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terça-feira, 11 de maio de 2021

MAIS UMA PROVA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Existem duas coisas no Espiritismo: a parte experimental das manifestações, e a doutrina filosófica, a primeira se utilizando do médium que fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos e, a segunda, consequente das revelações sobre o primeiro”, podemos concluir de escritos de Allan Kardec em textos por ele elaborados. No tempo em que lhe foi possível, o iniciador das pesquisas sobre essa realidade extraordinária que precede e sucede a nossa, procurou avançar em todas as frentes. Uma das com que pretendia confirmar a existência do Espírito a comandar o corpo físico, foi a comunicação entre os chamados vivos, através da mediunidade cujas descrições e relatos muito interessantes podem ser obtidos na publicação periódica mantida entre os anos 1858/1869 demonstrando, por exemplo, a lucidez do portador de deficiências mentais, bloqueado em sua possibilidade de expressão por restrições meramente fisiológicas. Algumas analisadas a partir de correspondência por ele recebida de outros pesquisadores também empenhados no aprofundamento dos temas espirituais. Na REVISTA ESPÍRITA, edição de janeiro de 1865, encontramos um caso. Trata-se da contribuição de um membro da Sociedade Espírita de Paris, o Sr. Rul reportando experiência levada a efeito em 1862 com um jovem surdo-mudo de doze a treze anos. Segundo ele, desejoso de fazer uma observação, perguntou aos guias protetores se seria possível evocá-lo e, tendo resposta afirmativa, fez o rapaz vir ao seu quarto e instalou-o numa poltrona, com um prato de uvas, que ele se pôs a devorar. Por sua vez, postou-se diante de uma mesa, orou, e, como de hábito fez a evocação. Ao cabo de alguns instantes sua mão estremeceu, escrevendo: -“Eis-me aqui”. Olhou o menino. Estava imóvel, os olhos fechados, calmo, adormecido, com o prato sobre os joelhos. Tinha cessado de comer. Perguntando-lhe onde estava, ouviu que “em vosso quarto, em vossa poltrona”. Indagado sobre a razão de ser surdo mudo de nascença, respondeu ser uma expiação de crimes passados, na condição de parricida. Questionado sobre se sua mãe, a quem amava tão ternamente, não teria sido ou mesmo seu pai, na existência de que falava, o objeto do crime cometido, silenciou, a mão ficou imóvel, vendo, ao olhar para o menino que acabava de despertar, voltando a comer as uvas com apetite. Pedindo aos Guias Espirituais que explicassem o que acabava de acontecer, explicaram: -“Ele deu os ensinamentos que desejavas e Deus não permitiu que te desse outros”. Comentando o material recebido, Allan Kardec pondera: -“Faremos outra observação a respeito. A prova da de identidade resulta do sono provocado pela evocação, e da cessação da escrita no momento de despertar. Quanto ao silêncio guardado na última pergunta, prova a utilidade do véu lançado sobre o passado. Suponhamos que a mãe atual desse menino tenha sido sua vítima em outra existência, e que este tenha querido reparar seus erros pela afeição que lhe testemunha: a mãe não seria dolorosamente afetada se soubesse que seu filho foi seu assassino? Sua afeição por ele não ficaria alterada? Foi-lhe permitido revelar a causa da enfermidade, como assunto de instrução, a fim de nos dar uma prova a mais que as aflições daqui tem uma causa anterior, quando não esteja na vida presente, e que assim tudo é segundo a justiça. Mas o resto era inútil e teria podido chegar aos ouvidos da mãe. Por isto os Espíritos o despertaram, talvez no momento em que ia responder. (...). Deve concluir-se que todos os surdos-mudos tenham sido parricidas? Seria uma consequência absurda, porque a Justiça de Deus não está circunscrita em limites absolutos, como a Justiça humana. Outros exemplos provam que esta enfermidade por vezes resulta do mau uso que o indivíduo tenha feito da faculdade da palavra. Mas perguntarão: a mesma expiação para duas faltas tão diferentes na sua gravidade, é de justiça? Os que assim raciocinam ignoram que a mesma falta oferece infinitos graus de culpabilidade, e que Deus mede a responsabilidade pelas circunstâncias? Aliás, que sabe se esse menino, supondo seu crime sem escusas, não sofreu duro castigo no Mundo dos Espíritos, e se seu arrependimento e seu desejo de reparar não reduziram a expiação terrena a uma simples enfermidade? Admitindo, a título de hipótese, pois o ignoramos, que sua mãe atual tenha sido sua vítima, se não mantivesse com ela a resolução de reparar sua falta pela ternura, é certo que um castigo mais terrível o esperaria, quer no Mundo dos Espíritos quer numa nova existência. A Justiça de Deus jamais falha e, por ser às vezes tardia, nada perde por esperar. Mas Deus, em sua Infinita Bondade, jamais condena de maneira irremissível, e sempre deixa aberta a porta do arrependimento. Se o culpado demora a aproveitá-lo, sofrerá por mais tempo. Assim, dele depende abreviar seus sofrimentos. A duração do castigo é proporcional à duração do endurecimento. É assim que a Justiça de Deus se concilia com sua bondade e seu amor às criaturas”.


  Como resolver o problema de uma família onde as pessoas vivem discutindo e ninguém se entende. Já me disseram que existem Espíritos dentro da casa que estão causando todos esses problemas. Será que se trouxermos um médium e fazer uma sessão (ou mais) na casa, é possível afastar esses Espíritos? (Ouvinte anônima)

 Espíritos podem entrar qualquer casa e geralmente entram.  No LIVRO DOS MÉDIUNS lemos que os Espíritos se encontram onde estão as pessoas, por causa dos interesses e das afinidades que existem entre encarnados e desencarnados. O que nos liga uns aos outros é a sintonia de pensamento. Muitas vezes, recebemos em casa, sem que percebamos, familiares, entes queridos desencarnados que vêm nos visitar. Algumas pessoas mais sensíveis, podem até perceber essas presenças com sensações de alegria e bem estar, mas um médium clarividente poderia vê-los.

  Pode acontecer, também, que Espíritos mal intencionados se aproximem, como ou aqueles que, como se costuma dizer, são mandados. No entanto, os maus só conseguem nos perturbar, se já estivermos nos perturbado com nossos maus pensamentos ou conduta. O que regula as relações entre os Espíritos, encarnados e desencarnados, é a qualidade dos pensamentos (ou dos sentimentos), pois para haver uma interação de verdade é preciso que haja sintonia mental.  André Luiz, em suas obras, nos dá inúmeros exemplos.

 Desse modo, não devemos atribuir aos Espíritos os problemas de relacionamento que temos em casa. Quase sempre o que costuma acontecer é justamente o contrário:  são os maus pensamentos e a má conduta (atitudes e sentimentos de ódio, desprezo ou ciúme) dos encarnados que atraem Espíritos perturbadores, que ali comparecem para complicar mais ainda a situação.  Há solução? Há.

  Vamos mudar nosso ambiente em casa, assumindo uma postura cristã. As dificuldades nas relações surgem da falta de paciência, da intolerância, do ciúme, da inveja, tudo assentado sobre o orgulho e o egoísmo. Quando alguém resolve agir de outra forma, procurando mudar suas atitudes e conduta dentro de casa, a tendência é a melhora das relações.

 De uma maneira geral, os lares são perturbados por isso. Vamos procurar sanear espiritualmente o nosso ambiente familiar, começando pela reunião do evangelho em casa. Não se trata de um ritual, mas de uma providência necessária que venha contribuir com o equilíbrio espiritual do reduto doméstico. Não é recomendável fazer sessão mediúnica em casa por causa da instabilidade mental do ambiente.  Mas, quanto ao Evangelho no Lar procure se informar, até mesmo pela internet. Trata-se de uma pequena reunião das pessoas interessadas em torno da leitura e comentário sobre o evangelho, acompanhada de uma prece pelos encarnados e desencarnados.


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