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quinta-feira, 9 de abril de 2020

JUSTIÇA EM NÓS; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




  Ivete, do Nova Garça. pergunta por que não colocamos mais orações em nosso  programa radiofônico?
 A pergunta é interessante, Ivete, e agradecemos muito a sua contribuição. Mas gostaríamos de falar um pouco a respeito. Geralmente, os programas religiosos, apresentados pelo rádio, ocupam grande parte do tempo em orações, o que julgamos importante. Se pudéssemos ocupar mais nosso tempo para pensar em Deus e orar, ao invés de desperdiçar nossas energias com muitas futilidades que nada constroem – mas, pelo contrário – só prejudicam, e com muita coisa negativa que vemos na televisão, com certeza, estaríamos mais equilibrados, mais tranquilos e mais satisfeitos conosco mesmos.
 Entretanto, temos a considerar que, embora a oração seja necessária e importante, ela não é suficiente neste programa para que o ouvinte se esclareça sobre as leis da vida, que é o nosso maior objetivo.  Observe, que na jornada de Jesus, há 2 mil anos, você não vê Jesus orando o tempo todo e nem ele ensinou que assim deveria ser. Aliás, a oração que ele ensinou e que qualquer criança sabe, o Pai Nosso, é a mais breve, simples e curta que se pode imaginar. Ele mesmo, o mestre de Nazaré, ocupou-se em conviver com todo tipo de pessoa, mostrando como as pessoas devem conviver e se amar.
 Quando Allan Kardec , n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, se dirigiu aos Espíritos reveladores da doutrina, perguntando se a prece pode apagar nossas culpas ou  pode nos livrar do mal, eles responderam taxativamente que “os atos valem mais que as palavras”. A prece nos ajuda, mas não é apenas e tão somente com preces ou orações que vamos resolver nossos problemas. É por isso que precisamos estar  bem informados, bem esclarecidos, para sabermos discernir o bem do mal, sabermos raciocinar e tomar as decisões mais acertadas para continuar agindo com equilíbrio e bom senso. Foi o próprio Jesus quem disse: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
  Logo, o que queremos dizer, Ivete, é que não há nenhum mal em se fazer muitas orações. Pelo contrário. No entanto, nós poderíamos substituir muitos desses momentos de pura contemplação com muito mais proveito, para nós e para os outros, ao levar o nosso auxílio em favor de alguém, ao informar, esclarecer, orientar, reconfortar corações sofridos, nos tornando mais pacientes, mais tolerantes, mais compreensivos, sabendo nos portar com respeito e consideração para com todos que estão ao nosso lado.
 Foi o próprio Cristo que, ao recomendar a oração, como conversa direta e íntima com Deus, afirmou que não é necessário usar muitas palavras em nossas preces, como faziam os gentios, porque o Pai sabe do que necessitamos, antes mesmos de lhe pedirmos. Aliás, o pedido, o agradecimento ou o louvor – que cada um de nós pode fazer a Deus em qualquer momento– precisa estar em nosso coração antes de ser pronunciado pela boca, pois o que está no coração, no sentimento, já é do conhecimento de Deus.
  Nosso tempo no programa MOMENTO ESPÍRITA , Ivete, é relativamente curto, mas o bastante para tratarmos de temas da vida, aqueles que nos colocam frente a frente com as nossas necessidades, com os nossos conflitos e problemas, procurando oferecer informações que possam ajudar a nos situar melhor diante de nós mesmos e diante dos outros. Todo ato de amor em si é uma prece; ou, por outra, ele vale por muitas preces, pois a boa ação é a materialização de nossos mais puros sentimentos. No ato de fazer o bem já estamos em contato com Deus.
  Jesus soube caracterizar muito bem o que é nossa relação com Deus, quando recomendou às pessoas que, antes da oferta diante do altar, viessem primeiro reconciliar com seu adversário e, só depois, voltasse ao altar para fazer a oferta. Isso significa que a prece sem o bom sentimento não é nada e que o sentimento também não será nada, se ele estiver desprovido de ação. É por isso que “os atos valem mais que as palavras”, razão pela qual é preferível um ato de amor de um ateu do que uma atitude de desprezo e indiferença por parte de um religioso. Vamos sentir isso na parábola do bom samaritano, contada por Jesus.















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