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sábado, 22 de abril de 2023

INSTIGANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A contribuição do estudioso e pesquisador Hermínio Correia de Miranda precisa ser mais conhecida pelos que chegam ao Espiritismo. Criterioso, sensato, produziu trabalhos que demonstram sua erudição, oferecendo aos interessados na verdade dos fatos e evidências. Um deles, A MEMÓRIA E O TEMPO (edicel, 1980), com antecedência de alguns anos, incursões no campo da regressão de memória na confirmação da reencarnação. Outro, EU SOU CAMILLE DEMOULINS (lachâtre, 1993), fascinante, lamentavelmente não mais publicado – pelo que sei por divergências com o pesquisado -, revela detalhes e minúcias da incursão pelo inconsciente profundo de um jornalista recentemente desencarnado que, em transe repetidas vezes induzido, revelou-se um personagem da Revolução Francesa, no século 20 reencarnado no Brasil. Nele, encontramos o depoimento em carta, do advogado, médium e também pesquisador, Dr Cesar Burnier, na verdade Cesar Gouveia Pessoa de Melo, amigo pessoal de Chico Xavier a quem conheceu – ou reencontrou – em 2 de abril de 1938, poucos dias após a morte surpreendente de um de seus filhos vitimado por insidioso quadro de meningite. Na referida obra, vamos encontrar interessante relato do Dr. Burnier, envolvendo o grande médium mineiro. Segundo ele, Chico Xavier, “ao tempo da Grande Revolução, era uma moçoila um tanto caipira da cidade francesa de Arras. Chamava-se Jennne D’Arencourt, sendo protegida de Andréa de Taverne, condessa de Charny, que a introduziu na corte de Maria Antonieta. Sua permanência na corte foi muito curta. É que Jeannne, sem jeito e extremamente acanhada, quebrou logo o protocolo real pisando nos pés da Rainha. Foi sua felicidade. Esse acidente, afastando-a da alta nobreza, evitou-lhe a morte na guilhotina, mas não evitou que a lâmina desta cortasse a cabeça do seu pai, pequeno nobre da terra de Robespierre. Jeannne era amiga de Danton. Apelou para o ardoroso tribuno pedindo sua juda junto ao “incorruptível”. Danton levou-a à presença do “todo poderoso detentor das pulcritudes cívicas”. Durante o trajeto, Danton recomendou-lhe: -“Atire-se aos pés do homem; diga-lhe que seu pai é pessoa moderada, nas cida em sua terra – Arras; chame-o de Citoyen, mostre-se humilde e confiante no seu poder e na sua magnanimidade”. Jeanne cumpriu religiosamente os conselhos do amigo, enquanto Danton se dirigia ao Pontífice das Virtudes Cívicas, implorando sua piedade para com a infeliz moça. Robespierre ouviu das culminâncias do seu orgulho. Depis, num gesto todo seu, atirou a cabeça para trás, trincou os maxilares e exclamou: - “Minha filha, Robespierre comoveu-se com a a sua rogativa, mas é o Comitê de Salvação Pública que está encarregado dos assuntos da pátria. Todo traidor terá de morrer!”.No dia seguinte o pai de Jeanne perdeu a cabeça na guilhotina, e a moça, banhada em lágrima, fugiu para a Espanha, onde faleceu, algum tempo depois, vítima de tuberculose, em Barcelona, na Igreja de Sant’Ana. Emmanuel, o magnífico guia do Chico, fugiu de Paris, do terror de Robespierre. Chama-se Jean Jacques Tourville ou Turville. Era professor da nobreza e se refugiou igualmente na Espanha. Surpreendente Lei de Causa e Efeito, contudo, tem suas sutilezas. Ainda segundo o Dr. Burnier, “Robespierre reencarnou no Brasil na figura de uma médica, em Minas Gerais. Seu novo sexo – ao que julgo – deveria dar-lhe novas perspectivas da vida, principalmente na faixa da sentimentalidade reparadora”. Sua história seria ligada novamente ao Espírito conhecido como Chico Xavier em episódio, certamente, refletido daqueles resgatados no testemunho do Dr. Burnier. Sua continuidade e desfecho, porém, ficam para outra oportunidade.



Comentário de um integrante de nosso grupo de estudo - Lendo a Bíblia encontrei no Antigo Testamento várias referências à violência com que Deus mandava tratar os inimigos, como esta que está em Números, cap. 31: “O Senhor falou a Moisés dizendo: Vinga primeiro os filhos de Israel dos medianitas, depois serás unidos ao teu povo”. E no final desse mesmo capítulo Ele ordena: “ Matai, pois, todos os varões, mesmo os de tenra idade, e degolai as mulheres que tiveram comércio com os homens, mas reservai para vós as donzelas e todas as mulheres virgens”. Fica difícil conciliar passagens como esta com os ensinamentos de Jesus, que mandou amar até mesmo os inimigos.

A Bíblia, no testamento antigo, menciona uma série de massacres, apedrejamentos e outras formas violentas de matar ou de se vingar, dizendo que tudo isso foi feito por ordem de Deus.

Acreditamos que uma grande parte das pessoas, que vivem com a bíblia na mão e que frequentam seus cultos, não sabe disso, porque na verdade só conhecem da Bíblia alguns versículos isolados.

A Bíblia, antes de tudo, é um documento histórico importante, porque mostra o caminho pelo qual o povo de Israel veio passando ao longo dos séculos, mas ela não deve ser lida sem um conhecimento mais aprofundado da história e da cultura desse povo.

Nesta passagem que você cita, por exemplo, vemos Deus descarregando toda a sua ira sobre um dos vários povos que disputavam com Israel um pedaço de Terra junto ao Rio Jordão, os medianitas.

Desde vários séculos antes de Cristo, naquela região, vários pequenos povos se encontraram, cada qual defendendo seu pedaço de terra fértil, onde podia praticar a agricultura e a criação.

Logo, uma série de lutas ali se travaram e o povo de Abraão reclamava exclusividade, porque se considerava o único protegido ou escolhido por Deus. (Ficamos sem saber por que Deus criou os outros povos e por que os tratava de forma diferente))

Evidentemente, as guerras entre povos era o que mais acontecia na antiguidade e elas fazem parte do caminho que a humanidade escolheu.

Deus, segundo os textos bíblicos, agia como um tirano, como um usurpador dos mais violentos, não economizando reações de ira para exterminar os inimigos de Israel.

E o pior de tudo – Ele não se contentava em dominar o inimigo, pois queria a morte dos homens, das mulheres e das crianças, além de reservar para os vencedores as virgens.

Séculos depois, um jovem carpinteiro de nome Jesus, deixou a família para combater o ódio e ensinar o amor, proclamando:

Diziam os antigos: amai vossos amigos e odiai vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: amai até mesmo os vossos inimigos, fazei bem os que vos perseguem e caluniam”.

Jesus não podia concordar com a ideia de um Deus violento e cruel. Deus para Jesus é o Pai, de onde emana todo amor do mundo.

E o Pai ama a todos os seus filhos, sejam quem sejam, amigos ou inimigos, bons ou maus... Afinal Ele o Pai Perfeito, Bom e Justo.

Portanto, caros ouvintes, a única verdade do mundo, que pode resumir tudo quanto se disse de Deus, é que Deus é amor e somente pelo caminho do amor a humanidade encontrará o caminho de sua salvação.

Então, perguntamos: será que Deus, antes um tirano, se transformou num Pai amoroso e bom?

Não, meus amigos. Deus não mudou, Deus é sempre o mesmo; aliás é a única perfeição que existe. O que mudou foi o conceito distorcido que o homem sempre fez de Deus.

Quando Jesus entrou no cenário do mundo, mais de 12 séculos depois de Moises, já era possível compreender que Deus é amor e que só, através do amor, poderemos alcançar a paz e a felicidade.

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