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sábado, 29 de fevereiro de 2020

ALÉM DAS FRONTEIRAS VIBRATÓRIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


-“Os olhos humanos veem apenas algumas expressões do vale em que se exercitam para a verdadeira visão espiritual. A percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. Comparando as restritas possibilidades humanas com as grandezas do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitíssimo limitados”. A explicação pertence ao Instrutor Espiritual Aniceto, no livro OS MENSAGEIROS  do Espírito André Luiz através do médium  Chico Xavier nos auxiliando a entender por que não percebemos a realidade em meio a qual nos movimentamos. Instigados pela curiosidade, sem compromissos com a percepção da clarividência, muitos desejariam ter uma noção das realidades além das barreiras vibratórias de nossa Dimensão. Allan Kardec escreveu que ‘para libertar-se do temor da morte é mister poder encará-la sob o seu verdadeiro aspecto.   Ter PENETRADO PELO PENSAMENTO no Mundo Espiritual, fazendo dele uma ideia tão exata quanto possível’. Diríamos que para atingir o objetivo do argumento anterior tem-se que fazer o mesmo. Na sequência reunimos alguns relatos que podem nos auxiliar. O primeiro é dado pela médium Yvonne Pereira no livro RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE. Conta que ‘por volta de 1958, solicitada a cuidar de um parente recém-operado, hospedou-se na residência deste, uma casa recém-adquirida, no Rio de Janeiro, imóvel que fora reformado pelo anterior proprietário. Fora erguida em terreno onde existira um casebre, demolido para a nova construção. Segundo ela, como de hábito, ao ingressar na moradia, começou a orar diariamente, à hora do trabalho psicográfico, que não fora interrompido. Nessas, e noutras ocasiões, às vezes até inesperadamente durante as lides domésticas, sua visão espiritual, surpreendia, no local da construção, um casebre, e, em vez do jardim com suas bonitas árvores e folhagens e o piso de cerâmica e cimento, um pobre terreno em ruínas, com canteiros de hortaliças ressequidas e alguns poucos galináceos, além de utensílios imprestáveis esparsos por toda a parte. Avistava uma entidade espiritual frequentemente, quase materializada, externando singulares particularidades. Tratava­se do Espírito de um homem de cor negra, regulando quarenta anos de idade, alto e corpulento, obeso, indicando enfermidade grave, pois dir-­se-­ia atacado de inchaço geral, como quem padecesse de grandes males renais. Os pés, muito visíveis, estavam descalços e traíam inchaço impressionante e a entidade se deixava ver muito pobremente trajada. Desdobrada espiritualmente, viu desaparecer a casa atual e, em seu lugar, via apenas um terreno com um casebre. Com a continuação do fenômeno foi informada pelo Espírito Guia Charles de que aquela entidade quando encarnada chamara­se Pedro, residira no casebre, e que, desencarnada, continuava no mesmo local, fixando o pensamento no cenário passado e, por isso mesmo, construindo­o ao derredor de si, para seu desfrute ou infortúnio’. A seguir a demonstração de como num mesmo ambiente físico de nossa Dimensão, três realidades se manifestam, fornecidas através de Chico Xavier pelo Espírito André Luiz. Trata-se de um dos mais ilustrativos observados durante visita a um apartamento na cidade do Rio de Janeiro. Acompanhemo-lo: - “Transpassando estreito corredor, pisamos o recinto doméstico, surpreendendo, no limiar, dois homens desencarnados, a debaterem, com descuidada chocarrice, escabrosos temas de vampirismo. Nenhum dos dois lograva registrar-nos a presença.. Na sala principal, o dono da casa. Detínhamo-nos, curiosos, na inspeção, quando sobreveio o inopinado. Diante de nós, ambos os desencarnados infelizes, que surpreendêramos à entrada, surgiram de repente, abordaram Cláudio e agiram sem-cerimônia. Um deles tateou-lhe um dos ombros e gritou, insolente: – beber, meu caro, quero beber! A voz escarnecedora agredia-nos a sensibilidade auditiva. Cláudio, porém, não lhe pescava o mínimo som. Mantinha-se atento à leitura. Inalterável. Contudo, se não possuía tímpanos físicos para qualificar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante. O assessor inconveniente repetiu a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reasseverando uma ordem. O resultado não se fez demorar. Beber! Beber!... Cláudio abrigou a sugestão, convicto de que se inclinava para um trago de uísque exclusivamente por si. O pensamento se lhe transmudou, rápido, - Beber, beber!... e a sede de aguardente se lhe articulou na ideia, ganhando forma. De começo, a carícia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois do abraço de profundidade, a associação recíproca. Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxertia fluídica. Produzia-se algo semelhante ao encaixe perfeito. Cláudio-homem absorvia o desencarnado, à guisa de sapato que se ajusta ao pé. Levantaram-se a um tempo e giraram integralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o delgado frasco. Desmanchou-se a parelha e Cláudio, desembaraçado, se dispunha a sentar, quando o outro colega, que se mantinha a distância, investiu sobre ele e protestou: “Eu também, eu também quero!”. Reavivou-se-lhe no ânimo a sugestão que esmorecia.. Absolutamente passivo diante da incitação que o assaltava, reconstituiu, mecanicamente, a impressão de insaciedade. Bastou isso e o vampiro, sorridente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno da conjugação completa. Encarnado e desencarnado a se justaporem. Duas peças conscientes, reunidas em sistema irrepreensível de compensação mútua. Dois goles para três. Novamente desimpedido, o dono da casa estirou-se no divã e retomou o jornal. Os amigos desencarnados tornaram ao corredor de acesso, chasqueando, sarcásticos”.. (SD, 6) Pesquisando outras obras do mesmo autor, mais algumas cenas, em cenários diferentes: 1 -  CASA NOTURNA   - A multidão de entidades conturbadas e viciosas que aí se movia era enorme. Os dançarinos não bailavam sós, mas, inconscientemente, correspondiam, no ritmo açodado da musica inferior, a ridículos gestos dos companheiros irresponsáveis que lhes eram invisíveis.   3- ENFERMARIA DE UM HOSPITAL A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os.(OVE; 18) 7- NUM RESTAURANTE  Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós, indefinível mal estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcóolatras impenitentes.(NDM, 138)




Uma leitora, que não quis se identificar, contou que há mais ou menos 15 anos, perdeu de forma repentina um tio que morava numa cidade do Paraná e vivia de pequenos negócios. Ele deixou a viúva e filhos menores, mas não deixou pensão porque não recolhia encargos sociais. A mulher, sem recursos, e nada sabendo dos negócios do marido, foi aconselhada a consultar um centro espírita, onde o marido se manifestou, dizendo para ela procurar um determinado senhor, que lhe devia bom dinheiro. Ela, de fato, o fez e, embora não soubesse quanto o homem devia ao seu marido (porque isso não foi revelado), aceitou o que o homem lhe ofereceu e, a partir de então, pôde conduzir sua vida. A pergunta que faz é se a comunicação foi verdadeira, porque até hoje ela tem suas dúvidas.
Não há como saber de forma concreta e objetiva se a comunicação foi autêntica ou não, simplesmente porque essa prova não existe. Na grande maioria dos casos, principalmente quando se trata da comunicação de entes queridos, podemos saber se a comunicação é autêntica ou não, dependendo dos fatos que ocorrem depois e não propriamente da comunicação em si. Trata-se, portanto, de uma prova indireta, ou seja, por mera dedução lógica.
Quando as pessoas não conhecem o Espiritismo, elas querem que a comunicação mediúnica, falada ou escrita, seja um retrato perfeito da fala e da escrita do comunicante. Acreditam, nas mais das vezes, que o Espírito entra no corpo do médium e assume inteiramente o comando da comunicação da mesma forma que fazia quando estava encarnado. Mas não é assim que acontece.
A comunicação do Espírito para o médium é por via mental, que passa pelo cérebro do médium. Neste caso existem uma série de dificuldades, pois o médium faz o papel de um mensagem e, portanto, interpreta a mensagem. Tanto do Espírito, quanto do médium, sentem dificuldade de comunicar, embora a comunicação em si dependa mais do médium: depende do seu preparo, do seu treinamento, de seus conhecimentos e de sua personalidade enfim.
- O médium, enfim,  é um secretário do Espírito: quanto mais preparado, melhores condições tem para transmitir a mensagem. O mais importante na comunicação mediúnica não é a forma como a comunicação se dá, mas o teor da mensagem que transmite – o conteúdo da mensagem pode ser verdadeiro ou se aproximar da verdade. O médium se oferece para fazer a vontade do Espírito naquele momento, faz o que ele pede, mas faz do seu jeito e conforme as suas próprias condições, razão pela qual a qualidade de uma comunicação depende mais do seu preparo.
Há casos em que o Espírito comunicante deixa pistas para ser reconhecido pelos familiares. As pistas geralmente são informações que dá sem que o médium saiba ( nome de pessoas, apelidos, lugares, fatos) , às vezes revelações muito íntimas ou confidenciais ou, então, a assinatura que o Espírito sempre usou quando encarnado. Fora disso o conteúdo da mensagem, as ideias e o estilo do Espírito é que precisam ser analisados, considerando que o médium tem uma forte influência na comunicação.
No caso, que você apresenta, dá pra tirar algumas conclusões apenas pelas consequências, porque não há informação sobre a forma como a mensagem foi transmitida. Se sua tia não tivesse ido ao centro, não teria recebido a mensagem e, consequentemente, não teria procurado a pessoa que tinha uma dívida para com seu tio. Não sabemos se o médium tinha essa informação, mas supondo que não tivesse ( o que poderia ser averiguado), o fato de apontar aquela pessoa é um forte indicio de veracidade, até porque sua tia foi beneficiada.
Você poderia questionar por que o Espírito não disse o valor exato da dívida, e fez  com que sua tia nem tivesse oportunidade de questionar e aceitasse o que o devedor lhe ofereceu.  Com certeza, deduzimos nós, porque o médium não estava preparado para isso: pode ser que ele até  tivesse recebido tal informação, mas não confiou em si mesmo e não arriscou – nós não sabemos. É comum o médium recuar diante de informações mais precisas, quando não se sente seguro ao transmiti-las.
Como você pode perceber, portanto, a comunicação precisa ser analisada. Talvez não tivesse havido essa preocupação naquela ocasião, porque, de qualquer forma, ela levou a um resultado positivo que, a nosso ver, se parece muito com a maioria dos casos dessa natureza, em que o Espírito se esforça para ajudar de alguma forma, apesar das dificuldades para transmitir exatamente o que deseja. Pessoalmente, conhecemos um caso muito parecido com esse, embora com mais detalhes.



















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