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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

PROFISSÃO; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





Para onde vai o espírito do doente mental que matou as crianças em Janaúba, Minas Gerais?  Mesmo sendo doente mental, ele vai responder diante de Deus?
   Mesmo acometido de um transtorno mental, o indivíduo que comete um assassinato, sempre responde pelo mal em razão do sofrimento que causou. Primeiro, porque sua doença não veio do nada; devem ter havido antecedentes que causaram essa enfermidade e que podem estar ligados a erros do passado, desta ou de outras encarnações.  Logo, seu ato já é consequência dos caminhos que trilhou.  É o mesmo caso de uma pessoa que, embriagada, assume a direção de um veículo, e acaba causando vítimas, quando ela mesma não morre no acidente. Não podemos apenas justificar seu ato, pois ele aconteceu em decorrência de erros anteriores.
  Em segundo lugar, devemos considerar que a agressividade do doente mental, nesse caso de Janaúba, também não veio nasceu do acaso. Por outro lado, Deus não poderia causar-lhe essa doença para matar crianças ou quem quer que fosse; a enfermidade mental deve decorrer da propensão do próprio Espírito à violência -  no caso, à violência contra crianças, uma raiva reprimida, que eclodiu de forma destruidora e cruel. Em terceiro lugar, não podemos deixar de considerar a ação de Espíritos mal intencionados aos quais o incendiário estava ligado por afinidade de sentimentos.
 Porém, do ponto de vista moral, nada justifica a violência, embora nas condições morais precárias em que ainda nos encontramos na Terra, às vezes a violência se torna inevitável. Foi o próprio Jesus quem disse: “É necessário que venha o escândalo; mas ai da pessoa por quem o escândalo vier”. Essa assertiva caberia nesse caso. Contudo, a tragédia nos abala profundamente como pessoas humanas e sensíveis que somos (imaginem as famílias dessas crianças!) , pois ainda não compreendemos por que um fato dessa natureza, muitas vezes, se torna indispensável à evolução dos Espíritos.
 Nessa aparente contradição o que funciona mesmo é a Lei de Deus ou Lei Natural. Uma pessoa que não tem conhecimento espírita, diante de uma tragédia dessa dimensão, tem dificuldade de compreender por que Deus permitiria que crianças inocentes fossem sacrificadas por um homem fora de controle e vítima de um transtorno mental grave. Para onde vão essas crianças que não tiveram, sequer, tempo para tomar consciência do que é a vida e assumir seus próprios atos? E para onde vai o homem que nem tem como ser punido pela justiça humana?
  No mundo espiritual, as vítimas sempre levam vantagem sobre seus algozes, e neste caso mais ainda, por serem crianças. Em situações como essas, elas são recolhidas por Espíritos encarregados de atender as crianças e são encaminhadas para tratamento. É claro que as crianças, de um modo geral, contam com uma proteção especial, principalmente quando são vítimas de tragédias. Elas terão chance de se refazer e, conforme a trajetória espiritual de cada uma, retomarão seus caminhos como Espíritos para futura encarnação.
 Quanto ao autor da tragédia, o que virá depois depende do que como  veio agindo longo de sua trajetória espiritual. Ao que tudo indica, ele deve ter algo ver no passado com as vítimas de hoje e, após tratamento devido, terá que se haver diante delas para ressarcir seus débitos morais. No cômputo geral, quanto mais sofrimento causa o Espírito, mais necessidade de encarnações ele tem e, geralmente, são experiências dolorosas.
 Precisamos compreender, entretanto, que por maior o estrago que causamos, em prejuízo dos outros e em nosso próprio prejuízo, todos somos filhos de Deus e ninguém escapa da lei de evolução. O assassino de ontem pode ser o homem de bem de hoje, pois, todos somos passíveis de mudança e aperfeiçoamento moral, através das múltiplas experiências, mais ou menos sofridas, que as leis da vida nos impõem. Por isso, Jesus deixou claro que Deus ama todos os seus filhos e, como todos somos irmãos, devemos amar até mesmo inimigos.

















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