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sábado, 11 de abril de 2020

EVIDÊNCIAS DA SOBREVIVÊNCIA APÓS A MORTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




   Um sugestivo material, que nos serve de referência diante do que está acontecendo hoje, com a  pandemia do COVID 19, causada pela propagação do novo coronavirus, e que está sendo veiculado via whatsapp por conta de um artigo publicado pela USE/São Paulo, refere-se à uma pandemia de cólera que aconteceu na época de Allan Kardec, meados do século XIX, causando muitos problemas e apreensão no mundo.
 Foi sobre essa doença, que se generalizou no mundo, que Allan Kardec escreveu num dos números da REVISTA ESPIRITA de 1865, quando o cólera já havia se espalhado pelos vários continentes, vitimando milhares e milhares de pessoas. É interessante que o ouvinte procure ler toda a matéria de que estamos falando e que foi publicada na Revista Espírita, no mês de novembro de 1865, sob o título “O Espiritismo e o Cólera”.
 O cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Na época, em que a doença se alastrava, um advogado espírita de Constantinopla escreveu para Allan Kardec sobre a pandemia que atingira sua cidade e aproveitava para informar sobre algo interessante. Ele observara que os espíritas de sua cidade, embora fossem numerosos, não tinham sido atingido pela doença. E atribuía isso ao fato de se sentirem mais seguros e confiantes diante do que acontecia, por acreditarem na imortalidade e na reencarnação.
 Kardec foi muito cuidadoso na resposta, afirmando que não devemos pensar que os espíritas, somente pelo fato de serem espíritas, gozam de algum privilégio diante das leis da natureza e que eles, tanto quanto as pessoas de qualquer outra crença, podem ou não ser vítimas de qualquer doença. Ele enfatiza, porém, que a diferença entre o espírita e o não-espírita está na fé raciocinada que o Espiritismo proclama, razão pela qual espera-se que o espírita enfrente situações de risco com a serenidade e a confiança que sua fé lhe proporciona.
Kardec demonstra, por suas afirmações, que ante as Leis Naturais ou Lei de Deus, todos somos iguais, independente de crença. Mas, ao mesmo tempo, o autor que lhe escreveu a carta fala da importância de nossa atitude ante uma situação quem pela sua natureza e dimensão, provoca medo na população, assunto que tratamos há pouco em nossa crônica de abertura.  A certa altura de sua carta, ele afirma: “É sobretudo nesses tristes momentos de epidemia espantosa que a fé e a crença espírita dão coragem”. E conclui, dizendo: “Acabamos todos de dar a mais verídica das provas”.
 E prossegue: “Quem sabe se não devemos a essa calma da alma, a essa persuasão da imortalidade, a essa certeza das existências sucessivas, em que os seres são compensados segundo o seu mérito e seu grau de adiantamento; quem sabe, digo eu, se não é por essas crenças, base de nossa bela doutrina, que nós todos – espíritas de Constantinopla que somos, como sabeis bastante numerosos, devemos ter sido preservados do flagelo que se espalhou e ainda se espalha em torno de nós!”
 E conclui o advogado: “Digo-o tanto mais quanto foi constatado, aqui e alhures, QUE O MEDO É O PREDISPOSITIVO MAIS PERIGOSO DO CÓLERA, assim como a ignorância infelizmente é uma fonte de contágio...”
 Aqui devemos salientar dois pontos. Primeiro, repetimos: Kardec não quis e não podia admitir que o espírita goza de qualquer privilégio só pelo fato de ser espírita. Na lei de Deus não há protecionismo, Daí porque ele considerou muito lisonjeira a carta do advogado que se vangloriava pelo fato de o  cólera não ter feito vítimas entre os espíritas de sua cidade. Nisso Kardec tinha toda razão.
Mas, em segundo lugar, não poderíamos deixar de considerar que o advogado missivista também tinha sua parte de razão, quando disse claramente que O MEDO É O PREDISPOSITIVO MAIS PERIGOSO DO COLERA, corroborando o que dissemos na fala inicial deste programa.. Na verdade, não era o Espiritismo que estava salvando as pessoas, mas, sim,  o fato de as pessoas confiarem nos princípios que a doutrina ensina ( a fé em Deus, a imortalidade e a reencarnação), pois essa confiança lhes dá segurança, serenidade, disposição e coragem, fortalecendo seu  sistema imunológico, evitando que a doença tomasse conta do organismo.
 O cultivo de valores espirituais e a consciência tranquila constituem fatores de proteção com que a pessoa tem certeza que, mesmo sendo vítima da doença, sua vida não acaba com a morte, mas  prossegue além desta existência na busca de seus ideais. Um outro ponto que chama atenção na resposta que Allan Kardec deu há 155 anos atrás, é a sua total adesão às recomendações das autoridades médicas ou aos princípios da ciência, diante de uma situação que coloca em risco a vida de milhares de pessoas e de coletividades inteiras.
 Nesse sentido, conforme lemos na REVISTA ESPÍRITA de 1865, Allan Kardec afirmava: “... desprezar as medidas sanitárias que os podem preservar (a vida) seria um verdadeiro suicídio, cujas consequências elas conhecem muito bem para se exporem”. Ora, ao fazer tal afirmação é como se Kardec estivesse dando as mesmas recomendações dos órgãos de saúde em relação aos cuidados preventivos que devemos tomar hoje quanto à contenção da pandemia do COVID 19.















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