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terça-feira, 13 de setembro de 2022

FASCINANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Segundo a Teoria das Supercordas, mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. A surpreendente afirmação do Físico Marcelo Gleyser no livro CRIAÇÃO IMPERFEITA (2010, record) abre caminho para inúmeras reflexões e cogitações sobre a realidade em meio à qual vivemos. Nesse sentido, o Espiritismo com mais de 130 anos já oferecia avançada resposta através da questão 85 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS quando Allan Kardec reproduz a revelação dos autores espirituais da obra dizendo ser o “Mundo Espiritual mais importante que o Material, pois, de lá tudo procede e retorna”. Chico Xavier tinha tres anos quando na Inglaterra o reverendo George Vale Owen recebeu mediúnicamente uma série de mensagens de sua mãe, enfeixadas em 1920 no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb) onde ela detalhava aspectos do Espiritual em que vivia após sua morte. Mais de uma década depois, o médium brasileiro tinha publicada a segunda obra da sua extensa produção mediúnica, onde aquela que foi sua mãe na encarnação encerrada em 2002, contava sua versão do que era a realidade da outra Dimensão encontrada depois de sua desencarnação em 1905. Cerca de nove anos depois, Chico Xavier ampliaria o conjunto dessas informações oferecendo-nos o primeiro da série escrita pelo Espírito do médico oculto no pseudônimo André Luiz, denominada NOSSO LAR minudenciando as interações entre os diferentes Planos Existenciais. Em meio à recepção dos títulos da dita sequencia, o Espírito do professor, jornalista e cronista mineiro Abel Gomes, daria sua colaboração na ampliação das informações sobre a Vida no Plano Espiritual, em extensa e interessante mensagem incluída no quase desconhecido FALANDO A TERRA (1952, feb). Para se ter uma ideia da riqueza de detalhes da informação, reproduzimos um trecho das mesmas: - As inteligências aqui se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou freqüência vibratória, em que se encontram. Tenho visitado vastas colônias representativas de civilizações há muito tempo extintas para a observação terrestre. Costumes, artes e fenômenos linguísticos podem ser estudados, com admiráveis minudências, nas raízes que os produziram no tempo. A alma liberta adianta-se sem apego à retaguarda, esquecendo antigas fórmulas, como o pinto que estraçalha e olvida o ovo em que nasceu, abandonando o envoltório inútil e construtor em busca do oxigênio livre e do largo horizonte, na consolidação das suas asas; em contraposição, existem milhões de Espíritos, apaixonados pela forma, que se obstinam naquelas colônias, por muito tempo, até que abalos afetivos ou consciências os constranjam à frente ou ao renascimento no campo físico. Cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize. Não há surpresa para a ciência comum, neste n, porquanto, mesmo na Terra, muitas vezes, numa só área reduzida vivem o cristal e a árvore, a ameba e o pulgão, o peixe e o batráquio, o réptil e a formiga, o cão e a ave, o homem rude e o homem civilizado, respirando o mesmo oxigênio, alimentando-se de elementos químicos idênticos, e cada qual em mundo à parte. Além daqueles que sofrem deformidades psíquicas deploráveis, manifestadas no tecido sutil do corpo espiritual, não é difícil encontrarmos personalidades diversas, sem a capa física, vivendo mentalmente em épocas distanciadas. Habitualmente se reúnem àqueles que lhes comungam as ideias e as lembranças, formando com recordações estagnadas a moldura nevoenta dos quadros íntimos em que vivem, a plasmarem paisagem muito semelhante às que o grande vidente florentino descreveu na Divina Comédia. Há infernos purgatórios de muitas categorias. Correspondem à forma de pesadelo ou de remorso que a alma criou para si mesma. Tais organizações, que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem, são compreensíveis e justas. Onde há milhares de criaturas humanas, clamando contra si mesmas, chocadas pelas imagens e gritos da consciência, criando quadros aflitivos e dolorosos, o pavor e o sofrimento fazem domicílio. Aqui, as leis magnéticas se exprimem de maneira positiva e simples.


Nosso Cristiano Ricardo Alves, formula a seguinte questão; “Perante a recomendação de Jesus de “não julgar”, pergunto em quais casos criticar uma pessoa perante a opinião pública seria um dever?”

Temos muita facilidade em fazer mal juízo dos outros e uma imensa dificuldade em reconhecer nossos próprios erros e nossas próprias limitações. Assim, Cristiano, somos demasiado rápidos para uma coisa e muitíssimo lentos pra outra, pois ainda vivemos muito em função de nossos próprios interesses e caprichos. Por outro lado, não aceitamos que os outros nos julguem, mesmo quando a crítica procede.

É por isso que, de uma maneira geral, preferimos um elogio falso a uma crítica verdadeira. Ficamos felizes, quando alguém nos elogia; geralmente os amigos, que queremos nos agradar. É isso que queremos ouvir, embora muitas vezes simulemos modéstia, afirmando não merecer. O pior é quando esse elogio não procede e mesmo assim o aceitamos. Mas com a crítica agimos diferente. Basta que alguém nos aponte um defeito, mesmo que seja verdadeiro, e logo nos armamos para nos defender, às vezes com agressividade.

Infelizmente, este é o perfil da maioria dos habitantes de nosso planeta, entre os quais nos incluímos ( é claro!...), por causa do nosso orgulho ou por conta do falso conceito que ainda alimentamos sobre nós, ao nos julgarmos superiores ou privilegiados diante dos outros. Sabendo disso e vendo nesse defeito moral o mais frequente e um dos mais danosos para as relações humanas, Jesus fez questão de insistir nesse ponto, combatendo a hipocrisia e o julgamento gratuito.

Quando alguém erra, apressamo-nos em apontar seu erro e até a comentá-lo com os outros, muitas vezes sem tomar consciência de que estamos denegrindo a imagem dessa pessoa. Mas, quando somos nós que cometemos um deslize, cuidamos para que ele não apareça e, se não conseguirmos escondê-lo, logo procuramos uma desculpa ou um pretexto para justificá-lo. Assim, usamos de rigor para os outros e condescendência para nós mesmos, numa manifestação prática de orgulho e egoísmo.

A – As lições de Jesus sobre o julgamento moral, portanto, são muito presentes nos evangelhos, e talvez as que mais se evidenciam. Todavia, a que mais chama a atenção é a lição que deixou no caso da mulher adúltera, que estava prestes a ser apedrejada, de modo que aquele episódio é o principal ponto de referência quando se trata de julgamento e que não serve somente aos cristãos, mas a toda a humanidade. Julgar é fácil, julgar é cômodo e, as vezes, conveniente para alguns.

Mas o coroamento dos ensinos de Jesus nesse sentido foi quando ele próprio foi julgado, sendo condenado, martirizado e conduzido ao supremo sacrifício, como se fosse o pior de todos os homens do mundo. Logo ele, logo Jesus, que só ensinou e só fez o bem, que defendeu os fracos e os humildes, que ficou do lado dos injustiçados e dos abandonados, e que sequer lembrou de seus próprios direitos, mesmo quando falou com autoridade em nome do amor e da justiça.

Mil vezes lendo e mil vezes meditando sobre os evangelhos, ainda teremos que aprender muito com a sua mensagem e com o seu exemplo de vida. Contudo, Jesus acreditou no homem, investiu a própria vida no futuro da humanidade, esperando que um dia cada um de nós despertasse para o caminho da felicidade, praticando o bem e evitando o mal: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”, ou seja, porque poderão experimentar a felicidade suprema.

Sobre julgar o semelhante, Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, capítulo 10, ítem 21, pergunta ao Espírito São Luiz: “Há casos em que seja útil revelar o mal de alguém?” E a resposta vem em seguida: “Esta questão é muito delicada, e é aqui que é preciso apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, não há jamais utilidade em divulga-las. Mas, se elas podem causar prejuízos a outros, é preciso preferir o interesse da maioria ao interesse de um só.”

E completa o Espírito São Luiz: “Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, porque vale mais que um homem caia, do que vários homens se tornarem enganados ou suas vítimas. Em semelhante caso é preciso pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes”.

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