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sexta-feira, 3 de abril de 2020

INTERAÇÃO ENTRE DIMENSÕES; PERISPÍRITO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 No Evangelho há um sermão em que Jesus fala de sua segunda vinda e do fim do mundo, quando a Lua perderá seu brilho, o Sol escurecerá, as estrelas cairão do céu e as potências do Céu serão abaladas. Muita gente acredita que esta foi uma forma de dizer que, quando estiver próxima a sua volta, muitas calamidades vão acontecer no mundo. A epidemia do coronavirus, que fez o mundo praticamente parar, não seria um sinal?
 Para o Espiritismo, conforme lemos nas obras de Allan Kardec, especialmente na Gênese (seu último livro), quando Jesus anuncia seu segundo advento, ele não diz que virá à Terra com um corpo carnal e nem afirma que será ele o Consolador.  Ele se apresenta como devendo vir em Espírito ( ou seja, na glória do Pai), quando a verdadeira justiça será estabelecida. Kardec afirma que esse cenário do chamado fim dos tempos é um quadro alegórico. As imagens, que Jesus criou com sua fala, serviram para impressionar a mente humana, ainda pouco desenvolvida, que precisava de imagens fortes para perceber a importância de sua mensagem.
 “Será o fim do mundo que Jesus anuncia e quando diz ‘ após o evangelho ser pregado por toda a Terra, então chegará o fim?” – pergunta Kardec, em A GÊNESE, e ele mesmo responde: “Não é racional supor  que Deus destrua o mundo, exatamente quando este venha a entrar no caminho do progresso moral pela prática dos ensinamentos do evangelho. Aliás, nada nas palavras do Cristo indicada uma destruição universal, que não se justificaria em tais condições”.  E Allan Kardec conclui:
 “A prática do Evangelho, devendo resultar na melhoria do estado geral dos Seres humanos, trará por si mesmo o reino do bem e resultará na queda do reino do mal. É, pois, “o fim do mundo velho”, governado pela incredulidade, pela cupidez e todas as más paixões a que Jesus se refere quando diz:  Quando o Evangelho for pregado por toda a Terra, então o fim chegará”.
 Segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o período mais dramático que a humanidade conheceu foi o século VI, sendo o ano 536, com certeza, o mais terrível na história. levando populações a acreditar que, finalmente, havia chegado o tão anunciado fim do mundo. De acordo com Michelle Star, isso aconteceu durante o 10º ano do reinado do Imperador Bizantino Justiniano, o Grande. Registros deixados por historiadores da época atestam o Sol perdeu seu brilho habitual e ficou parecido com a Lua ou como se estivesse em um eterno eclipse durante o ano todo.
 Os cientistas dizem que, devido a mudanças climáticas, a natureza se mostrou furiosa.  As evidências apontaram que ocorreu um grande acúmulo de cinzas vulcânicas e fragmentos de gelo na atmosfera — indicando a ocorrência de uma violenta erupção. Quatro anos depois devido à acentuada queda nas temperaturas globais, caiu sensivelmente a produção de alimentos, mergulhando o planeta em um período de frio e fome, E no ano seguinte uma pandemia semelhante à Peste Negra se alastrou pelo mundo, provocando a morte de milhões de pessoas. Mas, ao contrário do que muitos esperavam, o mundo não se acabou.
As grandes calamidades naturais – inclusive as epidemias e as pandemias, como a causada pelo coronavirus – que, na verdade, sempre existiram  -  continuam sendo sinais de alerta para que o ser humano, cada vez mais próximo de sua transformação moral, se sensibilize quando à necessidade de retomar seu caminho para que uma nova mentalidade se instale sobre a Terra: a preponderância do bem sobre o mal. O Espiritismo vem falando, desde a sua constituição, nesta fase mais acelerada de transição, que começou na metade do século XIX e que se manifesta de forma cada vez mais ostensiva neste início do século XXI.
















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