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segunda-feira, 20 de abril de 2020

EPIDEMIA ANUNCIADA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Situada na Costa Sudeste do Continente Africano, local de visita de marinheiros que vieram da Arábia durante o século XV; descoberta pelos Portugueses que não se interessaram por ela; Colônia Holandesa (1638–1710),  Colônia Francesa (1715–1810), a Ilha Mauricia tornou-se uma possessão Britânica em 1810, assim permanecendo até 1968, ano em que alcançou a independência. Na REVISTA ESPÍRITA de julho de 1867, Allan Kardec publica interessante artigo intitulado EPIDEMIA NA ILHA MAURÍCIA onde relata que alguns meses antes um dos médiuns da Sociedade Espírita de Paris, sr T....,  caindo em sonambulismo espontâneo, sob a magnetização dos Espíritos, informou que a Ilha Maurícia, estava, naquele momento – já há 2 anos - , devastada por uma epidemia terrível, que dizimava a população. Em carta datada de 8 de maio, procedente da referida Ilha, um dos correspondentes da publicação dirigida por Kardec, dava conta do seguinte:- “Vários Espíritos nos anunciaram, alguns claramente, os outros em termos proféticos, um flagelo destruidor prestes a nos atingir. Tomamos essas revelações do ponto de vista moral e não do ponto de vista físico. Súbito uma doença estranha eclodiu sobre nossa pobre ilha; uma febre sem nome, que reveste todas as formas, começa docemente, hipocritamente, depois cresce e derruba todos aqueles que pode atingir. É agora uma verdadeira peste; os médicos dela não entendem nada; todos aqueles que dela foram atingidos não puderam se curar até o presente. São acessos terríveis que nos cansam e nos torturam durante doze horas, pelo menos, atacando em sequência cada órgão importante; depois, o mal cessa durante um dia ou dois, deixando a doença coberta até seu próximo retorno, e se caminha assim, mais ou menos rapidamente, para o termo fatal. Por mim, vejo nisto tudo um desses flagelos anunciados, que devem retirar do mundo uma parte da geração presente, e destinados a operar uma renovação tornada necessária. Vou vos dar um exemplo das infâmias que se passam aqui. A quinina, em dose fortíssima, susta os acessos por alguns dias somente; é o único específico capaz de deter, momentaneamente pelo menos, o progresso da cruel doença que nos dizima”. Relata o missivista que ‘os negociantes e os farmacêuticos tinham dela uma certa quantidade que lhes chegava a quase 7 francos  e como esse remédio estava amplamente comprado por todo o mundo, esses senhores aproveitaram a ocasião para elevarem o preço da poção de um indivíduo, progressiva e rapidamente até atingir valores de 675 e 800. Só os ricos podiam, pois, dela se proporcionar, e esses comerciantes viam com indiferença os milhares de infelizes expirarem ao redor deles, por falta de dinheiro necessário para se proporcionar esse medicamento levando muitos pobres morrerem olhando com olhar desolado esse tesouro que não podem alcançar’! Comentado o assunto na reunião de 21/6/1867, através do médium Sr Morin, um Espírito, entre outras coisas disse quea hora avança, a hora marcada no grande e perpétuo relógio do Infinito, a hora na qual vai começar a se operar a transformação de vosso Globo para fazê-lo gravitar para a perfeição. Foi-vos dito, frequentemente, que os mais terríveis flagelos dizimariam as populações; não é preciso que tudo morra para se regenerar? Mas o que é isto? A morte não é senão a transformação da matéria, o Espírito não morre: ele não faz senão mudar de habitação. Observai, e vereis começar a realização de todas essas previsões’. Em carta do ano seguinte, destacam-se os seguintes trechos: 1- A terrível epidemia dizima nossa população. Já são SESSENTA MIL ALMAS que partiram!’ 2-A doença tomou tantas formas múltiplas, que os médicos jamais puderam ficar de acordo: cada um segue um método particular’. 3-Disse o doutor Demeure (Espírito), que chegamos ao período da transformação dos habitantes da Terra, por seu adiantamento moral’. No número de outubro da REVISTA ESPÍRITA um artigo inclui duas ponderações de Allan Kardec que se ajusta a efeitos como a Pandemia vivida hoje: 1- Nas crises em aparência as mais anormais que dizimam alternativamente as diferentes regiões do Globo, nada está deixado ao acaso; 2- Elas são preparadas de longa data, e sua causa é, por conseguinte, perfeitamente normal’. Sugerimos a leitura do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA do Espírito Manuel Philomeno de Miranda pelo médium Divaldo Pereira Franco que em sua primeira parte descreve os preparativos dos que se envolveriam nos possíveis resgatados entre os quase 400 mil mortos no Tsunami do Oceano Indico em 2004. Voltando à Epidemia da Ilha Maurícia, na reunião de 16/10/1868, o Espírito Clélie DUPLANTIER deixou o seguinte recado: - “Maurice vai renascer! o ano novo verá se extinguir o flagelo do qual foi a vítima, não pelo efeito dos remédios, mas porque a causa terá produzido o seu efeito; outros climas sofrerão, a seu turno, os apertos de um mal da mesma natureza ou de toda outra, determinando os mesmos desastres e conduzindo aos mesmos resultados. Uma epidemia universal teria semeado o pavor na Humanidade inteira e detido por muito tempo o voo de todo o progresso; uma epidemia restrita, atacando alternativamente e sob formas múltiplas cada centro de Civilização, produzirá os mesmos efeitos salutares e regeneradores, mas deixará intactos os meios de ação dos quais a ciência pode dispor. Aqueles que morrem são feridos pela impossibilidade, mas aqueles que veem a morte em sua porta procuram novos meios de combatê-la. O perigo desperta a criatividade; e, quando todos os meios materiais estiverem esgotados, todos serão constrangidos a pedir a saúde aos meios espirituais. É assustador, sem dúvida, pensarem perigos dessa natureza, mas, uma vez que são necessários e não terão senão felizes consequências, é preferível, em lugar de esperá-los tremendo, preparar-se para afrontá-los sem medo, quaisquer que sejam os resultados. Para um materialista, é a morte horrenda e o nada em sua consequência; para o espiritualista e em particular para o Espírita, que importa o que ocorrerá! Se escapa ao perigo, a prova o encontrará sempre inabalável; se morre, o que conhece da outra vida lhe fará encarar a passagem sem empalidecer. Preparai-vos, pois, para tudo, e quaisquer que sejam a hora e a natureza do perigo, estai compenetrados desta Verdade: que a morte não é senão uma palavra vã, e que não há nenhum sofrimento que as forças humanas não possam dominar. Aqueles nos quais o mal for insuportável serão somente aqueles que o terão recebido com o riso nos lábios e a negligência no coração, quer dizer, que se crerão fortes em sua incredulidade”. Na reunião da semana seguinte, 23/10/1868, pronunciando-se sobre o fim da  Epidemia, o Espírito do médico Dr Demeure, entre outras coisas pondera: - “Mas qual será a sua influência sobre os habitantes de Maurice que terão sobrevivido ao desastre? Que consequências deduzirão das manifestações de todas as naturezas das quais foram testemunhas involuntárias? As aparições, das quais um grande número foram objeto, produzirão o efeito que se tem direito de esperá-lo? As resoluções tomadas sob o domínio do medo, do remorso e das censuras de uma consciência perturbada, não serão reduzidas a nada quando a tranquilidade renascer? Seria de desejar que a lembrança dessas cenas lúgubres se gravassem de maneira indelével em seu Espírito e os obrigasse a modificarem sua conduta reformando suas crenças; porque eles devem estar bem persuadidos de que o equilíbrio não se restabelecerá de maneira completa senão quando os Espíritos estiverem tanto despojados de sua iniquidade, quanto a atmosfera será purificada dos miasmas deletérios que provocaram o nascimento e desenvolvimento do mal. Entramos cada dia mais no Período Transitório que deve levar à transformação orgânica da Terra e à regeneração de seus habitantes. Os flagelos são os instrumentos dos quais se serve o grande cirurgião do Universo para extirpar do mundo, destinado a caminhar em frente, os elementos gangrenados que lhe provocaram as desordens incompatíveis com o seu novo estado. Cada órgão, ou melhor dizendo, cada região, será alternativamente remexida por flagelos de naturezas diversas. Aqui, a epidemia sob todas as suas formas, em outra parte a guerra, a fome. Todos devem, pois, se preparar para suportar a prova nas melhores condições possíveis, em se melhorando, em se instruindo, a fim de não ser surpreendido pelo imprevisto. Já algumas regiões foram provadas, mas seus habitantes estariam num erro completo se se fiassem na Era de calma que vai suceder à tempestade, para tombarem seus antigos erros. É um tempo de descanso que lhes é concedido para entrarem um caminho melhor; se não o aproveitam, o instrumento de morte os provará até conduzi-los ao arrependimento. Felizes aqueles que a prova feriu primeiro, porque terão para se instruir, não só os males que sofreram, mas o espetáculo daqueles dos quais seus irmão em humanidade serão atingidos ao seu turno. Esperamos que um tal exemplo lhes seja salutar, e que entrem, sem hesitar, no caminho novo que lhes permitirá caminhar de acordo com o progresso. Seria de desejar que os habitantes de Maurice não fossem os últimos a aproveitarem a severa lição que receberam. Doutor DEMEURE. Finalizando o artigo, Kardec escreve: - O Espiritismo abre à Ciência Médica horizontes inteiramente novos em demonstrando o papel preponderante do elemento espiritual na economia e num grande número de afecções, onde a Medicina fracassa, porque ela se obstina em não procurar-lhe a causa senão na matéria tangível. O conhecimento da ação do perispírito sobre o organismo acrescentará um novo ramo à Patologia, e modificará profundamente o modo de tratamento de certas enfermidades, cuja verdadeira causa não será mais um problema. 


 Depois que li alguns livros espíritas, me convenci de que não fui boa para minha irmã mais nova, nem na infância e nem em nosso tempo de juventude. Tentei me aproximar dela, mas percebi que ela não me aceita por perto, não confia mais em mim. Eu não fico bem nessa história. Será que vou conseguir reconciliar com minha irmã ainda nesta vida?
 Este desafio pode não depender somente de você mas, com certeza, depende muito de seu empenho para poder reaver sua irmã ainda nesta encarnação. A maturidade serve muito para isso: a gente não se cuida quando jovem, comete desatinos e depois se arrepende. Ainda bem que se arrepende. E o arrependimento é uma bebida amarga que nos faz sentir culpados. Você sabe bem disso.
 Mas não desanime. Você não sabe o quanto feriu sua irmã. Cada pessoa, dependendo de suas condições espirituais, tem um grau de sensibilidade maior ou menor. E não é só isso: ela deve ter prevenção contra você, tem medo que você volte a feri-la e por isso fica na defensiva.  Portanto, aja com cautela. Seu desafio, agora, é convencê-la de que você mudou, que você não aquela mesma pessoa que a feriu no passado.
 Sua missão, portanto, é reconstruir o que você destruiu. Não pense que seja fácil, mas também não pense que seja impossível. Seria muito cômodo, se ela a recebesse de braços abertos, facilitando suas intenções; talvez isso diminuísse o valor de sua mudança, pois esse tipo de mudança exige sobretudo humildade. Logo, esse desafio, que você está enfrentando agora, oferece duplo obstáculo que, se você souber encarar com paciência e humildade, poderá superá-lo.
 É claro, torcemos para que isso aconteça logo, ainda nesta encarnação. Se voltarmos ao evangelho, vamos ver Jesus dizer: “Reconcilie-se com seu adversário, ainda quando estás a caminho com ele”.  Nessa afirmação, Jesus pede que nos esforcemos o máximo possível para obter a reconciliação nesta mesma vida. Mas, se essa reconciliação for difícil – não por sua causa, mas por resistência de sua irmã – então, lhe resta esperar pela próxima oportunidade. Pelo menos você terá o consolo de que está tentando consertar as coisas.
Continue lendo livros espíritas, leia o EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, capítulo intitulado “Bem aventurados os Misericordiosos”. Suas palavras nos ajudam a visualizar melhor nosso caminho, a compreender melhor nosso oponente, sem falar que nos estimula as disposições para não recuarmos diante das barreiras, pois assim saberemos valorizar ainda mais as transformações que estão ocorrendo conosco.




 
















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