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domingo, 19 de novembro de 2023

COMO SE ESTIVESSEMOS NA CONTRAMÃO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Alguém comenta: -“A situação do planeta deve-se ao aumento acelerado da população!”. Em opinião expressa em publicação espiritualista resgatada e preservada integralmente no livro SALA DE VISITAS DE CHICO XAVIER (eme), do pesquisador Eduardo Carvalho Monteiro, o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier, afirmou que “grandes imensidades territoriais, na América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho”. Mais à frente acrescentaria que “aqui mesmo, no Brasil, numa Nação com a capacidade de asilar novecentos milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos, os Espíritos reencarnados na Terra, mal estamos passando das faixas litorâneas”. O comentário expresso seis décadas atrás, somente merece retoque no aspecto das faixas litorâneas. O problema da escassez de alimentos somente pode se justificar pelo predomínio do egoísmo e do orgulho observado no comportamento humano. Porque se analisarmos a relação custo/benefício da posse de grandes extensões de terra apenas para lazer eventual em pequeno espaço que abrange, por vezes, alguns equipamentos como quadras e piscina; do apartamento de cobertura que abriga duas ou três pessoas; do suntuoso imóvel de revolucionárias linhas arquitetônicas incrustado em área rural acessado vez ou outra; do carro de alto preço e grande potência de uso limitado pelas leis de trânsito; entre outros aspectos, concluiremos pela irracionalidade e insensatez desses “sonhos de consumo”. A questão da alimentação necessária para a manutenção do corpo humano merece reflexão. Em livro do Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, encontramos que setenta porcento do que nutre a máquina física resulta da respiração, cabendo aos trinta porcento restantes a função de complementação sólida necessária pelos desgastes impostos pelas atividades desenvolvidas. Em outras palavras nosso apetite por dietas variadas satisfazem apenas nossos sentidos e não necessidades. A inteligência do homem desenvolveu tecnologias capazes de produzir alimentos em regiões desérticas, de extrair o sal da água do mar como mostram os grandes navios de cruzeiros marítimos. Analisando a questão do gozo dos bens da Terra nas questões 711 e 714ª d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a Espiritualidade explicou a Allan Kardec que o “direito do uso dos bens da Terra é a consequência da necessidade de viver, que esses atrativos servem para instigar o homem no cumprimento da sua missão e também para o provar na tentação, cujo objetivo é desenvolver a razão que deve preservá-lo dos excessos, advertindo que o homem que procura nos excessos de toda espécie um refinamento dos seus gozos, é uma pobre criatura que devemos lastimar e não invejar, porque está bem próximo da morte física e moral”, ao que Kardec comenta que “esse indivíduo coloca-se abaixo dos animais, pois estes sabem limitar-se à satisfação de suas necessidades e que tal criatura abdica da razão que Deus lhe deu para guia e quanto maiores forem seus excessos, maior é o império que concede à sua natureza animal sobre a espiritual, sendo as doenças, a decadência, e apropria morte, as consequências do abuso, constituindo uma punição da transgressão da Lei de Deus”. No mesmo capítulo lei de conservação, da obra citada, encontramos que a Terra é capaz de produzir o necessário a todos os seus habitantes, sendo útil apenas o necessário, jamais o supérfluo”, acrescentando que “se ela não supre a todas as necessidades é porque o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário, não sendo a natureza a imprevidente, mas o homem que não sabe regular-se, devendo-se ao egoísmo dos homens que nem sempre fazem o que devem, a falta dos meios de subsistência que faltam a certos indivíduos, mesmo em meio da abundância que os cerca”. Pondera Kardec em observação adicional que “se a Civilização multiplica as necessidades também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida(...). A Natureza não poderia ser responsável pelos vícios da organização social e pelas consequências da ambição e do amor próprio”.




Eu gostaria de saber por que uma pessoa sofre mais que as outras? Parece que uma coisa ruim a persegue o tempo todo. Nem bem sai de um problema e vem outro mais complicado; até problemas de saúde ela tem. Será uma perseguição espiritual, de um mal que fizeram para ela? Será que ela está pagando dívidas de outra vida ou é mediunidade que precisa desenvolver? (Maria Dalva)


Pode não ser nada disso assim como pode ser tudo isso que você citou – e pode ser ainda mais. Embora a Doutrina Espírita deixe claro que a nossa vida atual também depende de vidas anteriores - e, mais ainda - que todos estamos sujeitos a influências espirituais negativas, na verdade, o caminhar da vida depende principalmente da forma como estamos caminhando. Há pessoas, que mesmo tendo uma pedrinha no sapato, que muito a incomoda no andar, não faz nada para se livrar dela. É uma escolha.


Não podemos mudar o passado, mas temos o poder de criar um futuro melhor, vivendo bem o presente. A grande maioria de nossos problemas atuais não advém propriamente do passado, mas depende sobretudo de nossa habilidade em viver agora, neste momento. Todos somos aprendizes na escola da vida. Devemos tirar lições de cada situação que vivemos, procurando nos aprimorar para viver melhor. Tudo, que acontece em torno de nós, nos convida a melhorar, corrigindo erros e assumindo atitudes mais adequadas às nossas próprias necessidades.


Jesus deu uma maravilhosa lição nesse sentido, quando proferiu o sermão da montanha. André Luiz classifica esse tipo de sofrimento como dor-evolução. É a dor do aprendizado que nos estimula a crescer. Entretanto, quando teimamos em continuar cometendo os mesmos erros ( ou contra os outros ou contra nós mesmos), o sofrimento perdura e aumenta. Não é possível que uma pessoa apenas sofra. E, se isso tende a acontecer, ela precisa tomar consciência de como está caminhando na vida. Talvez lhe falte humildade para reconhecer onde estão as falhas, como erra e o que deve fazer para melhorar.


Respondendo a uma questão de Kardec nesse sentido, os Espíritos lhe disseram que Deus não castiga ninguém, que cada um de nós é responsável pelo próprio sofrimento, seja em que circunstância for. Muitos de nós ainda não desenvolveram um mínimo de habilidade para viver e, principalmente, para conviver bem. Seus erros são elementares, estão nas suas mínimas atitudes, nos mínimos gestos – muitas vezes, esses erros estão na falta de cuidados que devem ter consigo mesmo. Por isso, o sofrimento demasiado e uma vida cheia de dificuldades e transtornos.







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