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terça-feira, 27 de setembro de 2022

AMPLIANDO HORIZONTES ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A visão meramente fisiológica do Ser humano muito raras vezes conduz ao equilíbrio da funcionalidade do corpo doente. A ignorada contribuição oferecida pelo Espiritismo a partir da extraordinária pesquisa conduzida por Allan Kardec de 1855 a 1869, tem substancial conteúdo para provocar uma reflexão mais precisa e objetiva naqueles que efetivamente se preocupam com a cura dos seus pacientes. No número de fevereiro de 1867 da REVISTA ESPÍRITA, pode ser encontrada na seção DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS, a mensagem assinada pelo Espírito do um médico chamado Dr Morel Lavallée. Sempre oportuno lembrar a observação feita por Allan Kardec num de seus artigos falando sobre a visão propiciada pelo Espiritismo, onde diz que “a mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las; que a natureza tem recursos que eles ignoram”. Notadamente na atualidade em que se observa a proliferação de trabalhos nessa área como que tentando socorrer aos desventurados do caminho macerados pelos sofrimentos físicos e morais. Mas, vamos ao texto psicografado em Paris, na reunião de 25 de outubro de 1866, através do médium Sr. Desliens: -“Que é o homem?... Um composto de três princípios essenciais: o Espírito, o períspirito e o corpo. A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessariamente o aniquilamento do Ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o períspirito faltar ou não puder funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria, poderá haver alguma coisa no gênero do cretino ou do idiota, mas jamais um Ser inteligente. Enfim, se o Espírito faltar, ter-se-á um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos três princípios em presença, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles a harmonia perfeita ou desacordo parcial. Se a doença ou desordem orgânica, como se queira chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais, sabiamente empregados, bastarão para restabelecer a harmonia geral. Se a perturbação vier do períspirito, se for uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se acha alterado, será preciso uma modificação em relação com a natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado normal. Se a doença proceder do Espírito, não se poderia empregar, para a combater, outra coisa senão uma medicação espiritual. Se, enfim, como é o caso mais geral, e, pode mesmo dizer-se, que se e apresenta exclusivamente, se a doença procede do corpo, do períspirito e do Espírito, será preciso que a medicação combata simultaneamente todas as causas da desordem por meios diversos, para obter a cura. Ora, que fazem geralmente os médicos? Cuidam do corpo e o curam; mas curam a doença? Não. Porque? Porque sendo o períspirito um princípio superior à matéria propriamente dita, poderá tornar-se a causa em relação a esta. E, se for entravado, os órgãos materiais, que se acham em relação com ele, serão igualmente atingidos na sua vitalidade. Cuidando do corpo, destruireis o efeito; mas, residindo a causa no períspirito, a doença voltará novamente, quando cessarem os cuidados, até que se percebam que é preciso levar alhures a atenção, eliminando fluidicamente o princípio fluídico mórbido. Se, enfim, a doença proceder da mente, do Espírito, o períspirito e o corpo, postos sob sua dependência, serão entravados em suas funções, e nem é cuidando de um nem do outro que se fará desaparecer a causa. Não é, pois, vestindo a camisa de força num louco, ou lhe dando pílulas ou duchas, que se conseguirá repô-lo no estado normal. Apenas acalmarão seus sentidos revoltados; acalmarão os seus acessos, mas não destruirão o germe senão combatendo por seus semelhantes, fazendo homeopatia espiritual e fluidicamente, como se faz materialmente, dando ao doente, pela prece, uma dose infinitesimal de paciência, de calma, de resignação, conforme o caso, como se lhe dá uma dose infinitesimal de Brucina, de Digitalis ou de Aconitum. Para destruir uma causa mórbida, há que combatê-la em seu terreno”. Uma pesquisa criteriosa na coleção da publicação fundada e mantida por Allan Kardec entre 1858 e sua morte em 31 de março de 1869, revela aspectos importantes e reveladores – nem sempre encontrados nas chamadas OBRAS BÁSICAS -, sobre essa revolucionária visão oferecida pelo Dr Morel.

Quando uma criança nasce de um encontro casual entre dois jovens e, depois que essa criança vem ao mundo, o pai nem quer saber dela, isso é porque eles são Espíritos inimigos?


Não é possível responder com precisão esta pergunta. Podemos apenas levantar hipóteses. Na verdade, existem muitas razões para um Espírito reencarnar, e muitos Espíritos estão aguardando essa oportunidade e, às vezes, é tão grande sua necessidade, que se sujeitam a qualquer condição. Contudo, é possível que uma reencarnação, que ocorre nessas circunstâncias - em que a concepção se deu num encontro fortuito - tenha sido aproveitada por um Espírito que nada tem a ver com o pai, mas não podemos afirmar que isso esteja realmente acontecendo.


Situações como essa – de crianças produtos de relações casuais - têm sido cada vez mais freqüentes, por causa da liberdade sexual a que se entregam jovens adolescentes, hoje em dia, usando o sexo como se fosse um esporte. Neste caso, embora sempre haja algum Espírito para reencarnar, não é assim que elas devem proceder, até porque sua obrigação, enquanto mulher, é sempre acolher bem os filhos que são colocados sob sua responsabilidade. Uma atitude impensada ou mau conduzida pode gerar problemas, tanto para a mulher-mãe, quanto para a criança que vai ser criada em condições quase sempre inadequadas.


A mulher, devido à sua condição natural de mãe, é quem acaba arcando com maior responsabilidade, trabalho e sacrifício nesse caso. Entretanto, o fato de não abortar, até passando por circunstâncias difíceis, já lhe confere um grande mérito, que lhe será recompensado de algum modo. Com certeza, esse Espírito – se não, agora – pelo menos, mais tarde, lhe será grato pela oportunidade de reencarnar. Mas, o nascimento não basta para o Espírito; mais importante do que a sua sobrevivência é o ambiente espiritual que lhe vai propiciar para o seu crescimento e educação para a vida.


Por outro lado, os rapazes que, inadvertidamente, fizeram-se pais, não podem simplesmente ignorar a responsabilidade que assumiram – não apenas perante a lei humana, mas principalmente perante a lei de Deus. Se se tornaram pais, mesmo que não fosse seu objetivo, devem se sentir exigidos perante o filho ou filha, assumindo com honestidade e coragem o papel que lhe está sendo imposto pelas leis naturais. Fugir a essa responsabilidade é criar problemas sérios para o futuro, pois as Leis da Vida costumam nos cobrar caro os gestos que acarretam em sofrimento aos outros.



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