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terça-feira, 23 de abril de 2024

O INCRÍVEL CHICO XAVIER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Ramiro Gama, o autor do memorável LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER e CHICO XAVIER NA INTIMIDADE com ele trabalhou e registrou que ao seus mais intimos o poeta Hermes Fontes, dizia: -Pedi a Deus para vir aqui, feio, magro, pobre, baxo e poeta para falir menos.. As circunstâncias da vida o elevaram a condição de secretário particular de um Ministro de Estado, vendo-se rodeado de prestígio, caindo nas armadilhas do dinheiro e da glória, das tentações e das ilusões da matéria, que venceram sua feiura,sua gagueira e sua magreza. E a traição no casamento levaram-no ao suicídio. Sua história ligar-se ia a de Chico Xavier num daqueles fenômenos extraordinários envolvendo o incomparável médium. Num relato do jornalista, escritor e poeta e professor,Gilberto Campista Guarino, reconstui-se este momento incrível. |Acompanhemos sua narrativa:Centro Espírita Luiz Gonzaga. Cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Chico apressava-se para a reunião da noite, dentro em pouco. Nesse ínterim, já haviam chegado a Belo Horizonte duas senhoras muito distintas, travando relacionamento na classe médica da capital. Um médico havia que, por seu lindo caráter, seu conhecimento e sua cultura, chamava a atenção de todos. Era o Dr. Melo Teixeira. Ele, as duas senhoras e um terceiro médico resolveram excursionar por Belo Horizonte. Conversando animadamente, o automóvel rodou até Pedro Leopoldo. Uma das senhoras, ouvindo pronunciado o nome da cidade, perguntou se não era, porventura, a terra de Chico Xavier… O interpelado disse que, naqueles mesmos minutos iria ter início a sessão, no Luiz Gonzaga. Para lá se foram. Chegaram, entraram e o Dr. Melo Teixeira dirigiu-se a Chico, que não o conhecia. Apresentaram-se, em termos gerais, só declinando o nome o conhecido médico, os demais referidos como amigos. Chico, como de costume, após dizer-se honrado pela visita ilustre (o Dr. Melo declinara sua condição de catedrático de Psiquiatria, crítico literário), indicou os lugares para todos, lugares esses que se constituíam em vários bancos e toscos caixotes, sob um teto de palha e sobre um chão de tijolos, faceando grande mesa, coberta por toalha branca, trazendo o nome “Luiz Gonzaga”. O Dr. Melo Teixeira tomou assento à esquerda de Chico; referiu-se, para a direita, mostrando um lugar para a esposa do médico (Chico desconhecia inteiramente os lances do episódio); mais adiante, fulano e beltrano; cicrano, ainda à frente. Após o receituário, o médium grafou inúmeras mensagens, sob o desconfiado olhar do visitante, que se traía surpreso, diante de tal velocidade. O papel era de padaria, havendo diversos lápis com ponta muito bem feita. Chico pegava um lápis… deixava-o; pegava outro… deixava-o… enquanto alguém ia virando as folhas já psicografadas. Terminada a reunião, após a leitura de mensagens e receitas, Chico parou, virou-se, e disse, timidamente, ao Dr..— Dr. Melo, o senhor vai me perdoar, mas houve uma confusão muito grande, que eu não pude compreender…”“— Eu tenho aqui um soneto de Hermes Fontes, dirigido à sua viúva, que ele diz estar presente aqui, e ser aquela senhora.” (Apontou para aquela que ele, Chico, dissera ser a esposa do Dr. Melo).Tinha-se a impressão que uma pedra havia caído num imenso reservatório de água: as lágrimas jorraram dos olhos da infeliz senhora, comovendo a todos, e enchendo de espanto o recinto singelo e desataviado. O Dr. Melo, atônito, quase desconcertado, olhou para todos os lados e disse:Deixe-me ver o soneto, Chico…Leu-o, primeiramente, em silêncio. À medida que o fazia, todos pressentíamos em seu semblante indescritíveis emoções. A testa vincada, tinha lívido o rosto… Súbito, ele, que era um homem honesto e leal ao extremo, vira-se para o público, que era reduzido, e confessa, fortemente chocado, o que se segue:— Meus amigos… Se eu andasse atrás de uma prova definitiva, comprobatória mesmo do mediunismo, jamais a encontraria como a encontrei aqui, neste instante. Ela veio às minhas mãos, sem esforço algum. Eu não conhecia Chico Xavier; Chico Xavier não me conhecia, e muito menos sabia que a ilustre senhora que aqui se encontra é viúva do grande poeta Hermes Fontes. Vou ler o soneto, e quero dizer ainda aos amigos que, neste soneto, Hermes fontes faz referências ao seu autoextermínio, motivado por inúmeros problemas, envolvendo o desalento familiar. Preciso notar ainda: EU CONHEÇO TODA A OBRA DE HERMES FONTES, e a conheço muito bem. O estilo é cem por cento o do poeta inesquecível. Todas as características poéticas estão profundamente assinaladas na peça. Este soneto só poderia ter sido produzido pelo Espírito do nosso querido Hermes. Vou lê-lo, para cumprir um dever de honra.”E a voz ecoou, comovida, no pequeno recinto:( — Para X, que está na sala — )


Não condeno o teu dia de ventura,

Dessa ventura que eu antegozei

Em meus sonhos lindíssimos de rei,

Que em prazeres as mágoas transfigura.



 Eras a luz suave, terna e pura,

A encantadora estrela que eu amei,

Sonho divino, que idealizei

Em meu mundo de sombra e de amargura.



 A teu lado busquei amparo e um ninho,

Tomando, ávido, a mão que me estendeste,

Num grande e abençoado afeto irmão.



 E deixaste-me, só, no meu caminho…

Mas há nest’alma, que não compreendeste,

Uma fonte sublime de perdão.”

Hermes Fontes



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