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quinta-feira, 4 de abril de 2024

FALANDO DE REENCARNAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

A edição de março de 1862 da REVISTA ESPÍRITA reproduz uma comunicação transmitida por um Espirito não identificado através de um médium chamado Barão de Kock recebida na cidade de Haia, na Holanda em torno do tema REENCARNAÇÃO. Em nota complementar, Allan Kardec observa que não teve a honra de conhecer o médium, a publicando por concordar com todos os princípios do Espiritismo., não sendo produto de nenhuma influência pessoal. Pelo fato de ser bastante extensa selecionamos alguns argumentos importantes destacados pelo Espírito comunicante: A doutrina da reencarnação é uma verdade que não pode ser contestada; desde que o homem só quer pensar no amor, na sabedoria e na justiça de Deus, não pode admitir nenhuma outra doutrina. É verdade que nos livros sagrados só se encontram estas palavras: “Depois da morte, o homem será recompensado segundo suas obras”. Mas não se presta suficiente atenção a uma infinidade de citações, que vos dizem ser absolutamente inadmissível que o homem atual seja punido pelas faltas e pelos crimes dos que viveram antes de Cristo. (...) Se se quiser examinar a questão sem preconceito, refletir sobre a existência do homem nas diferentes condições da sociedade e coordenar essa existência com o amor, a sabedoria e a justiça de Deus, toda a dúvida concernente ao dogma da reencarnação deve logo desaparecer. Efetivamente, como conciliar esta justiça e esse amor com uma existência única, onde todos nascem em posições tão diferentes? Onde um é rico e poderoso, enquanto o outro é pobre e miserável? Em que um goza de saúde, ao passo que o outro é afligido de males de toda a sorte? Aqui se encontram a alegria e a vivacidade; mais longe, tristeza e dor; em uns a inteligência é mais desenvolvida; em outros, apenas se eleva acima dos brutos. Pode-se crer que um Deus todo amor tenha feito nascer criaturas condenadas por toda a vida ao idiotismo e à demência? Que tenha permitido que crianças na primavera da vida fossem arrebatadas à ternura dos pais? Ouso mesmo perguntar se se poderia atribuir a Deus o amor, a sabedoria e a justiça à vista desses povos mergulhados na ignorância e na barbárie, comparados às nações civilizadas, onde imperam as leis, a ordem, onde se cultivam as artes e as ciências? Não basta dizer: “Em sua sabedoria, Deus assim regulou todas as coisas.” Não; a sabedoria de Deus, que antes de tudo é amor, deve tornar-se clara para o entendimento humano. O dogma da reencarnação tudo esclarece. (...) A vida humana é a escola da perfeição espiritual e uma série de provas. É por isso que o Espírito deve conhecer todas as condições da sociedade e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina. O poder e a riqueza, assim a pobreza e a humildade, são provas; dores, idiotismo, demência, etc., são punições pelo mal cometido numa existência anterior. Do mesmo modo que pelo livre-arbítrio o indivíduo se encontra em condições de realizar as provas a que está submetido, também pode falir.





Pergunta do Jailson Rodrigues. Gostaria de saber mais sobre anjos da guarda. Será que essas histórias de anjos, que vemos no cinema e na televisão, podem ser verdadeiras?


Todos temos protetores espirituais, Jailson, e podemos chamá-los de “anjos da guarda”, ”espíritos guias”, “anjos protetores”, etc.. No entanto, como em tudo, há sempre um exagero na literatura e no cinema por parte de seus criadores, que encanta e impressiona o público. É claro que as coisas, geralmente, não acontecem exaamente como são mostradas através das artes. Os livros, os filmes e as telas dos artistas costumam exagerar as situações, dar-lhes um colorido muito especial, sobrecarregando as cores e os fatos através de espetáculos que dão destaque ao sobrenatural.


Já dissemos aqui que os protetores espirituais são como nossos pais, que cuidam de nós desde a infância e diminuem sua influência à medida que vamos crescendo e nos emancipando. No entanto, esses Espíritos, como os pais, não têm poderes mágicos como comumente se pensa. Eles geralmente estão numa condição moral um pouco melhor que a nossa, mas vibram na mesma faixa mental, comunicam-se conosco através do pensamento ou de outros encarnados que lhes servem de intermediários, de uma forma tão sutil e delicada que, de ordinário, não percebemos, de modo que eles não interferem em nosso livre-arbítrio.


Por outro lado, sua atuação depende sobretudo de nossas intenções e de nossas disposições íntimas para o bem ou para o mal. Os bons Espíritos nos procuram ajudar naquilo que realmente precisamos – ou seja, naquilo que é necessário, básico e fundamental para nossa vida. Não nos ajudam em coisas fúteis ou supérfluas. E, quando desviamos muito do bom caminho, eles podem até perder contato conosco, porque não conseguem sintonizar com o nosso pensamento; é quando damos lugar a outros Espíritos, que mais nos prejudicam do que nos ajudam.


Há muita lenda em torno de Espíritos e Anjos, que foram criadas pelo imaginário popular, situações que são retratadas em livros e filmes. Entretanto, atrás dessas lendas e mitos, sempre há um fundo de verdade, que perderia seu encanto, se fosse apresentado apenas como fatos comuns da vida cotidiana. A Espiritualidade influi em nossa vida, assim como nós influenciamos os Espíritos que vivem ou se relacionam conosco. Mas, como essa influência é um fato natural e não um fato extraordinário ou miraculoso, ela costumeiramente não aparece, a não ser em situações muito raras e especiais.





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