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segunda-feira, 29 de abril de 2024

A PRECE E O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Cada um é livre para encarar as coisas à sua maneira, e nós, que reclamamos essa liberdade para nós, não podemos recusá-la aos outros. Mas, do fato de que uma opinião seja livre, não se segue que não se possa discuti-la, examinar-lhe o forte e o fraco, pesar-lhe as vantagens ou os inconvenientes. Dizemos isto a propósito da negação da utilidade da prece, que algumas pessoas gostariam de erigir em sistema, para dela fazer a bandeira de uma escola dissidente. Essa opinião pode se resumir assim:

1- "Deus estabeleceu leis eternas, às quais todos os seres estão submetidos; não podemos nada lhe pedir e não lhe temos a agradecer nenhum favor especial, portanto, é inútil orar-lhe.

2-"A sorte dos Espíritos está traçada; é, pois, inútil orar por eles. Não podem mudar a ordem imutável das coisas, portanto, é inútil orar por eles.

3-"O Espiritismo é uma ciência puramente filosófica; não só não é uma religião, mas não deve ter nenhum caráter religioso. Toda prece dita nas reuniões tende a manter a superstição e a beatice."

A questão da prece foi, há muito tempo, discutida para que seja inútil repetir aqui o que se sabe a esse respeito. Se o Espiritismo proclama-lhe a utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar-lhe a eficácia e o modo de ação. Desde então que, pelas leis fluídicas, compreendemos o poder do pensamento, compreendemos também o da prece, que é, ela mesma, um pensamento dirigido para um objetivo determinado. Para algumas pessoas, a palavra prece não revela senão uma ideia de pedido; é um grave erro. Com relação à divindade é um ato de adoração, de humildade e de submissão ao qual não se pode recusar sem desconhecer o poder e a bondade do Criador. Negar a prece a Deus é reconhecer Deus como um fato, mas é recusar prestar-lhe homenagem; está ainda aí uma revolta do orgulho humano. Com relação aos Espíritos, que não são outros senão as almas de nossos irmãos, a prece é uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia; repeli-la, é repelir a lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente é em si mesma uma prece. Aliás, sabe-se que aqueles que sofrem a reclamam com instância como um alívio às suas penas; se a pedem, é, pois, que delatem necessidade; recusá-la é recusar o copo d'água ao infeliz que tem sede. Além da ação puramente moral, o Espiritismo nos mostra, na prece, um efeito de alguma sorte material, resultante da transmissão fluídica. Sua eficácia, em certas doenças, está constatada pela experiência, como é demonstrada pela teoria. Rejeitar a prece é, pois, privar-se de um poderoso auxiliar para o alívio dos males corpóreos. Vejamos agora qual seria o resultado dessa doutrina, e se ela teria alguma chance de prevalecer. Todos os povos oram, desde os selvagens aos homens civilizados; a isto são levados pelo instinto, e é o que os distingue dos animais. Sem dúvida, oram de uma maneira mais ou menos racional, mas, enfim, eles oram. Aqueles que, por ignorância ou presunção, não praticam a prece, formam, no mundo, uma ínfima minoria. A prece é, pois, uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades. Depois da prece, estando-se fraco, sente-se mais forte; estando-se triste, sente-se consolado; tirar a prece é privar o homem de seu mais poderoso sustento moral na adversidade. Pela prece ele eleva sua alma, entra em comunhão com Deus, se identifica com o mundo espiritual, desmaterializa-se, condição essencial de sua felicidade futura; sem a prece, seus pensamentos ficam sobre a Terra, se prendem cada vez mais às coisas materiais; daí um atraso em seu adiantamento.

Contestando um dogma, não se coloca em oposição senão com a seita que o professa; negando a eficácia da prece, melindra o sentimento íntimo da quase unanimidade dos homens. O Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do coração, e nas quais as consolações que se haurem na prece entram com uma grande parte. Uma seita que se fundasse sobre a negação da prece, privar-se-ia do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque em lugar de aquecer a alma, ela a gelaria; em lugar de elevá-la, a rebaixaria. Se o Espiritismo deve ganhar em influência, isto é aumentando a soma das satisfações morais que proporciona. Que todos aqueles que querem a todo preço novidade no Espiritismo, para ligar seu nome à sua bandeira, se esforcem para dar mais do que ele; jamais dando menos do que ele que o suplantarão. A árvore despojada de seus frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que aquela que deles está ornamentada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos adversários do Espiritismo: O único meio de matá-lo, é dar alguma coisa de melhor, de mais consolador, que explique mais e que satisfaça mais. E é o que ninguém ainda fez. ALLAN KARDEC (RE;1/1866)




Alguns dirigentes de sessões dizem que o médium, quando recebe o Espírito, está incorporado. É certo dizer isso? Será que o Espírito entra no corpo do médium para se comunicar?


Tradicionalmente, os dirigentes usam o termo “incorporação” para dizer que o médium está envolvido pelo Espírito. A palavra “incorporação” não exprime com precisão o que é a influência do Espírito, principalmente quando se trata de sessões mediúnicas, onde o papel do médium é transmitir a mensagem através da fala ou da escrita. Na verdade, o Espírito desencarnado não substitui o Espírito do médium naquele corpo, como à primeira vista se pode pensar. Sua ação sobre o médium é basicamente mental, ou seja, de mente para mente. A mente do Espírito atua sobre a mente do encarnado, e esta reage, falando ou escrevendo.


Contudo, há situações mais complicadas, como nos casos de obsessão violenta, também conhecida por “possessão”. Nestes casos, o Espírito de tal forma se identifica com o encarnado, que eles espiritualmente se confundem, dando a impressão de verdadeira possessão. Esse tipo de obsessão não acontece de forma instantânea; ele vem se configurando ao longo do tempo. É o que André Luiz descreve, por exemplo, no livro “SEXO E DESTINO”, quando o perispírito do vampirizador se confunde com o corpo de Cláudio, um personagem que se entregava compulsivamente à bebida.


Sabemos, no entanto, que a sede da individualidade não está no corpo, mas no espírito. O corpo é seu instrumento de ação e o controle do corpo se dá através do cérebro. São nos centros nervosos que os Espíritos atuam, através do pensamento, quando quer falar ou escrever. Convém saber, no entanto, que a simples aproximação de um Espírito depressivo, quando captada pelo inconsciente do médium, provoca-lhe uma sensação de depressão; ao contrário, a percepção de um Espírito alegre e feliz manifesta-se em impulsos de alegria.


Além do mais, devemos considerar que uma comunicação mediúnica não indica necessariamente a presença do comunicante no ambiente em que se encontra o médium. Um Espírito, dependendo de suas condições espirituais, pode se comunicar à distância, porque ele tem facilidade de localizar o médium e transmitir seu pensamento, mesmo não estando presente no local da manifestação



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