deus.

Ao lado de alguns homens pobres e incultos proclamou uma nova verdade, passando, então, a ser perseguido por inimigos encarniçados.

Se o ser humano não merecesse crédito, se Jesus não acreditasse na lei de evolução, ele não teria se aventurado a tanto.

Por isso, se nos inspiramos em Jesus, vamos acreditar também que há um caminho para a humanidade, ou seja, que não estamos perdidos.

Evidentemente, essa caminhada não é tão simples. Pelo que vemos, ainda estamos distantes de nos identificar com o ideal de Jesus.

Falamos em Deus, fazemos nossas orações, frequentamos os templos, mas na prática ainda temos dificuldade de vivenciar as virtudes que Jesus recomendou.

A pressa é nossa. Jesus, naturalmente, como um Espírito das altas esferas da espiritualidade, sabe de nossas dificuldades, mas, ao mesmo tempo, conta com a nossa dedicação por uma causa maior.

Se não perdoarmos os que nos ofendem, o Pai não nos perdoará os pecados – ele disse. O que quis dizer com isso?

Que só teremos paz no mundo, quando uma parte considerável da humanidade souber, em suas decisões e em seus atos, vivenciar a paz por onde for.

O papel do Espiritismo não é converter ninguém, mas ajudar o ser humano a despertar para os valores espirituais


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