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terça-feira, 22 de setembro de 2020

UMA PERGUNTA PROCEDENTE E ATUAL;EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Porque os Espíritos dos grandes gênios, que brilharam na Terra, não produzem obras-primas por via mediúnica, como fizeram em vida, desde que sua inteligência nada perdeu?”. O questionamento foi apresentado na seção Perguntas e Problemas do número de fevereiro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA. A resposta incluiu ponderações de Allan Kardec, de dois Espíritos que se manifestaram em reuniões da Sociedade Espírita de Paris e um comentário adicional do próprio Editor. Argumenta ser difícil a real identidade dos Espíritos a não ser para os contemporâneos, cujo caráter e hábitos são conhecidos, não deixando quaisquer dúvidas sobre a autoria de seus escritos por uma porção de particularidades, nos fatos e na linguagem. Considera que “antes de tudo, há que ver a utilidade das coisas. Para que serviria isto. Dirão que para convencer os incrédulos. Mas que se os vê resistindo a mais palpável evidência, uma obra prima não lhes provaria melhor a existência dos Espíritos, porque a atribuiriam, como todas as produções mediúnicas à superexcitação cerebral”. Afirma que “um Espírito familiar, um pai, uma mãe, um filho, um amigo, que vem revelar circunstâncias desconhecidas do médium, dizer essas palavras que vão ao coração, prova muito mais que uma obra prima, que poderia sair do próprio cérebro. Um pai, cujo filho que chora, vem atestar sua presença e sua afeição, não fica mais convencido do que se Homero viesse fazer uma nova Ilíada, ou RACINE uma nova FREDA? Porque, então, lhes pedir prodígios de força, que espantariam mais do que convenceriam, quando eles se revelam por milhares de fatos íntimos ao alcance do todo? Os Espíritos buscam convencer as massas, e não este ou aquele indivíduo, porque a opinião das massas faz lei, enquanto que os indivíduos são unidades perdidas na multidão. Eis porque dão pouco valor aos obstinados que os querem levar à força. Sabem muito bem que mais cedo ou mais tarde terão de curvar-se ante a força da opinião. Os Espíritos não se submetem aos caprichos de ninguém; para convencer empregam os meios que querem, conforme os indivíduos e as circunstâncias. Tanto pior para os que não se contentam com isto; sua vez chegará”. Na primeira das mensagens mediúnicas citadas, o Espírito Erasto na reunião de 6 de janeiro de 1865, através do médium Sr D’Ambel, destaca haverem médiuns que, “por suas aquisições anteriores, na existência que hoje percorrem, tornaram-se aptos por sua capacidade intelectual a se tornar instrumentos para Espíritos mais desenvolvidos, o que nada tem a ver com a questão moral”. Revela existir “mais de uma obra-prima da literatura e das artes produto de uma mediunidade inconsciente”. Frisa, no entanto, que “na maior parte das circunstâncias, os Espíritos que se comunicam, os grandes Espíritos, bem entendido, estão longe de ter sob a mão os elementos suficientes para a emissão de seu pensamento na forma, com a fórmula que eles lhe teriam dado em vida”. Na outra comunicação recebida na reunião de 20 de janeiro, através da médium Srta M.C., assinada por um Espírito Protetor, ele destaca que “os Espíritos devem agir sobre os instrumentos que estejam ao nível de sua ressonância fluídica. Que pode um bom músico com um instrumento ruím? Nada. (...) Em é necessário similitude, nos fluidos espirituais, como nos fluidos materiais. (...). Não encomendais roupa ao chapeleiro, nem perucas a um alfaiate”. Alerta, entretanto, que “os Espíritos levianos são em grande número, e aproveitam as vossas faculdades com tanto mais facilidade quanto muitos, envaidecidos pelas assinaturas notáveis, pouco se importam em se informarem se sobre a fonte verdadeira, confrontando o que obtém com o que deveriam ter obtido”. Na observação com que complementa a matéria, Allan Kardec enfatiza que embora a segunda comunicação repouse num princípio verdadeiro que resolve perfeitamente “a questão, do ponto de vista científico, não poderia ser tomado num sentido muito absoluto. À primeira vista, o princípio parece contradizer os fatos tão numerosos de médiuns que tratam dos assuntos fora dos seus conhecimentos e pareceria implicar, para os Espíritos Superiores, a possibilidade de só se comunicarem com médiuns à sua altura. Ora, isto só se deve entender quando se trata de trabalhos especiais e de uma importância muito alta. Compreende-se que se Galileu quiser tratar de uma questão científica, se um grande poeta quiser ditar uma obra poética, tenham necessidade de um instrumento que responda ao seu pensamento, mas isto não quer dizer, para outras coisas, uma simples questão de moral, por exemplo, um bom conselho a dar, não poderá fazê-lo por um médium eu nem seja cientista, nem poeta. Quando um médium trata com facilidade e superioridade assuntos que “são estranhos, é um indício de que o seu Espirito possui um desenvolvimento inato e faculdades latentes, fora da educação que recebeu”.


 (Laura Beatriz Bancchieri)  Macumba existe? Isso, de fato, atinge a pessoa para quem é direcionada?

 A palavra “macumba’, na sua origem, é o nome de uma árvore africana e também o nome de um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afro-brasileiras. A palavra “macumba”, com o tempo, pelo fato desse instrumento ser utilizado em rituais, passou a designar os chamados “despachos” de magia negra – ou seja, encomendas espirituais com o objetivo de prejudicar pessoas -  feitos por alguns seguidores dessas práticas.

 Evidentemente, tais rituais macabros foram muito usadas nas tribos mais primitivas, através das quais seus membros pretendiam contar com o apoio e a colaboração de Espíritos maléficos para atingir seus inimigos. Quando os negros africanos foram trazidos para o Brasil, durante o período do tráfico negreiro, vindos de uma cultura muito diferente da dos europeus, trouxeram tais práticas, com o que, muitas vezes, procuravam se defender da exploração e da violência com que eram tratados pelo povo que se dizia cristão.

 Quem buscar tais informações na História, vai compreender o significado dessas práticas e a razão pela qual chegaram até nós. Contudo, por causa do racismo e do forte preconceito que nasceu desse terrível período de opressão contra os descendentes afro, o que prevaleceu  na memória preconceituosa da nação brasileira foram os poucos aspectos negativos e não os muitos positivos que esse povo trouxe para o Brasil.

 É claro que existem pessoas, cheias de ódio, que querem atingir aquelas com quem têm alguma divergência; mas isso não acontece com gente de toda origem e de todas as religiões. Allan Kardec referiu-se a isso, afirmando que realmente existe quem deseja fazer o mal a outrem utilizando-se de Espíritos. Mas isso não quer dizer que essa pessoa, que está sendo alvo de um ato de maldade, não conte com sua própria defesa – ou não esteja fora do alcance do inimigo, conforme lemos nas questões 549. 551 e 552  de O LIVRO DOIS ESPÍRITOS.

  Autores como Emmanuel e André Luiz -  os mais consagrados no meio espírita brasileiro, depois de Kardec – não tratam diretamente desses casos. Mas eles deixam claro, porém, que só nos atingem as forças espirituais que se identificam com a nossa maneira de ser, sobretudo com os nossos sentimentos. O amor repele o ódio, mas duas pessoas que se odeiam exercem uma atração negativa uma sobre a outra. Desse modo, cada um de nós conta com sua própria defesa espiritual, pelo seu modo de ser, de viver, de conviver, de encarnar a vida e, sobretudo, pela sua crença no Bem e pela sua fé em Deus.

 Quando nos colocamos num nível muito baixo de vivência espiritual – alimentando e cultivando sentimentos de destruição e maldade  – não é preciso que ninguém nos mande nada, porque nós mesmos atraímos o mal. Mas quando, ao contrário,  cultivamos valores elevados de vida, quando confiamos em nós mesmos, quando procuramos conviver bem com o próximo  e não nos impressionamos com o mal, colocamo-nos, de forma natural,  a salvo da má influência, Laura.

 Allan Kardec afirma, que na ordem moral , “os semelhantes se atraem” enquanto os diferentes se repelem.  Jesus defendia o princípio pelo qual cada um colhe o que semeia. Buda asseverava que só o amor pode destruir o ódio. Gandhi estimulou a paz para combater a guerra. Desse modo, se estamos com a nossa consciência tranquila e nada temos contra ninguém, não devemos nos impressionar com o mal, pois as leis da natureza estão agindo em nosso favor.

















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