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sábado, 5 de setembro de 2020

EVANGELHO NO LAR; MEDIUNIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Se a educação dos filhos é tão importante assim, como vocês explicam que maus filhos podem nascer em boa família e bons podem nascer em famílias desestruturadas? (Silvia Maria)
 As religiões, de um modo geral, nos passaram uma visão mágica e fantasiosa da vida espiritual. Elas ensinaram que, além desta vida, o domínio total é de Deus – ou seja, tudo que acontece depois é Deus que faz, é Deus que determina. Isso para diferenciar o que aconteceria do nosso lado, aqui na Terra, onde é o homem e não Deus que está à frente das decisões. Dentro desta perspectiva, o mundo espiritual seria como um domínio onde tudo se resolve de forma milagrosa.
 Não é assim que o Espiritismo concebe a vida além desta vida. Não há uma barreira intransponível entre uma realidade e outra; pelo contrário, a vida espiritual é uma continuidade da vida terrena. A única diferença é que lá não temos este corpo, mas cada continua sendo ele mesmo. Tanto lá, como aqui, há os bons e os maus, os esclarecidos e os ignorantes, os felizes e os infelizes, principalmente quando nos referimos ao mundo espiritual muito próximo nós, aquele que André Luiz chama de Crosta Terrestre, com o qual estamos em permanente contato,
 Num sentido amplo e geral, Silvia, realmente tudo é de Deus, tudo está em Deus – até mesmo esta vida que estamos vivendo e tudo que nela acontece. No entanto, Deus governa o mundo através de suas leis, conforme lemos na questão 964 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Desse modo, nem aqui na Terra, nem no mundo espiritual, as coisas caminham de uma forma perfeita sob o nosso ponto de vista, pois a solução dos problemas depende do nível evolução dos Espíritos que são os mais variados.
 A reencarnação é o instrumento pelo qual os Espíritos vão alcançando uma condição cada vez melhor, de acordo o ritmo de progresso de cada um: alguns mais rápido, outros mais lentamente. Logo, nem sempre um determinado Espírito reencarna onde quer, mas para onde ele é atraído ou junto daqueles com quem mais se identifica. Todos vivemos em função de muitas influências. Seria muito simples se o Espírito pudesse trilhar o caminho mais curto para sua recuperação. Mas tanto aqui, quanto no plano espiritual, o que funcionam são as leis da vida, e as leis da vida nem sempre atendem às conveniências de cada um. O mérito é pessoal, as conquistas também.
 O fato de um Espírito de má índole renascer num lar desestruturado acontece por causa de sua condição moral, da mesma forma que o de boa índole tende a buscar uma família com que se afina. É por isso que existe a lei da solidariedade, pois enquanto os habitantes da Terra não despertarem a consciência para o compromisso que têm com as famílias desestruturadas, continuarem a enfrentar o problema da marginalidade e da delinquência.
Quando Jesus recomendou a prática do bem, foi no sentido de que pudéssemos ajudar uns aos outros a alcançar o tão sonhado Reino de Deus que, nada mais é, do que a felicidade. A sociedade humana precisa despertar para isso. Não se trata de religião, mas de ação no bem, a que todas as religiões deveriam se voltar, pois o bem está acima de todas as crenças.  Mais do que as religiões, a própria sociedade – através de suas instituições - deverá despertar para os verdadeiros princípios que dignificam o ser humano e, entre esses está a fraternidade.
 Enquanto existirem famílias marginalizadas na Terra, haverá um desequilíbrio social que põe em risco a paz e a segurança da própria sociedade. Logo, está na hora de aqueles Espíritos, que reencarnam em famílias estruturadas e que, portanto, gozam de uma condição melhor, possam idealizar e realizar uma grande maratona em torno das graves questões sociais que comprometem a humanidade em vários pontos do mundo. Somente assim vão ajudar os que estão atrás, da mesma forma de que precisamos da ajuda daqueles que já se encontram à nossa frente.















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