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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

REMORSO; CHICO XAVIER, POLÍTICA E POLÍTICOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




Uma pessoa, que não quis se identificar, faz pede o seguinte esclarecimento: “Gostaria de saber se a pessoa, que é  espírita, pode participar do carnaval”.

  Uma das principais características da Doutrina Espírita é o princípio da autonomia moral. Autonomia moral é o reconhecimento de que cada um deva fazer aquilo que sua consciência lhe permite. Nesse sentido, não há proibições no Espiritismo, não há tabus, mas apenas e tão somente recomendações para que as pessoas busquem diferenciar o conveniente do inconveniente, aprendendo a amar o próximo como a si mesmas, princípio fundamental dos ensinos de Jesus.

  A postura rígida e proibitiva, que as religiões tentaram impor aos seus seguidores ao longo dos séculos, era muito comum no tempo de Jesus, até porque naquela época quem regulava a conduta das pessoas era a religião e, muitas vezes, ela tinha que ser austera. O próprio Jesus nunca se esquivou de participar da vida social de seu povo. Nos evangelhos vemo-lo presente nas festas de casamento e em companhia dos discípulos. Por isso seus inimigos o acusavam de beberrão e glutão, conforme podemos ler nos evangelhos.

  O Espiritismo entende que  a fase da imposição religiosa severa, muito presente na História da Humanidade, já passou. Ela não tem mais alcance nos dias de hoje, simplesmente porque é inócua; todos os limites estão sendo rompidos. As pessoas, de um modo geral, espíritas ou não, é que devem desenvolver a capacidade de perceber até ponde podem ir e como se conduzir. Evidentemente, a alegria deve fazer parte de nossa vida e, por isso, é necessária. Ela será nociva somente sempre que ultrapassar os limites do equilíbrio e do bom senso.

 Cada um de nós, no decorrer da vida na Terra, vai aprendendo com os limites que a própria vida impõe. Quando criança, porque ainda não temos a capacidade de discernir o que é bom e o que é mal, nossos pais é que assumem as decisões, sempre explicando a razão porque devemos  ou não devemos fazer tal coisa. O mais importante no ensino é, portanto, o esclarecimento que leva a pessoa à conscientização e à responsabilidade pelos seus atos. O Espiritismo é, acima de tudo, uma doutrina educativa.

 Portanto, a postura do Espiritismo diante do carnaval é a mesma que mantém diante de qualquer evento festivo. O carnaval não é um mal em si, como se pode pensar;  mal é o que muitas vezes dele fazem os que propagam ideias e práticas extravagantes irresponsáveis que acabam por trazer sérios prejuízos a pessoas desavisadas, levando-as a ultrapassar os limites do bom senso, como a intimidação, a violência, o uso de drogas e as aventuras inconsequentes do sexo. Contra isso a melhor recomendação para quem gosta de brincar no carnaval é estar sempre precavido contra um envolvimento que comprometa seus princípios.
















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