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terça-feira, 20 de setembro de 2022

MAIS UMA PROVA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

-“Existem duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações, e a doutrina filosófica, a primeira se utilizando do médium que fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos e, a segunda, consequente das revelações sobre o primeiro”, podemos concluir de escritos de Allan Kardec em textos por ele elaborados. No tempo em que lhe foi possível, o iniciador das pesquisas sobre essa realidade extraordinária que precede e sucede a nossa, procurou avançar em todas as frentes. Uma das com que pretendia confirmar a existência do Espírito a comandar o corpo físico, foi a comunicação entre os chamados vivos, através da mediunidade cujas descrições e relatos muito interessantes podem ser obtidos na publicação periódica mantida entre os anos 1858/1869 demonstrando, por exemplo, a lucidez do portador de deficiências mentais, bloqueado em sua possibilidade de expressão por restrições meramente fisiológicas. Algumas analisadas a partir de correspondência por ele recebida de outros pesquisadores também empenhados no aprofundamento dos temas espirituais. Na REVISTA ESPÍRITA, edição de janeiro de 1865, encontramos um caso. Trata-se da contribuição de um membro da Sociedade Espírita de Paris, o Sr. Rul reportando experiência levada a efeito em 1862 com um jovem surdo-mudo de doze a treze anos. Segundo ele, desejoso de fazer uma observação, perguntou aos guias protetores se seria possível evocá-lo e, tendo resposta afirmativa, fez o rapaz vir ao seu quarto e instalou-o numa poltrona, com um prato de uvas, que ele se pôs a devorar. Por sua vez, postou-se diante de uma mesa, orou, e, como de hábito fez a evocação. Ao cabo de alguns instantes sua mão estremeceu, escrevendo: -“Eis-me aqui”. Olhou o menino. Estava imóvel, os olhos fechados, calmo, adormecido, com o prato sobre os joelhos. Tinha cessado de comer. Perguntando-lhe onde estava, ouviu que “em vosso quarto, em vossa poltrona”. Indagado sobre a razão de ser surdo mudo de nascença, respondeu ser uma expiação de crimes passados, na condição de parricida. Questionado sobre se sua mãe, a quem amava tão ternamente, não teria sido ou mesmo seu pai, na existência de que falava, o objeto do crime cometido, silenciou, a mão ficou imóvel, vendo, ao olhar para o menino que acabava de despertar, voltando a comer as uvas com apetite. Pedindo aos Guias Espirituais que explicassem o que acabava de acontecer, explicaram: -“Ele deu os ensinamentos que desejavas e Deus não permitiu que te desse outros”. Comentando o material recebido, Allan Kardec pondera: -“Faremos outra observação a respeito. A prova da de identidade resulta do sono provocado pela evocação, e da cessação da escrita no momento de despertar. Quanto ao silêncio guardado na última pergunta, prova a utilidade do véu lançado sobre o passado. Suponhamos que a mãe atual desse menino tenha sido sua vítima em outra existência, e que este tenha querido reparar seus erros pela afeição que lhe testemunha: a mãe não seria dolorosamente afetada se soubesse que seu filho foi seu assassino? Sua afeição por ele não ficaria alterada? Foi-lhe permitido revelar a causa da enfermidade, como assunto de instrução, a fim de nos dar uma prova a mais que as aflições daqui tem uma causa anterior, quando não esteja na vida presente, e que assim tudo é segundo a justiça. Mas o resto era inútil e teria podido chegar aos ouvidos da mãe. Por isto os Espíritos o despertaram, talvez no momento em que ia responder. (...). Deve concluir-se que todos os surdos-mudos tenham sido parricidas? Seria uma consequência absurda, porque a Justiça de Deus não está circunscrita em limites absolutos, como a Justiça humana. Outros exemplos provam que esta enfermidade por vezes resulta do mau uso que o indivíduo tenha feito da faculdade da palavra. Mas perguntarão: a mesma expiação para duas faltas tão diferentes na sua gravidade, é de justiça? Os que assim raciocinam ignoram que a mesma falta oferece infinitos graus de culpabilidade, e que Deus mede a responsabilidade pelas circunstâncias? Aliás, que sabe se esse menino, supondo seu crime sem escusas, não sofreu duro castigo no Mundo dos Espíritos, e se seu arrependimento e seu desejo de reparar não reduziram a expiação terrena a uma simples enfermidade? Admitindo, a título de hipótese, pois o ignoramos, que sua mãe atual tenha sido sua vítima, se não mantivesse com ela a resolução de reparar sua falta pela ternura, é certo que um castigo mais terrível o esperaria, quer no Mundo dos Espíritos quer numa nova existência. A Justiça de Deus jamais falha e, por ser às vezes tardia, nada perde por esperar. Mas Deus, em sua Infinita Bondade, jamais condena de maneira irremissível, e sempre deixa aberta a porta do arrependimento. Se o culpado demora a aproveitá-lo, sofrerá por mais tempo. Assim, dele depende abreviar seus sofrimentos. A duração do castigo é proporcional à duração do endurecimento. É assim que a Justiça de Deus se concilia com sua bondade e seu amor às criaturas”.


PROVA CIENTÍFICA (30mai2010)


Existe alguma comprovação científica, apresentada por algum pesquisador idôneo, que prove a existência do Espírito? Quem teria feito essa prova? Allan Kardec?

A questão não é tão simples assim, caro ouvinte. O saudoso professor Henrique Rodrigues, espírita e parapsicólogo, costumava dizer que “se prova convencesse, médico não fumava”. Quem pode saber mais que o médico dos efeitos nocivos do fumo? No entanto, muitos médicos ainda fumam.. A prova só convence quem quer se convencer; o resto depende do tempo, do amadurecimento da idéia e o desenrolar dos fatos. Não são poucos os pesquisadores que se detiveram em estudos com médiuns e fenômenos mediúnicos, demonstrando a existência do Espírito. Poderíamos citar dezenas deles – e isso desde meados do século XIX.


Mas esses homens jamais foram ouvidos pela maioria materialista que, além de discordarem das conclusões a que esses chegaram, também se negaram a realizar qualquer estudo sério a respeito. Contudo, nós sabemos que a verdade não é algo tão simples de se alcançar. Ela tem um preço – às vezes, muito alto, pois a verdade costuma ir contra os interesses dos poderosos e, nesse caso, eles são capazes de entravar qualquer marcha para desvendá-la. Muitas das verdades científicas, que hoje proclamamos, já tinham sido anunciadas há séculos, mas seus anunciadores, além de não serem ouvidos na época, foram criticados, quando não, perseguidos, difamados, caindo em descrédito.


Veja um parco exemplo, o de Robert Hooke. Quem foi Robert Hooke? Foi o primeiro cientista que, em pleno século 17 ( portanto, há mais de 400 anos atrás), anunciou a descoberta da célula, como unidade fundamental na formação dos tecidos vivos, tanto animal como vegetal. Acreditaram no Hooke? Certamente, não. Ele não só foi desacreditado, como passou a ser ridicularizado por isso. Entretanto, meu caro, só muito depois de sua morte é que uma nova pesquisa confirmou o que Hooke estava com a razão e seus detratores, errados.


O mesmo aconteceu no século XIX com Grégor Mendel, um monge agostiniano, o pai da Genética, que morreu desacreditado e decepcionado – e mais do que isso, tomado por uma insidiosa depressão - duramente criticado por religiosos e cientistas, depois de ver todo o seu trabalho de anos e anos de dedicação, relegado e jogado ao lixo. Só anos depois de sua morte é que dois biólogos, percebendo o que Mendel descobrira, redescobriram as leis da hereditariedade e, então, com muita honestidade, resolveram reconhecê-lo como o verdadeiro autor da idéia. A história está cheio disso. Galileu quase foi executado porque defendia que a Terra não era o centro do universo, que havia montanhas na Lua e manchas no Sol. A Igreja só recentemente reconheceu o erro que cometeu contra Galileu - 400 anos depois.


No mundo atual existe um número considerável pesquisadores em todo o mundo, buscando evidenciar a realidade do Espírito. Basta entrar na “internet” e você vai ver. No entanto, quase sempre, eles são deliberadamente ignorados pelos meios acadêmicos, porque não professam a mesma crença materialista predominante. Todavia, esses estudiosos não são alvo de interesse dos grupos econômicos, que investem milhões de dólares apenas em pesquisas que dão retorno financeiro. Então, esses abnegados idealistas pesquisam por conta própria e, é claro, sem as condições ideais de trabalho. A verdade é assim, sempre difícil. Ela não se expõe facilmente e depende, sobretudo, do amadurecimento da humanidade.



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