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domingo, 16 de maio de 2021

AMPLIANDO HORIZONTES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A visão meramente fisiológica do Ser humano muito raras vezes conduz ao equilíbrio da funcionalidade do corpo doente. A ignorada contribuição oferecida pelo Espiritismo a partir da extraordinária pesquisa conduzida por Allan Kardec de 1855 a 1869, tem substancial conteúdo para provocar uma reflexão mais precisa e objetiva naqueles que efetivamente se preocupam com a cura dos seus pacientes. No número de fevereiro de 1867 da REVISTA ESPÍRITA, pode ser encontrada na seção DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS, a mensagem assinada pelo Espírito do um médico chamado Dr Morel Lavallée. Sempre oportuno lembrar a observação feita por Allan Kardec num de seus artigos falando sobre a visão propiciada pelo Espiritismo, onde diz que “a mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las; que a natureza tem recursos que eles ignoram”. Notadamente na atualidade em que se observa a proliferação de trabalhos nessa área como que tentando socorrer aos desventurados do caminho macerados pelos sofrimentos físicos e morais. Mas, vamos ao texto psicografado em Paris, na reunião de 25 de outubro de 1866, através do médium Sr. Desliens: -“Que é o homem?... Um composto de três princípios essenciais: o Espírito, o períspirito e o corpo. A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessariamente o aniquilamento do Ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o períspirito faltar ou não puder funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria, poderá haver alguma coisa no gênero do cretino ou do idiota, mas jamais um Ser inteligente. Enfim, se o Espírito faltar, ter-se-á um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos três princípios em presença, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles a harmonia perfeita ou desacordo parcial. Se a doença ou desordem orgânica, como se queira chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais, sabiamente empregados, bastarão para restabelecer a harmonia geral. Se a perturbação vier do períspirito, se for uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se acha alterado, será preciso uma modificação em relação com a natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado normal. Se a doença proceder do Espírito, não se poderia empregar, para a combater, outra coisa senão uma medicação espiritual. Se, enfim, como é o caso mais geral, e, pode mesmo dizer-se, que se e apresenta exclusivamente, se a doença procede do corpo, do períspirito e do Espírito, será preciso que a medicação combata simultaneamente todas as causas da desordem por meios diversos, para obter a cura. Ora, que fazem geralmente os médicos? Cuidam do corpo e o curam; mas curam a doença? Não. Porque? Porque sendo o períspirito um princípio superior à matéria propriamente dita, poderá tornar-se a causa em relação a esta. E, se for entravado, os órgãos materiais, que se acham em relação com ele, serão igualmente atingidos na sua vitalidade. Cuidando do corpo, destruireis o efeito; mas, residindo a causa no períspirito, a doença voltará novamente, quando cessarem os cuidados, até que se percebam que é preciso levar alhures a atenção, eliminando fluidicamente o princípio fluídico mórbido. Se, enfim, a doença proceder da mente, do Espírito, o períspirito e o corpo, postos sob sua dependência, serão entravados em suas funções, e nem é cuidando de um nem do outro que se fará desaparecer a causa. Não é, pois, vestindo a camisa de força num louco, ou lhe dando pílulas ou duchas, que se conseguirá repô-lo no estado normal. Apenas acalmarão seus sentidos revoltados; acalmarão os seus acessos, mas não destruirão o germe senão combatendo por seus semelhantes, fazendo homeopatia espiritual e fluidicamente, como se faz materialmente, dando ao doente, pela prece, uma dose infinitesimal de paciência, de calma, de resignação, conforme o caso, como se lhe dá uma dose infinitesimal de Brucina, de Digitalis ou de Aconitum. Para destruir uma causa mórbida, há que combatê-la em seu terreno”. Uma pesquisa criteriosa na coleção da publicação fundada e mantida por Allan Kardec entre 1858 e sua morte em 31 de março de 1869, revela aspectos importantes e reveladores – nem sempre encontrados nas chamadas OBRAS BÁSICAS -,  sobre essa revolucionária visão oferecida pelo Dr Morel.


 Bezerra de Menezes, pelo que sei, é um Espírito benfeitor que desencarnou há muito tempo atrás e até agora não voltou a reencarnar. Será que isso acontece porque ele é um Espírito superior e não precisa mais reencarnar porque sua missão é no Plano Espiritual?

 Não temos dúvida que Bezerra de Menezes é um Espírito benfeitor, pelos inúmeros relatos de boas obras que se contam a seu respeito. Mas ele não é um Espírito perfeito. Aliás, existem muitos Espíritos como ele, que se dedicam ao bem e que ainda se encontram em nossa faixa evolutiva. Por enquanto, ainda pertencem à humanidade terrestre e, portanto, estão vinculados ao nosso planeta para o desenvolvimento de algum trabalho. A maioria levam muitos anos e até décadas para reencarnar, pois assumem missões especiais no mundo espiritual em relação aos encarnados.

Conforme esclarece a Doutrina Espírita – e é o que encontramos nas obras de Allan Kardec -  a frequência da reencarnação depende do nível de evolução de cada Espírito. Quanto menos elevado é o Espírito, mais depressa ele tende a reencarnar; e o contrário também é verdadeiro: quanto mais esclarecido, quanto mais elevado moralmente, mais tempo permanece no plano espiritual, não só para aprender, mas também para trabalhar.

 No entanto, como os Espíritos benfeitores ainda não são perfeitos, acham-se vinculados à humanidade e, mais cedo ou mais tarde, voltarão a reencarnar na Terra com tarefas específicas junto à sociedade humana. Nas obras de André Luiz encontramos várias referências sobre Espíritos mentores, orientadores ou instrutores de apreciável nível de esclarecimento e bondade, que voltam à vida terrena para completar algum trabalho ou até mesmo para algum reajuste de contas do passado de que ainda se sentem devedores.

Mas, esses personagens podem ser encontrados não são apenas no movimento espírita, mas muito mais fora dele. Na verdade, eles se encontram em todos os povos e religiões do mundo e mesmo fora do campo religioso. Encontramos escritores, filósofos, artistas, cientistas, religiosos e homens comuns do povo (homens e mulheres), que se notabilizam pelos seus elevados propósitos e preciosas missões e que podem ser identificados como Espíritos bem acima da média da humanidade.

 No caso específico de Bezerra de Menezes, trata-se de um líder espírita que ainda se consagra a atividades ligadas ao Espiritismo, mas estende suas ações para quem puder ajudar em algum momento difícil.  Dizem que Emmanuel, que foi o orientador espiritual de Chico Xavier, voltou a reencarnar neste início de século, evidentemente para alguma missão específica no campo do Espiritismo ou da educação.

 Desse modo, é fácil concluir que a grande maioria dos Espíritos, que prestam excelentes serviços ao ser humano, ainda pertencem à humanidade. Eles devem ser ajudados por Espíritos mais elevados que eles e, portanto, atuam como intermediários da Espiritualidade Superior, como protetores e orientadores espirituais e, portanto, ainda não superaram a condição de se verem livres de encarnação na Terra.

 


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