“O que se verificou foi a hipnose
por parte de criaturas desencarnadas que me seguiam e junto das quais não
me furto às responsabilidades do meu gesto infeliz. A minha vontade era uma
alavanca de Deus em minhas mãos(...). Ideias lamentáveis pareciam maribondos em
meu cérebro, sugerindo-me pusesse termo à existência de rapaz errante, em busca
de um emprego que não aparecia. Deixei-me invadir por aqueles pensamentos
amargos, quando me falaram de almoço. Antes que me retirasse do trabalho,
alvejei o meu próprio coração com um tiro certo”.(Wladimir Cezar
Ranieri,25) / “...me via insuflada pelas inteligências
sombrias...mão pesada que comandava os meus dedos. Sentia-me possuída
por uma vontade que não era minha vontade e um constrangimento imbatível
para a minha fraqueza com o que me hipnotizava, mostrando-me o pessimismo de
quem fracassara por dentro de si mesma”.( Claudia Pinheiro Galasse,
18) / “Seu filho lhe pede perdão pelo que fez, conquanto saiba que agiu sob a pressão
de inimigos invisíveis que golpearam a mente...eu fui um simples
autômato para aquele ou aqueles que me indicaram o suicídio como sendo o melhor
a fazer. Tinha um monte de desculpas dentro de mim”. (Dimas Luiz
Zornetta, ) / “Ainda não sei que força me tomou naquela quarta-feira. Tive a ideia de
que uma ventania me abraçava e me atirava fora pela janela. Certamente devia
mobilizar minha vontade e impedir que o absurdo daquele momento me
enlouquecesse. Obedecia maquinalmente àquela voz que me ordenava
projetar-me no vácuo. Quis recuar, mudar o sentido da situação, não
consegui(...). O que sei é que agi na condição de uma rã que uma serpente
atraísse”. (Renata Zaccaro de Queiroz,18). Esses depoimentos
fazem parte de algumas das centenas de cartas de jovens, psicografadas pelo
médium Chico Xavier, ilustrando grave problema: o suicídio decorrente de
influências espirituais. Desemprego, decepções amorosas, cabeça
vazia são alguns fatores predisponentes à depressão que, por sua vez, abre
espaço para as sugestões mentais de entidades espirituais desequilibradas ou
mal intencionadas que arrastam suas vítimas para gestos extremos. O mundo não
tomou conhecimento seja pelo preconceito e intolerância religiosa, mas desde
meados do século dezenove uma informação altamente reveladora – entre outras -,
encontra-se disponível alertando as criaturas humanas sobre os riscos a que vivem
permanentemente expostas. Inclui se entre mais de 130 perguntas formuladas
sobre o tema INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE OS NOSSOS PENSAMENTOS E
AÇÕES pelo educador francês conhecido como Allan Kardec aos Espíritos que o
auxiliaram a compor O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Numa delas, por sinal, a
459, a resposta é enfática: “-A influência dos
Espíritos sobre nossos pensamentos e ações é maior que supondes, porque muito
frequentemente são eles que vos conduzem”. Diante disso fica evidenciado
que podemos ser induzidos a atitudes e comportamentos diante dos quais até nos
surpreendemos. Evidente que não se trata de algo ostensivo, declarado. É sutil,
discreta, quase imperceptível, já que se mistura ao fluxo inestancável de
nossos pensamentos. Em sua incessante busca por respostas, Kardec reuniria
outras descobertas n’ O LIVRO DOS
MÉDIUNS, publicado quatro anos depois. Nele escreveu: “-Toda
pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é
médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui
privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado
rudimentar”. Aprofundando-se no assunto, reproduziu no item 226 da
mesma obra afirmação de Instrutor Espiritual segundo a qual “a
faculdade propriamente dita é orgânica”. A fisiologia já sabia desde
antes de Galeno sobre a existência da diminuta glândula ‘batizada’ Pineal ou Epífise, incrustrada em nossa região cerebral, desconhecendo,
todavia, muito do que a Escola Mecanicista descobriria ao longo do Século
Vinte. Varias correntes de estudiosos da
Antiguidade - especialmente Orientais – atribuíam, porém, ela o papel de
conexão com as dimensões extrafísicas hoje consideradas pela Teoria das Supercordas.
René Descartes, o grande matemático e filósofo do século 17, afirmava ser a
Pineal, o local de atividade da alma.
O médico Nubor Facure explica
que “a pineal é sensível às
irradiações eletromagnéticas, é um sintonizador dos fenômenos de comunicação
mental, numa mesma faixa de vibração”. Assim sendo, ela é uma estrutura cerebral capaz de captar ondas
eletromagnéticas do pensamento e decodificá-los para as demais partes do
cérebro e, portanto, do organismo. Exames
neurológicos (tomo/eletro) durante transe mostram que a atividade na epífise a
torna uma espécie de antena que capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas
ou mortas, como se fosse um olho sensível à energia eletromagnética. Por tudo
isso, fica evidenciado que os depoimentos dos comunicantes com que abrimos esses
comentários, fundamentam-se em fatos reais.
São várias as pessoas que estão fazendo perguntas, como esta: “Na situação como a que estamos vivendo neste momento, o mundo todo está com medo do coronavirus, muita gente doente, outros morrendo, como que os bons Espíritos podem nos ajudar?”
Há dois pontos que podemos destacar nesta
questão. O primeiro é que nada acontece por acaso e que, portanto, esse
surpreendente aparecimento do novo vírus – seja qual for a sua origem – deve
ter acontecido num momento em que a humanidade está precisando refazer seus
planos e sua forma de se conduzir. Em todo fato natural há dois lados: aquele
que traz sofrimento e aquele que ensina. Preferimos valorizar mais o que
ensina, até porque tudo que é bom exige esforço e até sacrifício de nossa
parte.
Os Espíritos responsáveis pelo avanço da
humanidade, certamente liderados por Jesus, devem saber o porquê estamos
passando por esta dificuldade neste momento. E eles veem o lado útil do fato,
embora entendendo o nosso desconforto. Como bons professores que se interessam
pelos alunos, o que eles querem do homem?...
discernimento, seriedade, trabalho, ação. Mas eles querem, sobretudo, que essa
experiência ajude o homem a se transformar, tornando-se mais fraterno e mais
solidário com seus irmãos de humanidade.
Os Espíritos Superiores estão interessados,
agora, em que o ser humano aprenda a lutar (principalmente contra o orgulho e o
comodismo) e a romper a barreira do ódio e do preconceito. Logo, o ponto de
vista da Espiritualidade difere do nosso ponto de vista, porque os Espíritos
benfeitores veem a necessidade do nosso progresso moral e nós, por aqui,
queremos apenas sair do sufoco. Oxalá saibamos aproveitar esta oportunidade
para crescer moral e intelectualmente, mas, sobretudo, para compreender que
nós, humanidade, somos uma família e precisamos aprender a nos tratar uns aos
outros como irmãos.
O segundo ponto, que podemos destacar, é que
os Benfeitores da Humanidade sabem de nossas necessidades muito mais do que nós
e, mesmo reconhecendo que precisamos passar por esta difícil experiência, eles
nos ajudam. Eles fazem o papel do professor, quando dá um problema difícil para
o aluno resolver, mas, ao mesmo tempo, coloca-se ao seu lado para ajudá-lo a
descobrir o caminho da solução, no entanto, o professor não faz para o aluno o que só o aluno deve fazer.
Logo, auxílio espiritual não falta, e ele é
tanto mais eficaz quanto mais consciente estivermos na realização daquilo que
nos compete. Os governos devem estar à frente para as grandes decisões. Os
técnicos devem atuar com a maior responsabilidade na busca de soluções. A
sociedade, atingida e atônita, precisa se organizar. E o povo deve estar atento e dar o melhor de
si nessa batalha. Enfim, todos e cada um de nós, face à exigência da luta,
devemos estar prontos a fazer rigorosamente a parte que nos compete, observando
regras, mudando hábitos e, por fim, descobrindo novas formas de viver e conviver.
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