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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

PERISPÍRITO; VALORIZAÇÃO DO BEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




Maria de Lourdes Meirelles nos passou a seguinte situação.  Quando tinha apenas 12 anos, sua neta foi acidentalmente alvejada por um tiro disparado pelo irmão de 9 anos e veio a falecer. Não é preciso dizer que isso aconteceu quando o menino brincava com uma arma que achou em casa. Os anos passaram, o garoto cresceu e, quando tinha 18 anos, foi alvejado por uma bala perdida na rua e também veio a falecer. Lourdes fica intrigada com essa situação, por achar muita coincidência ocorrerem dois fatos semelhantes na mesma família e, particularmente, porque o rapaz teve o mesmo tipo de morte acidental que causou para a irmã.
 Lourdes, nós não dispomos de meios para levantar as causas específicas que provocaram esses dois fatos lamentáveis na sua família. Isso quer dizer que não temos uma revelação detalhada a fazer, identificando quem são seus netos como Espíritos, quem eles foram em encarnação passada e que causas determinaram suas desencarnações tão cedo, de maneira equivocada e tão violenta.
Mas sabemos, pelo que a Doutrina Espírita nos mostra, que esses fatos não aconteceram por acaso e que, portanto, atrás desses acontecimentos, deve haver uma explicação racional e justa dentro das leis divinas. Se tivéssemos uma única vida, não teríamos como explicar. Por outro lado, absurdo seria conceber que Deus tivesse provocado tais tragédias ou, como se diz vulgarmente, que elas aconteceram porque estavam na vontade de Deus. Seria uma grande injustiça Deus fazer os pais passarem por situações tão sofridas e até desesperadoras, por mero capricho de uma vontade.
Como nada acontece por acaso, tanto a garota – que desencarnou aos 12 anos -, quando o rapaz aos 18, deviam trazer de vidas passadas as causas que determinaram perdessem a vida tão cedo e os dois de forma tão trágica. Os dois fatos aconteceram de maneiras muito parecidas, tendo em comum que a garota morreu por um tiro disparado acidentalmente pelo irmão mais novo e este, depois de 9 anos, veio a sofrer a mesma consequência em decorrência de um tiro que não era endereçado a ele.
Analisando tais situações do ponto de vista lógico, não é difícil estabelecer um vínculo de causas entre elas. Não falamos das causas atuais, mas, sim, das que tiveram origem em vida anterior, quando certamente os dois se envolveram em situações de violência e morte. Por serem muito novos nesta vida, os dois irmãos não tiveram tempo suficiente para assumirem responsabilidades e compromissos perante si mesmos e perante os outros, pois não chegaram à idade adulta. Desse modo, as causas motivadas por erros morais não devem se estar nesta encarnação, mas no passado desses Espíritos.
Desse modo, podemos perceber que, numa situação tão difícil e sofrida como esta que você nos relata, só a reencarnação pode dar uma explicação plausível, racional e justa. Outra explicação, que não esta, nos levaria a uma concepção errônea da Justiça Divina ou, então, ao materialismo, pois para os materialistas todas as  causas e consequências  acontecem aqui e agora, porque não existe vida antes e muito menos depois desta, razão pela qual eles atribuem o sofrimento humano ao acaso ou à sorte de cada um. A vida seria tremendamente injusta e sem sentido, se tudo se devesse ao acaso.
 Por serem esses dois irmãos apenas vítimas dessas situações, para as quais eles não concorreram de vontade própria, tudo leva a crer que se trata de expiação ou prova para esses Espíritos.  Expiação, Lourdes, é quando o indivíduo apenas sofre as consequências de erros que ele cometeu; já a prova, é quando o Espírito, ele  próprio,  quer se submeter a uma situação difícil nesta encarnação, ciente de que o sacrifício o ajudará no seu progresso espiritual  e, por isso, ele mesmo vale a  pena escolhê-la. 
Mas, quando se trata de morte violenta, como neste caso, é possível que eles mesmos tenham feito tal escolha, por se sentirem culpados de alguma violência que praticaram no passado. Muitas vezes, já alcançaram um certo nível de consciência moral, os Espíritos não conseguem conviver com um perturbador sentimento de culpa na espiritualidade, e então pedem para retornar à vida terrena e se submeter a uma situação semelhante a que provocaram no passado.  Neste caso dos dois irmãos não é difícil concluir que os dois estiveram envolvidos num mesmo problema em vida passada.
Quanto aos seus pais, não resta dúvida, trata-se de uma prova para eles. Os pais têm uma missão especial.  Eles vêm com um compromisso sério, de acolher, criar e encaminhar os filhos e, algumas vezes, até de perdê-los muito cedo e, neste caso, tendo sido escolhidos para uma missão mais curta. A tarefa dos pais é sublime e, por isso mesmo, difícil, mas eles devem se conduzir como verdadeiros anjos guardiães dos filhos.















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