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terça-feira, 7 de setembro de 2021

CONECTANDO COM FORÇAS SUPERIORES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

O iluminado Paulo de Tarso escreveu aos Corintios na primeira das cartas a ele dirigidas: - “Se eu, pois, ignorar a significação das palavras, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim. – Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. – E se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? visto que não entende o que dizes. – Porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado”. O trecho foi resgatado por Allan Kardec em artigo reproduzido no número de agosto de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, que ele procura esclarecer duvidas sobre o conteúdo do último capítulo do livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que se constitui numa coletânea de preces sugeridas aos leitores da obra. Explica que “elas fazem parte das comunicações dadas pelos Espíritos; nós as reunimos no capítulo consagrado ao exame da prece, como agregamos a cada um dos outros capítulos as comunicações que lhes diziam respeito”. Sobre a enunciação de preces em idiomas diferentes do profitente, pondera que “todas as religiões antigas e pagãs tiveram sua língua sagrada, língua misteriosa, inteligível apenas aos iniciados, mas cujo sentido verdadeiro era oculto ao vulgo, que a respeitava tanto mais quanto menos a compreendia. Isto podia ser aceito na época da infância intelectual das massas; mas hoje, que estão espiritualmente emancipadas, as línguas místicas não têm mais razão de ser e constituem um anacronismo; querem ver tão claro nas coisas da religião quanto nas da vida civil; não se pede mais para crer e orar, mas se quer saber por que se crê e o que se pede orando”. Embora as gerações atuais ignorem, o fato é que até pouco depois da metade do século 20, as orações publicas nos templos da escola religiosa dominante no Ocidente, “o latim, de uso habitual nos primeiros tempos do Cristianismo, tornou-se para a Igreja a língua sagrada, e é por um resquício do antigo prestígio ligado a essas línguas, que a maioria dos que não o sabem recitam a oração dominical nessa língua, em vez de na sua própria. Dir-se-ia que ligam a isto tanto mais virtude quanto menos a compreendem. Por certo, não foi essa a intenção de Jesus quando a ditou, e tal não foi, igualmente, a de São Paulo, quando disse: “Se eu orar em outra língua, o meu Espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”. Ressaltamos, prossegue Allan Kardec “a necessidade das preces inteligíveis. Aquele que ora sem compreender o que diz, habitua-se a ligar mais valor às palavras do que aos pensamentos; para ele as palavras é que são eficazes, mesmo que o coração em nada tome parte. Assim, muitos se julgam desobrigados depois de recitarem algumas palavras que os dispensam de se reformarem. É fazer da Divindade uma ideia estranha acreditar que ela se deixe pagar por palavras em vez de atos, que atestam uma melhora moral” Orienta, por fim, que “a principal qualidade da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que não passam de falsos adereços; cada palavra deve ter o seu alcance, despertar um pensamento, agitar uma fibra; numa palavra, deve fazer refletir; só com esta condição a prece pode atingir o seu objetivo, do contrário não passa de ruído”.

Por que será que, depois de milhares de anos de guerra no mundo, o homem ainda não tomou consciência de que a violência só traz prejuízo para a humanidade e que precisamos resolver as coisas dialogando de maneira pacífica? Um exemplo disso é o que está acontecendo no mundo árabe, sobretudo na Líbia e no Egito. (Nestor José da Silva)

Acreditamos que uma grande parte da população mundial, Nestor, já tomou consciência de que a violência não é um meio eficaz para se alcançar a paz. Entretanto, a história da violência, como você sabe, é tão antiga quanto a humanidade e é o caminho que viemos trilhando. Foram necessários dezenas de séculos ( milhares de anos e de reencarnações) para que uma nova consciência começasse vir à tona. Jesus já proclamou a paz há 2 mil e até hoje não aprendemos. Infelizmente, sem sofrimento, não há conscientização.

A agressividade humana é resquício de nossa fase animal, ainda primitiva, quando não raciocinávamos, e a sobrevivência dependia da força bruta. Nessa época éramos apenas emoção. A partir da razão – ou seja, do momento em que passamos a raciocinar – começamos a divisar outro caminho, que é o caminho da aproximação, do diálogo e da paz. Contudo, esse caminho ainda é um projeto na história humana, mas, seguramente, estamos buscando a sua concretização, e a alcançaremos.

A História da Humanidade é uma história de guerras, de disputas, de destruição, de lutas fratricidas. Em nenhum momento houve paz no mundo. Pelo contrário, no passado da humanidade – e quanto mais passado, pior – o que sempre houve foi uma disputa violenta pelo poder. O poder é nosso ponto fraco. Como dissemos, as coisas começaram a mudar de maneira mais significativa, depois da 2ª Grande Guerra, que causou tanto sofrimento ao mundo.

A partir de então é que as nações, de um modo geral, passaram a procurar o caminho da democracia, mas a violência contra a liberdade e a opressão ainda persistem em alguns países, notadamente os no mundo árabe que, ao nosso ver, mais cedo ou mais tarde, também terá de ceder ao impulso das transformações sociais e políticas que estão varrendo o mundo.

N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, no capítulo que trata da Lei do Progresso, Kardec formulou aos mentores espirituais perguntas nesse sentido e eles responderam que as transformações, que ocorrem com a humanidade, ao longo do tempo, apenas vêm cumprir a Lei de Evolução, que é uma lei natural. Sobre isso, em nota à questão 783, Allan Kardec deixa claro como acontece a marcha da humanidade nesse sentido, afirmando:

O homem não pode ficar perpetuamente na ignorância, porque deve atingir o fim marcado pela Providência: ele se esclarece pela força das coisas. As revoluções morais, tanto quanto as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas idéias e germinam durante os séculos. De repente, elas estouram e fazem ruir o edifício carcomido do passado, que não está mais em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações”.

E completa Kardec: “O homem não percebe, frequentemente, nessas comoções, senão a desordem e a confusão momentâneas, que o atingem nos seus interesses materiais. Aquele, que eleva seu pensamento acima da personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz surgir o bem. A tempestade e a agitação saneiam a atmosfera depois de a ter perturbado.”






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