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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ADVERTÊNCIA ATUALÍSSIMA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 As comunicações procedentes do Plano Espiritual são totalmente confiáveis? A dúvida é procedente, constituindo-se a resposta em argumento importante para aqueles que se esforçam em desacreditar a realidade da influência espiritual em nossa Dimensão. No número de maio de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz três manifestações do Espírito Pascal, recebidas por um médium de Lyon, identificado apenas como Sr. X, uma das quais posicionando-se sobre o tema. Diz o celebre matemático do século 17: –“Temos-vos dito muitas vezes que investiguem as comunicações que vos são dadas, submetendo-as à análise da razão, e que não tomeis sem exame as inspirações que vêm agitar o vosso Espírito, sob a influência de causas por vezes muito difíceis de constatar pelos encarnados, entregues a distrações sem-número. As ideias puras que, por assim dizer, flutuam no espaço (segundo a ideia platônica), levadas pelos Espíritos, nem sempre podem alojar-se sozinhas e isoladas no cérebro dos vossos médiuns. Muitas vezes encontram o lugar ocupado por ideias preconcebidas, que se espalham com o jacto da inspiração, perturbando-o e transformando-o de maneira inconsciente, é verdade, mas algumas vezes de maneira bastante profunda para que a ideia espiritual se ache, assim, inteiramente desnaturada. A inspiração encerra dois elementos: o pensamento e o calor fluídico destinado a excitar o Espírito do médium, dando-lhe o que chamais a verve da composição. Se a inspiração encontrar o lugar ocupado por uma ideia preconcebida, da qual o médium não pode ou não quer desligar-se, nosso pensamento fica sem intérprete e o calor fluídico se gasta em estimular uma ideia que não é nossa. Quantas vezes em vosso mundo egoísta e apaixonado temos trazido o calor e a ideia! Desdenhais a ideia, que vossa consciência deveria fazer-vos reconhecer e vos apoderais do calor, em benefício de vossas paixões terrenas, por vezes dilapidando o bem de Deus em proveito do mal. Assim, quantas contas terão de prestar um dia todos os advogados das causas equivocadas! Sem dúvida seria desejável que as boas inspirações pudessem sempre dominar as ideias preconcebidas. Mas, então, entravaríamos o livre-arbítrio da vontade do homem e, assim, este último escaparia à responsabilidade que lhe pertence. Mas se somos apenas os conselheiros auxiliares da Humanidade, quantas vezes nos devemos felicitar, quando nossa ideia, batendo à porta de uma consciência estreita, triunfa da ideia preconcebida e modifica a convicção do inspirado! Entretanto, não se deveria crer que nosso auxílio mal-empregado não traísse um pouco o mau uso que dele podem fazer. A convicção sincera encontra acentos que, partidos do coração, chegam ao coração; a convicção simulada pode satisfazer as convicções apaixonadas, vibrando em uníssono com a primeira, mas traz um frio particular que deixa a consciência malsatisfeita e revela uma origem duvidosa. Quereis saber de onde vêm os dois elementos da inspiração mediúnica? A resposta é fácil: a ideia vem do mundo extraterrestre – é a inspiração própria do Espírito. Quanto ao calor fluídico da inspiração, nós o encontramos e o tomamos em vós mesmos; é a parte quintessenciada do fluido vital em emanação; algumas vezes nós a tomamos do próprio inspirado, quando este é dotado de certo poder fluídico, ou mediúnico, como dizeis; na maioria das vezes nós o tomamos em seu ambiente, na emanação de benevolência, de que está mais ou menos cercado. É por isto que se pode dizer com razão que a simpatia torna eloquente. Se refletirdes atentamente nestas causas, encontrareis a explicação de muitos fatos que a princípio causam admiração, mas dos quais cada qual possui uma certa intuição. Só a ideia não bastaria ao homem, se não se lhe desse o poder de exprimi-la. O calor é para a ideia o que o perispírito é para o Espírito, o que o vosso corpo é para a alma. Sem o corpo a alma seria impotente para agitar a matéria; sem o calor, a ideia seria impotente para comover os corações. A conclusão desta comunicação é que jamais deveis abdicar de vossa razão, ao examinardes as inspirações que vos são submetidas. Quanto mais o médium tem ideias adquiridas, mas é ele susceptível de ideias preconcebidas, mais deve fazer tábula rasa de seus próprios pensamentos, abandonar as influências que o agitam e dar à sua consciência a abnegação necessária a uma boa comunicação”.

Se Deus é bom e criou o homem, como se explica que a gente sempre tenha tendência para o mal. Não falo apenas dos adultos; as próprias crianças, se não forem impedidas, fazem o mal. É fácil fazer o mal; o bem é difícil. Basta que a gente descuide e já está trilhando o caminho errado. Para ser bom, ser correto, a gente precisa se esforçar muito e, assim mesmo, é difícil... Para trilhar o mal caminho, basta relaxar. (COMENTÁRIO DE UM PARTICIPANTE DE UMA REUNIÃO)

O Espiritismo explica esta questão, mostrando que nenhum de nós saiu perfeito das mãos do Criador. Todos fomos criados simples e ignorantes, porém, perfectíveis. Perfectível é aquele que é capaz de atingir a própria perfeição. Aliás, foi Jesus quem disse: “Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é Perfeito”. A perfeição, porém, não se obtém por um passe de mágica, mas através de uma jornada longa e trabalhosa. É esse o caminho que estamos trilhando.

Se Deus nos fizesse perfeitos, seríamos todos iguais – um igualzinho ao outro. E isso seria terrível, porque não teríamos nem motivo para nos reunir, para conversar e trocar idéias: seríamos, mais ou menos, como robôs, que saem todos iguaizinhos da fábrica e sempre fazem tudo da mesma maneira, conforme uma programação. Ao passo que, pela lei da evolução, cada um se faz a si mesmo e, nesse percurso, da imperfeição para a perfeição, vamos aprendendo com as experiências da vida.

O mal não vem de Deus, vem de nós mesmos. O que chamamos “mal” é uma faceta de nossa imperfeição – ou da dificuldade que temos de nos aperfeiçoar, por que somos seres autoconscientes e gozamos do livre-arbítrio. Assim, não somos maus, somos imperfeitos. E, por sermos imperfeitos, estamos sujeitos a erros e enganos, até que aprendamos a nos dominar a nós mesmos, através de um processo de auto-educação, que dura milênios.

Por isso mesmo, todos estamos destinados ao bem, que é Deus. O mal, como dissemos, é a imperfeição, que aos poucos vai sendo vencido; por cada um de nós (individualmente) e por todos nós (coletivamente), ao longo das inúmeras encarnações. O que chamamos de sofrimento – que é o desconforto que ninguém quer sentir – nada mais é do que resultado desse longo processo de aperfeiçoamento pelo qual estamos passando, na eterna busca de Deus.



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