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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

PORQUE E COMO É POSSÍVEL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A chamada Codificação do Espiritismo teve obviamente em Allan Kardec seu grande responsável, razão pela qual, segundo o Espírito Irmão X na mensagem KARDEC E NAPOLEÃO psicografada pelo médium Chico Xavier e apresentada no livro CARTAS E CRONICAS (feb) renasceu na cidade de Lião, França, no dia 3 de outubro de 1803, Denizard Hipollite Léon Rivail. Muitos seguidores de suas ideias o municiaram de informações de fenômenos que testemunhavam em várias partes da Europa e algumas cidades do norte da África. Os próprios Espíritos Superiores que nos bastidores da invisibilidade davam sinais dessa atuação em grupos que foram surgindo antes mesmo do lançamento da primeira versão d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, em 1857. E o faziam através de médiuns pouco letrados, o que servia de confirmação da autenticidade do fenômeno. No número de julho de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, uma mensagem de Santo Agostinho serve de exemplo. Foi recebida na cidade de Sétif, na Argélia, e enviada por um membro da Sociedade Espírita de Paris chamado Sr Dumas, que explicou ter sido psicografada por um médium totalmente iletrado acrescentando que o sensitivo não conhecia o sentido da maioria das palavras e nos transmitindo o nome de dez pessoas notáveis que assistiram à sessão, o que mereceu de Allan Kardec o seguinte comentário –“Os médiuns iletrados, que recebem comunicações acima de seu alcance intelectual, são muito numerosos. Acabam de mostrar-nos uma página verdadeiramente admirável, obtida em Lyon por uma senhora que não sabe ler nem escrever e não conhece uma palavra do que escreve; seu marido, que quase não sabe mais que ela, o decifra por intuição durante a sessão, mas no dia seguinte isto lhe é impossível. As pessoas a lêem sem muita dificuldade. Não está aí a aplicação destas palavras do Cristo: “Vossas mulheres e vossas filhas profetizarão e farão prodígios?” Não é um prodígio escrever, pintar, desenhar, fazer música e poesia quando não se o sabe? Pedis sinais materiais: Ei-los. Dirão os incrédulos que é efeito da imaginação? Se assim fosse, seria preciso convir que tais pessoas têm a imaginação na mão, e não no cérebro. Ainda uma vez, uma teoria não é boa senão quando consegue explicar todos os fatos. Se um único fato vem contrariá-la, é que é falsa ou incompleta”. Explicando a razão de comunicações espirituais de conteúdo elevado ser recebida por médiuns de conduta discutível, Santo Agostinho, entre outras coisas diz: -“ Muitas vezes vos admirais ao ver faculdades mediúnicas, sejam físicas ou morais, que, em vossa opinião deveriam ser prova de mérito pessoal, em pessoas que, por seu caráter moral, estão colocadas abaixo de semelhante favor. Isto se prende à falsa ideia que fazeis das leis que regem tais coisas, e que quereis considerar como invariáveis. O que é invariável é o objetivo; os meios variam ao infinito, a fim de ser respeitada a vossa liberdade. (...). Deus emprega as faculdades e as paixões de cada um, e as utiliza em suas respectivas esferas, fazendo sair o bem do próprio mal. Os atos do homem, que vos parecem tão importantes, para ele nada são; aos seus olhos, é a intenção que faz o mérito ou o demérito”. Contudo adverte: -“Observai e estudai cuidadosamente as comunicações que recebeis; aceitai o que a vossa razão não rejeitar; repeli o que a choca; pedi esclarecimentos sobre as que vos deixam na dúvida”.


Vocês disseram que Jesus não concordou com todos os mandamentos recebidos por Moisés. Quais foram esses mandamentos?


É mais fácil dizer quais os mandamentos com que Jesus concordou plenamente. Praticamente seis que, aliás, ele citou, quando atendia ao moço rico, que queria segui-lo. Primeiro – “honrar pai e mãe”, referindo-se ao respeito e à gratidão que devemos ter para com os nossos pais. Segundo – “Não matar”, referindo-se ao valor sagrado da vida, que ninguém tem o direito de tirar. Terceiro – “Não adulterar”, que também faz parte de seu código moral, a fidelidade com que devemos cuidar de nosso relacionamento conjugal.


O quarto mandamento com que Jesus concordou plenamente - “ Não roubar”, que trata do respeito aos bens dos outros, da mesma forma com que queremos que respeitem os nossos. O quinto – “ Não dizer falso testemunho”, que significa “não mentir”, quando a mentira se transforma numa arma agressiva e perigosa, e até mortal. E, finalmente, o sexto mandamento - “Não desejar a mulher do próximo, nem cobiçar coisa alguma do próximo”, ou seja, um mandamento que vem reforçar outros dois já citados – o que condena o adultério e o que condena o roubo.


Todos esses preceitos morais Jesus sintetizou em dois preceitos que, na verdade, são um só: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “Amar o Próximo como a si mesmo”. Na verdade, amar a Deus e amar ao próximo são uma mesma coisa, uma vez que – como disse João – se não amamos o próximo, não amamos a Deus, pois o próximo é filho de Deus e é através do amor ao próximo que podemos manifestar o amor a Deus, já que não vemos a Deus, mas somente o próximo é que podemos ver.


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