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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

PENSAMENTO; CRER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Dirce Afonso veio com a seguinte questão: “Por que se costuma dizer que quem não vem ao Espiritismo pelo amor, vem pela dor? Quer dizer que seremos obrigados a ser espíritas?”
  Se há uma doutrina espiritualista que não impõe nada a ninguém e, mais que isso, uma doutrina que defende o direito de cada um escolher sua própria religião e seguir seu próprio caminho, e que não quer que ninguém venha a ela a não ser por livre consentimento, essa doutrina é o Espiritismo. Portanto, Dirce, fica descartada essa possibilidade de alguém ser obrigado a ser espírita. Isso simplesmente não existe.
 O Espiritismo não vai nem mesmo insistir para que alguém se torne espírita, pois não se trata de uma religião salvacionista, não se considera a única detentora da verdade ou o único e exclusivo caminho para Deus. A Doutrina Espírita não se atribui a si mesma qualquer poder de salvar quem quer que seja, pois sabe que o destino de cada um não depende de cor religiosa ou de qualquer outra condição social, mas de sua conduta diante do próximo, de Deus e de si mesmo, conforme os ensinos de Jesus que estão muito claros nos evangelhos.
  E mais ainda   (E ISTO É IMPORTANTE DIZER), se alguém, que se diz espírita, quiser impor o Espiritismo a outra pessoa, não é em nome do Espiritismo que está cometendo esse grave erro. Ninguém, absolutamente ninguém, está autorizado a falar de forma autoritária ou impositiva em nome da Doutrina Espírita. A chave desta questão, caro ouvinte, está nas obras de Allan Kardec, especialmente n’0 LIVRO DOS ESPÍRITOS, capítulo Lei de Liberdade. Infelizmente muita gente não gosta de ler e, por isso mesmo, alimenta e divulga uma visão distorcida da doutrina.
 “Vir por amor ou pela dor” é uma expressão que usa – até mesmo no  meio espírita - quando se quer referir a duas situações:  “vir por amor” quando a pessoa mesma faz uma opção pelo bem, seja abraçando determinada religião, seja se comprometendo com alguma ação em benefício do próximo. A outra expressão, “vir pela dor” é quando a pessoa é compelida a assumir um compromisso do qual ela sempre se esquivou e continua se esquivando. Neste caso, ela o faz não por escolha, mas por premente necessidade.
 No meio espírita, quando uma pessoa procura o centro para dirimir suas dúvidas sobre o significado da vida e, daí em diante, ela permanece nessa busca constante, lendo, assistindo palestras, estudante e praticando o bem, dizemos que essa pessoa veio por amor. Contudo se depois de ela relutar por muito tempo, só permanece no Espiritismo enquanto está passando por um grave problema, então dizemos que ela veio pela dor e não pelo amor.
  Na curta missão de Jesus de apenas três anos, para que as pessoas se interessassem pelos seus ensinamentos, muitas vezes ele as atraía oferecendo alívio e possibilidades de cura para alívio de seus males. Poucas vieram por livre e espontânea vontade ou porque se interessaram pela sublimidade de sua doutrina. A maioria ainda não estava pronta para compreender a sua mensagem. No entanto, mesmo entre aquelas algumas vezes curadas ou aliviadas de seus sofrimentos, algumas permaneciam com ele como seus discípulos e outras, tão logo se viam libertadas de seus problemas, esqueciam Jesus.
 No Evangelho encontramos o caso dos dez leprosos, que foram curados após a intervenção de Jesus, mas logo que se viram beneficiados afastaram-se, permanecendo apenas um deles que veio agradecer e seguir o novo caminho. “Vir por amor” é uma opção dos poucos mais amadurecidos para querer compreender as leis da vida e se tornarem grandes diante de si mesmos. 


















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