faça sua pesquisa

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

PRECISA SER CONHECIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Segundo Allan Kardec, “a CIÊNCIA ESPÍRITA nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável. Compreende duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral, outra filosófica, sobre as manifestações inteligentes”. Nesse sentido, seu campo de pesquisa, engloba temas como MEDIUNIDADE, SOBREVIVÊNCIA ALÉM DA MORTE, INFLUÊNCIA ESPIRITUAL, OBSESSÃO, REENCARNAÇÃO e FLUIDOS. Sobretudo no que se refere ao último campo, não pode ser ignorada a contribuição do médico alemão Franz Anton Mesmer que em 1773, afirma existir uma ação recíproca entre dois seres vivos, por intermédio de um agente especial chamado FLUIDO MAGNÉTICO ANIMALIZADO capaz de causar efeitos similares ao magnetismo mineral, que - como toda ideia nova - encontrou forte oposição dentro dos seguidores da linha organicista derivada da visão mecanicista de Isaac Newton. Vítima de acusações e perseguições durante o resto de sua vida que terminou em 1815, pelo chamado mundo acadêmico, teria sua visão ampliada por um observador e pesquisador das práticas disseminadas por ele na França dos Iluministas que por mais de três décadas testemunhou resultados interessantes nos seguidores das proposições do visionário germânico. Trata-se do intelectual, pesquisador e educador Denizard Hippolite Léon Rivail que, a partir de 1854, aprofundando-se no estudo dos hoje chamados fenômenos paranormais e considerando ser o Magnetismo uma força natural, escreve na REVISTA ESPÍRITA, em seu primeiro número em janeiro de 1858, que “o Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. (...) Impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz”. Vai além, ampliando o conceito de Mesmer ao afirmar que “os resultados obtidos pelo fluido magnético (fluido vital) se devem, na verdade, à associação das emanações de um corpo fluidico por ele denominado perispírito que, por sua vez, emana o fluido perispiritual”. Anos depois, em 1864, num livro por ele publicado, afirma que, por exemplo, “a prece é uma irradiação mental em forma de pensamento que coloca o emissor em contato com o Ser a que se dirige, propagando-se impregnada de fluidos pessoais resultantes das emoções/sentimentos que inspiram sua formulação”. Ao longo do século 20, a tentativa de dar um embasamento aceito pela comunidade dita científica proposta pelo Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet com sua Metapsíquica, frustou-se com a morte do corajoso médico, sendo, de certa forma sucedida pelo iniciativa do norte-americano Joseph Banks Rhine que na Universidade de Duke, propõe a Parapsicologia influenciando mais tarde o surgimento de outras versões como a Psicotrônica nos Países Socialistas e a Psicobiofísica do Engenheiro brasileiro Hernani Guimarães Andrade. A publicação em 1970 do livro EXPERIÊNCIAS PSIQUICAS ALÉM DA CORTINA DE FERRO revela, entre outras coisas, diversos estudos desenvolvidos nos países chamados comunistas, confirmando através da chamada Maquina Kyrlian, por exemplo, que a transmissão de energia entre seres humanos proposta por Mesmer é real; que “a energia vital chamada Prana considerada pela Yoga, circula pelo corpo, podendo ser dirigida pelo pensamento”, o qual, efetivamente, se transmite de pessoa a pessoa. Diante disso, imprescindível um aprofundamento nos conceitos formulados pelo Espiritismo.


Nas últimas décadas a gente vê muitos casamentos começarem a acabarem em bem pouco tempo. Fora das causas geralmente apontadas pelos estudiosos do comportamento humano, existem causas espirituais que determinam isso? Quero dizer, esses casamentos aconteceram para não dar certo mesmo?

Temos certeza de que existem causas espirituais atrás de muitas uniões, mas se esses casamentos não deram certo, com certeza, não foi porque assim estava programado, mas porque o casal não soube resolver seus problemas. Neste particular, deveríamos destacar em primeiro lugar as uniões que não se baseiam num verdadeiro sentimento de respeito e de afeto e que, por isso mesmo, não podem durar muito tempo.

A Doutrina Espírita nos mostra que nada acontece por acaso, que os acertos e os erros que cometemos nesse sentido têm ao menos dois tipos principais de causa: as causas anteriores a esta vida, as causas desta mesma vida. “Quantas uniões infelizes – diz Allan Kardec no capítulo 5º d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - porque são de interesse calculado ou de vaidade, com as quais o coração nada tem!” Kardec questiona os grandes equívocos que cometemos nesta vida por causa de nosso egoísmo.

Por outro lado, não podemos desconsiderar o fato de que há casamentos mais ou menos programados e que, por falta de habilidade para convivência, também acabam fracassando. Os programados são os que decorrem de escolhas de Espíritos que querem se reencontrar, às vezes reconciliarem-se depois de fracassos anteriores e, de outras, porque um vem para apoiar ou auxiliar o outro na sua jornada evolutiva e, de outras ainda, quando ambos assumem alguma tarefa específica junto à família ou à comunidade.

Todavia, o quadro social hoje é muito instável, o que facilita demasiado a instabilidade da família. Vivemos um momento em que as pessoas, homem e mulher, estão muito interessados em procurar valer seus direitos, muitas vezes não se importando se as consequências de suas atitudes vão comprometer o bem estar dos outros, nem mesmo dos filhos. O apego aos valores materiais, em prejuízo da fé e dos valores espirituais, é o principal responsável pela intensificação do egoísmo dentro de casa e da família.

Na verdade, convivência no lar é questão de valor, e o sentimento religioso, quando bem conduzido, serve justamente para fortalecer os laços afetivos entre os membros da família – além da mulher e do marido, os filhos. É imperiosa a necessidade de se resgatar os valores religiosos, o cultivo da fé em Deus e o esforço por melhorar o nível de convivência dentro de casa. Caso contrário, a tendência é a dispersão, onde cada um sai a procura seus próprios interesses, pois só está interessado em resolver seus próprios problemas.

Logo, é preciso recuperar o verdadeiro sentido de família. A família não são apenas as pessoas do pai, da mãe e dos filhos. A família é o sentimento que deve uni-los num interesse comum, a ponto de lhes proporcionar segurança, confiança, alegria e paz. Sem o amor, nada tem sentido. E o amor, na prática, principal alimento da alma, é a forma pela qual cada um considera o outro, no anseio de ajuda-lo a ser feliz. Um casal, que queira perpetuar suas relações, precisa iniciar a vida em comum com base nessas relações.

Os Espíritos benfeitores têm recomendado aos casais cristãos a introdução do evangelho no lar. Trata-se de uma pequena reunião familiar em torno dos ensinamentos de Jesus, no sentido de envolver os membros da família num tipo de culto cristão, onde cada um pode ler, perguntar, opinar sobre as palavras de Jesus que servem de base para uma vida moral sadia. E isso não depende de religião, mas de um sentimento de religiosidade que pode ser o sustentáculo moral da boa convivência na família.

Orientações sobre a reunião de evangelho no lar podem ser encontradas, inclusive, na internet ou, quem se interessar, nos centros espíritas. Trata-se de um instrumento de fácil aplicação que tem ajudado muitas famílias a encontrarem um caminho seguro para a recuperação da harmonia dentro de casa e dentro de si mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário