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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

CONECTANDO COM FORÇAS SUPERIORES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O iluminado Paulo de Tarso escreveu aos Corintios na primeira das cartas a ele dirigidas: - “Se eu, pois, ignorar a significação das palavras, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim. – Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. – E se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? visto que não entende o que dizes. – Porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado”. O trecho foi resgatado por Allan Kardec em artigo reproduzido no número de agosto de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, que  ele procura esclarecer duvidas sobre o conteúdo do último capítulo do livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que se constitui numa coletânea de preces sugeridas aos leitores da obra. Explica que “elas fazem parte das comunicações dadas pelos Espíritos; nós as reunimos no capítulo consagrado ao exame da prece, como agregamos a cada um dos outros capítulos as comunicações que lhes diziam respeito”. Sobre a enunciação de preces em idiomas diferentes do profitente, pondera que “todas as religiões antigas e pagãs tiveram sua língua sagrada, língua misteriosa, inteligível apenas aos iniciados, mas cujo sentido verdadeiro era oculto ao vulgo, que a respeitava tanto mais quanto menos a compreendia. Isto podia ser aceito na época da infância intelectual das massas; mas hoje, que estão espiritualmente emancipadas, as línguas místicas não têm mais razão de ser e constituem um anacronismo; querem ver tão claro nas coisas da religião quanto nas da vida civil; não se pede mais para crer e orar, mas se quer saber por que se crê e o que se pede orando”. Embora as gerações atuais ignorem, o fato é que até pouco depois da metade do século 20, as orações publicas nos templos da escola religiosa dominante no Ocidente, “o latim, de uso habitual nos primeiros tempos do Cristianismo, tornou-se para a Igreja a língua sagrada, e é por um resquício do antigo prestígio ligado a essas línguas, que a maioria dos que não o sabem recitam a oração dominical nessa língua, em vez de na sua própria. Dir-se-ia que ligam a isto tanto mais virtude quanto menos a compreendem. Por certo, não foi essa a intenção de Jesus quando a ditou, e tal não foi, igualmente, a de São Paulo, quando disse: “Se eu orar em outra língua, o meu Espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”. Ressaltamos, prossegue Allan Kardec “a necessidade das preces inteligíveis. Aquele que ora sem compreender o que diz, habitua-se a ligar mais valor às palavras do que aos pensamentos; para ele as palavras é que são eficazes, mesmo que o coração em nada tome parte. Assim, muitos se julgam desobrigados depois de recitarem algumas palavras que os dispensam de se reformarem. É fazer da Divindade uma ideia estranha acreditar que ela se deixe pagar por palavras em vez de atos, que atestam uma melhora moral” Orienta, por fim, que “a principal qualidade da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que não passam de falsos adereços; cada palavra deve ter o seu alcance, despertar um pensamento, agitar uma fibra; numa palavra, deve fazer refletir; só com esta condição a prece pode atingir o seu objetivo, do contrário não passa de ruído”.


 Esta pergunta foi formulada por uma ouvinte, que nos telefonou, e não quis se identificar: “ Por que será que acontece, hoje, tantos casos de pedofilia e de estupro contra crianças?  Isso não é por causa da liberação do sexo? Será que estamos regredindo e não existe um meio de combater a propaganda indecente da televisão? (Anônima)

 Esta é uma de nossas  maiores preocupações, prezada ouvinte - principalmente de pais, educadores e religiosos. De fato, precisamos encontrar um meio eficaz de agir em defesa de nossas crianças, começando por exigir qualidade moral nos programas de televisão. Mas, de antemão, podemos lhe dizer que isso é muito difícil, porque, como povo, ainda não agimos com muita timidez, diante daquilo que nos é mostrado todos os dias, quer pela televisão, quer pela internet.

 Entretanto, não pense que a pedofilia é um crime novo, como muitas vezes o noticiário pode dar a entender. Pelo contrário, ela sempre existiu no mundo. Violência sexual contra a criança faz parte de uma longa história, que não nos foi contada antes, porque no passado, não havendo tanta facilidade de comunicação, não ficávamos sabendo da maioria dos fatos que acontecia nos bastidores das famílias e mesmo das instituições. Hoje, estamos mais atentos, porque a mídia não só expõe esses casos todos os dias, como dá uma conotação de sensacionalismo aos mesmos.

 Isso a mídia tem de bom e esse é um dos seus principais papéis. Ela denuncia os abusos e os crimes, exige maior atuação das autoridades, dos pais e dos responsáveis; e os criminosos, cada vez mais, se vêem acuados pela enorme quantidade de informações que correm pela sociedade. No passado, a maioria deles ficava impune; aliás, nem eram descobertos. Como a mulher sempre foi dominada pela opressão e pelo medo, na maioria das vezes, ela se calava ante a ameaça brutal de homens cruéis e covardes, que tripudiavam sobre suas vítimas indefesas e jamais eram descobertos pela lei.

 Desse modo, eles só se confrontavam com a triste verdade, quando desencarnavam , porque a Lei de Deus é infalível – cedo ou tarde, todos caem na malhas da lei. Mas a lei humana tem limitações, que hoje está sendo superadas pela facilidade de comunicação. Contudo, o maior desafio, ainda, não é castigar os criminosos, mas educar o homem para novos valores, principalmente para evitar que esses crimes aconteçam. Não podemos esquecer que os criminosos também foram criança e que são filhos  de Deus.

 Seguramente, cara ouvinte, não estamos regredindo. Estamos apenas conhecendo uma etapa turbulenta da humanidade, porque estamos no meio de um processo de profundas mudanças em todos os setores da sociedade. E nessas fases de mudanças, a agitação é geral, pois o que caracteriza as mudanças é a revelação da verdade, que costuma ser muito sofrida para todos. Quando a verdade vem à tona, muitas vezes, nós nos escandalizamos com ela, mas é aí que começa a necessidade de providenciar a mudança.


 

 

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