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quinta-feira, 2 de abril de 2020

POR TRAS DA HISTORIA EM NOSSA DIMENSÃO, EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Obras psicografadas por Chico Xavier, como A CAMINHO DA LUZ, do Espírito Emmanuel, e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO, do Espírito Humberto de Campos, revelam que as diretrizes que coordenam a evolução da Humanidade na Terra, emanam de Esferas Superiores à que nos encontramos. Nessa informação, por sinal, nada há de novo, se considerarmos que no EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO, capítulo 1, começando a contar a história de Jesus, o Apóstolo observa no chamado versículo 3,  que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e, no versículo 10, que “estava no mundo, o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. Assim sendo, muitos personagens que ajudaram a construir a História no Planeta, na verdade apenas cumpriam um papel que transformou a vida de pessoas, regiões, países. Na edição de julho de 1862, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz uma mensagem escrita pelo Espírito Lamennais, através do médium Sr Didier, na reunião havida na Sociedade Espírita de Paris, em 24 de janeiro daquele ano, confirmando isso. Lamennais cujo nome completo era Felicité Robert de Lamennais , viveu na França 72 anos, atuando como escritor, filosofo, politico, tendo se ordenado sacerdote aos 34 anos, destacando-se por obras e opiniões desautorizadas e condenadas pelo Papa Gregório XVI, o que lhe valeu uma condenação à prisão em 1840, embora, em 1848, tenha sido eleito à Assembleia Nacional, colocando-se na extrema-esquerda. Desencarnado em 1854 – enterrado entre os pobres a seu pedido -, integrou-se aos inúmeros Espíritos que foram construindo a base da proposta do Espiritismo, como se observa pelas quase três dezenas de mensagens aproveitadas por Kardec em suas obras. A comunicação referida, buscava sua opinião sobre três célebres personagens históricos: Cesar, Clóvis e Carlos Magno. Dentre suas considerações, destacamos: -“É erro, na educação da inteligência, não ver em Cesar senão um conquistador; em Clóvis senão um bárbaro; em Carlos Magno, senão um déspota, cujo sonho insensato queria fundar um imenso Império. Ah! Meu Deus! Como geralmente se diz, os conquistadores são os próprios joguetes de Deus. Com sua audácia, seu gênio os fez chegar ao primeiro posto, viram em torno de si não só homens armados, mas ideais, progresso, civilizações que era necessário lançar às outras nações. Partiram, como Cesar, para levar Roma a Lutécia; como Clóvis, para os germes de uma solidariedade monárquica; como Carlos Magno para fazer raiar o facho do Cristianismo para os povos cegos, nas nações já corrompidas pelas heresias dos primeiros tempos da Igreja. Ora, eis o que aconteceu: Cesar, o mais egoísta desses três gênios, faz servir a tática militar, a disciplina, a lei, numa palavra, para os trazer às Gálias; na retaguarda do exército, seguia a ideia imortal e as reputações vencidas e indomáveis sofriam o jugo de Roma, é certo, mas se tornavam províncias romanas (...).Cesar é, pois, um grande propagador, um desses homens universais, que se servem do homem para civilizar o homem, um desses homens que sacrificam homens em proveito da ideia. O sonho de Clóvis foi estabelecer uma monarquia, bases, uma regra para seu povo. Como o Cristianismo não o iluminava ainda, foi propagador bárbaro. Devemos encará-lo na sua conversão: imaginação ativa, febril, belicosa, viu na vitória sobre os Visigodos um prêmio da proteção de Deus; e, daí por diante, certo de estar sempre com ele, fez-se batizar. Eis que o batismo se propaga nas Gálias e o Cristianismo se propaga cada vez mais. É o momento de dizer, com Corneille, Roma não era mais Roma. Os bárbaros invadiam o mundo Romano. Depois do abalo de todas as civilizações esboçadas pelos Romanos, eis que um homem sonha espalhar pelo mundo, não mais os mistérios e o prestigio do Capitólio (...), eis um home que está ou se julga com Deus. Um culto odioso, rival do Cristianismo, ainda ocupa os bárbaros: Carlos Magno cai sobre essa gente e o lendário líder saxão Wittikind, depois de lutas e vitórias alternadas, se submete, por fim, humildemente, e recebe o batismo. Eis aí, por certo, um quadro imenso, onde se desenrolam tantos fatos, tantos golpes da Providência, tantas quedas e tantas vitórias. Mas qual a conclusão?(...) É necessário, pois, encarar esses três homens como grandes propagadores que, por ambição ou por crença, avançaram a luz no Ocidente, quando o Oriente sucumbia na enervante preguiça de sua inatividade. Ora, a Terra não um mundo em que o progresso se faça rapidamente e por via da persuasão e da mansuetude. Não vos admireis pois, que, muitas vezes, seja preciso tomar da espada em vez da cruz”.

 Telma Scarpinello, pergunta:” Gostaria de saber como as pessoas que desencarnam, vítimas do coronavirus, estão sendo recebidas no Mundo Espiritual, como vi no filme “Nosso Lar” com aquelas que desencarnaram durante a  Segunda Guerra Mundial.”

 A Segunda Guerra Mundial, que ocorreu do ano de 1939 ao ano de 1945, foi o maior ato de violência da História. Segundo algumas fontes, além de provocar muita destruição, levou à morte cerca de 60 milhões de pessoas, entre civis e militares em todo o mundo, causando muito sofrimento à humanidade. Na obra Nosso Lar, André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, faz referência à grande mobilização de caravanas de Espíritos socorristas de Nosso Lar que vieram à Terra para ajudar no socorro dos Espíritos que desencarnavam durante confrontos militares em terra, no mar ou no ar, como também os civis que morreram durante invasões e bombardeios aéreos.
 Não existem na obra de André Luiz maiores detalhes sobre o fato em si, mas as referências de André Luiz são suficientes para mostrar que a grande guerra deve ter mobilizado milhares de Espíritos dedicados a missões de socorro. Evidentemente, a situação era bem diferente da que hoje acontece com a propagação de uma doença. Tratava-se  de uma guerra acirrada, violenta,  envolvida pela ganância, pelo ódio e por atos de violência em que o objetivo era o confronto de nação contra nação, com a finalidade de dominar e destruir. Acreditamos que, naquelas circunstâncias, a atmosfera mental do Planeta era excessivamente densa e hostil, dificultando a ação daqueles que agiam com espírito de solidariedade, entre eles os socorristas de Nosso Lar.
  No entanto, o que há de comum entre essas duas situações. Telma  - uma movida pelo sentimento de ódio e impulso de  dominação e esta, agora, pela busca de uma solução em favor da Humanidade – é que ambas se estendem praticamente a todas as populações do planeta. Porém, as finalidades são diferentes e parece-nos que a situação deste momento, de combate ao coronavirus,  favorece em muito o auxílio da espiritualidade que, tanto quanto nós, está interessada no bem da humanidade. Não resta dúvida que nós, seja qual for a origem desse vírus, não estamos sozinhos nessa luta e que isso favorece todas as ações de acolhimento daqueles que desencarnam vítimas da pandemia.
 O que deve acontecer, segundo o nosso ponto de vista, é que os Espíritos que estão à frente do destino da humanidade – certamente liderados por Jesus – sabem muito mais do que nós o papel que essa pandemia está tendo neste momento, como experiência muito sofrida, porém necessária para o progresso moral e intelectual da humanidade, propiciando-nos a grande oportunidade de atuar pelo bem do próximo em ações solidárias.  Nesse sentido, os Espíritos elevados contemplam a nossa situação com serenidade, porque conseguem divisar o que deverá acontecer mais à frente quando superarmos esta etapa, na esperança de que teremos dado importante passo em nosso desenvolvimento moral, visando a transformação moral do planeta.
Devemos considerar, entretanto, que nem todas as pessoas que estão desencarnando agora, são vítimas da COVID 19, pois independente dessa doença, morrem cerca de 100 pessoas por minuto em todo o mundo, segundo dados da ONU referentes ao ano passado. Todos os que estão desencarnando por conta do coronavírus, desde que não tenham facilitado a própria contaminação por negligência ou insensatez, pranteados pelos seus entes queridos, podem ser Espíritos que se sujeitaram a essa condição contribuindo para que esse flagelo traga uma grande lição para a humanidade. Espíritos nessas condições são recebidos com muita satisfação pelos instrutores da Vida Maior, por terem feito parte de uma grande missão nesta época de transição.



















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