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terça-feira, 18 de maio de 2021

ASSIM QUE FUNCIONA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Embora apenas conhecido pelo sobrenome Thilorier, Adrien Jean Pierre, foi um criativo inventor cujos desenvolvimentos ainda hoje são de muita utilidade. Um deles em 1835, o dióxido de carbono liquefeito, mais conhecido como gelo seco. Filho de um advogado famoso em sua época, Thilorier viveu entre 1790/1844, gravou seu nome na história da ciência por várias contribuições inovadoras sem que se saiba como desenvolveu seu pensamento científico ou mesmo sua formação nesta área, tendo publicado em 1815, uma obra em quatro volumes sobre ciência. Morto aos 69 anos foi tema de uma interessante crônica na edição de 22 de setembro de 1859 do jornal francês Patrie, na qual destaca-se a informação de que um acidente em meio a experimentos com um motor destinado a substituir o vapor pensando tê-lo encontrado com o ácido carbônico, que chegara a condensar, uma explosão feriu várias pessoas, custou a vida a um ajudante e arrancou um de seus dedos. Tornou também Thilorier uma pessoa um pouco triste, operando profunda mudança em seus hábitos, com aparentes transtornos mentais que lhe perturbavam, por vezes, a lucidez, fato verificado até sua morte súbita no próprio laboratório de trabalho. Nada dos desenhos e notas de importante descoberta que fizera foram encontradas. Motivado pela matéria da publicação, Allan Kardec decidiu evocar seu Espírito numa reunião da Sociedade Espírita de Paris, como revela nas páginas da edição de agosto de 1860 da REVISTA ESPÍRITA. Entre as catorze respostas obtidas na entrevista com ele feitas algumas chamam a atenção. Perguntado sobre se teria conseguido com o ácido carbônico condensado obtido a substância para substituir o vapor, revelou que “sua ideia sobre o assunto era de tal modo fixa, que havia tido um sonho na véspera de sua morte, ou, para ser mais exato, no momento de sua ressurreição espiritual”; que “a superexcitação de sua imaginação lhe havia dado uma visão fantástica, que enunciava desperto, em termos exatos, uma loucura, absolutamente inaplicável”; que “ainda conservava certa perturbação resultante do desprendimento do corpo físico avariado que abandonara; que  o motor a vapor ainda seria muito aperfeiçoado, entretanto, a inteligência humana acharia um meio de o simplificar ainda mais”; que “o ar condensado como motor representava excelente motor, mais leve e econômico que o vapor e que quando se conseguisse dirigir seu emprego, teria mais força e velocidade”. Allan Kardec aproveita ainda para confirmar com ele a informação obtida junto a outros Espíritos de que deles os homens costumam receber muitas sugestões das quais resultam muitas descobertas, apurando que a “Espíritos evoluídos são confiadas missões que devidamente cumpridas levam-no a encontram um homem capaz de apreender aquilo que, por sua vez pode ensinar; homem que, de repente é obsidiado por um pensamento, disso falando a todo instante, sonhando dia e noite com a coisa, ouve vozes falando sobre a ideia até que tudo estando bem desenvolvido em sua cabeça anuncia no mundo uma descoberta ou aperfeiçoamento; sendo assim inspirados os homens em sua maioria”. Logo após o diálogo, Allan Kardec propõe mais algumas questões ao dirigente espiritual dos trabalhos ali realizados. Sobre “como conciliar a informação que os homens recebem sugestões de ideias se alguns homens crendo inventar e nada inventam ou só inventam quimeras”, respondeu que “estes são iludidos pro Espíritos enganadores que, achando seu cérebro aberto ao erro, passam a controla-los”; solicitado a explicar que o Espírito frequentemente escolha homens incapazes de levar a termo uma descoberta, disse que “são os cérebros desprovidos de previsão humana os mais capazes de receber a perigosa semente do desconhecido, não sendo escolhido tal homem por ser incapaz, mas este que nada sabe fazer para frutificar a semente que lhe é dada; a respeito do prejuízo causado por isso à Ciência, respondeu que “ela nada sofre, porque o que um esboça um outro termina, e, durante o intervalo, a ideia amadurece”; sobre obstáculos providenciais que poderiam opor-se à divulgação de uma descoberta prematura, afirmou que “nada jamais detém o desenvolvimento de uma ideia útil, pois, Deus não permitiria, sendo necessário que ela siga seu curso”. Por fim Allan Kardec usa o exemplo da descoberta da força motriz do vapor por Papin que exigiu numerosos ensaios, mantendo-se no estado de teoria, para perguntar porque que uma descoberta tão importante ficou adormecida por tanto tempo, se não haviam homens capazes de viabilizá-la, obtendo como resposta: -“Para comunicação das descobertas que transformam o aspecto exterior das coisas, Deus deixa a ideia amadurecer, como as espigas cujo desenvolvimento o inverno não impede, mas apenas retarda. A ideia deve germinar bastante tempo a fim de nascer quando todos a solicitam. Dá-se o mesmo com as ideias morais que primeiro germinam e só se implantam quando chegam à maturidade. Por exemplo, neste momento em que o Espiritismo tornou-se uma necessidade, será acolhido como um benefício, porque inutilmente foram tentadas outras filosofias para satisfazer as aspirações do homem”.

 Se os Espíritos desencarnam e depois reencarnam, muitos daqueles que têm túmulos nos cemitérios há muito tempo não estão mais lá, pois reencarnaram. Nesse caso, as homenagens e orações que os parentes fazem para eles no Dia de Finados perdem o sentido. Gostaria que ouvir comentários sobre este assunto.

 O tema “finados” está n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec, a partir da questão 320. Vamos tentar resumi-lo. Como estamos encarnados só percebemos o que acontece no âmbito da matéria e, nesse caso, o que sabemos do nosso ente querido que já se foi é o pouco que podemos perceber e, baseados nisso, é que tiramos nossas conclusões. No entanto, existe o outro lado da vida que desconhecemos. Quando estivermos no plano espiritual, nossa percepção do mundo será outra. Isso não invalida a homenagem que prestamos aos seres amados, mesmo ao que já estão reencarnados.

  Todos gostamos de ser bem lembrados pelas pessoas, principalmente por aqueles a quem mais amamos. No mundo espiritual é a mesma coisa: os Espíritos gostam de ser lembrados pelos que ficaram na Terra, quando essas lembranças são boas e sinceras. O pensamento é o veículo de manifestação dos Espíritos: quando pensamos neles de forma respeitosa e carinhosa – e, principalmente, quando o fazemos em nome de Deus - isso lhes causa um grande bem-estar.

  Assim, dizemos que os nossos desencarnados queridos são sensíveis aos bons pensamentos que lhes enviamos e muitos deles, sempre que podem, comparecem ao cemitério quando seus túmulos são visitados nessas circunstâncias. Eles não vão lá por causa do túmulo em si – que pode ser simples ou luxuoso -  mas por causa das pessoas que lá comparecem, pois os Espíritos são atraídos pelo pensamento, pelos sentimentos que as pessoas têm por eles.

 A prece ou oração sempre os ajudam, e ajudam mais aqueles que mais precisam. Contudo, devemos considerar que o fato de o Espírito não comparecer ao cemitério nesse dia- o que muitas vezes acontece – não torna a oração inútil. Prece é pensamento, e o pensamento é irradiação mental que, ao emitirmos, se propaga  em direção daqueles a quem queremos dirigir a oração, estejam onde estiverem, Eles podem estar presentes, podem estar distantes e podem estar, até mesmo, reencarnados.

 Evidentemente, os reencarnados, por se acharem novamente confinados num corpo físico, receberão a oração de forma própria e, com certeza, não perceberão que estão sendo beneficiados. A irradiação mental criada pela oração chama a participação de bons Espíritos que, percebendo a intenção de quem ora, vai ao encontro da pessoa a quem se quer ajudar. Se esta pessoa ainda estiver desencarnada, poderá perceber de imediato a intercessão, mas já se já estiver reencarnada, ainda que não perceba, é alvo de proteção espiritual por intermédio daquela prece.

 André Luiz, em várias de suas obras, afirma que a prece jamais é perdida, pois se trata de uma emissão de pensamento impregnada de bons sentimentos. Portanto é algo real e concreto, como se fosse um pacote de energia. No universo nada se perde, tudo se transforma, já dizia o químico Lavoisier.  E é o próprio André Luiz que relata casos em que uma prece fervorosa dirigida para alguém pode, algumas vezes, beneficiar outros Espíritos, devido ao campo mental favorável que cria ao seu redor. 



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