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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

LONGA, ACELERADA, MAS, ARDUA CAMINHADA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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-“A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases”. O comentário faz parte de mensagem assinada por um Espírito chamado Dr. Barry e foi inserida por Allan Kardec no capítulo final do livro A GÊNESE. Considerando a informação “há quase um século”, conclui-se que o programa objetivando a elevação do Planeta Terra na escala dos mundos, alcançando a condição de Mundo de Regeneração iniciou-se por volta de 1755, introduzindo na Humanidade terrena Espíritos que voluntariamente deixaram sociedades mais evoluídas dentre as distribuídas pelas “muitas moradas na Casa do Pai”, para aqui vir e colaborar no progresso observado nas revoluções politicas, sociais, industriais, tecnológicas surgidas nos últimos dois séculos. Na seção ESTUDOS MORAIS da edição de julho de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec comenta matéria divulgada em publicação da época lida e comentada em reunião da Sociedade Espírita de Paris sobre pequena localidade existente na Floresta Negra, onde se notava o modelo do Mundo Futuro em miniatura. Depois de reproduzir breve mensagem psicografada pelo Espírito Lamennais, através da médium Sra Didier, Kardec formula interessante comentário do qual destacamos alguns pontos que nos permitem entender a dimensão dos problemas atuais: -“Qual a causa da maior parte dos males da Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoísmo mata a benevolência, a condescendência, a indulgência, o devotamento, a afeição desinteressada e todas as qualidades que fazem o encanto e a segurança das relações sociais. Numa sociedade de egoístas não há segurança para ninguém, porque cada um, apenas buscando o próprio interesse, sacrifica sem escrúpulo o do vizinho. Muitas criaturas se julgam perfeitamente honestas, porque incapazes de assassinar e de roubar nas estradas; mas será que aquele que, por cupidez e severidade, causa a ruína de um indivíduo e o impele ao suicídio, reduzindo toda uma família à miséria, ao desespero, não é pior que um assassino e um ladrão? Assassina em fogo brando; e porque a lei não o condena e os semelhantes aplaudem sua maneira de agir e sua habilidade, crê-se isento de censuras e marcha de fronte erguida! Assim os homens estão sempre desconfiados uns dos outros; sua vida é uma ansiedade perpétua; se não temem o ferro, nem o veneno, são alvo das chicanas, da inveja, do ciúme, da calúnia, numa palavra, do assassinato moral. Que seria preciso fazer para cessar esse estado de coisas? Praticar a caridade. Tudo está aí, como diz Lamennais. A comuna de Koenigsfeld oferece-nos em miniatura o que será o mundo quando for regenerado. O que é possível em pequena escala sê-lo-á em grande? Duvidar disto seria negar o progresso. Dia virá em que os homens, vencidos pelos males gerados pelo egoísmo, compreenderão que seguem caminho errado, e quer Deus que eles o aprendam à própria custa, porque lhes deu o livre-arbítrio. O excesso do mal lhes fará sentir a necessidade do Bem e eles se voltarão para este lado, como para a única âncora de salvação. (...)Tendo a Terra chegado a uma de suas fases progressivas basta não mais permitir aos Espíritos atrasados de aqui reencarnarem, de modo que, à medida que se forem extinguindo, Espíritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado.




Helena Lourenço de Araújo Gonçalves, professora Leninha, nos trouxe a seguinte questão: como explicar o medo da morte em pessoas que trabalharam e lutaram a vida toda, que demonstraram coragem e até ousadia e que, chegando próximo à sua hora final, se apavoram.


Nenhum de nós pode garantir que, no momento extremo desta vida, se mantenha calmo e confiante, Leninha. A morte, de fato, ainda representa para o ser humano o maior de todos os medos; é dele que geram todos os outros. Ela faz parte do mecanismo da vida, que nos leva a valorizar esta existência e não querer partir, assim, com tanta facilidade. Devemos preservar a nossa vida com dignidade e com amor no coração.


A Doutrina Espírita procura nos conscientizar, entretanto, que a morte não é o fim, que a vida continua numa outra dimensão e que, por isso, não precisamos nos apavorar tanto. Com certeza, no momento decisivo, a par da tristeza que deixamos deste lado, teremos entes queridos nos aguardando do lado de lá. Infelizmente, a tradição religiosa, ao longo de muitos séculos em que estivemos reencarnando na Terra, gerou em nosso inconsciente mais profundo uma expectativa tenebrosa diante da morte, razão pela qual ainda hoje manifestamos tanto pavor com a sua aproximação.


Para o Espiritismo, a fim de que possamos encarar a morte com resignação e mais serenidade, precisaríamos contar com, pelo menos, duas condições essenciais: ter certeza de que a vida continua e ter, sobretudo, a consciência tranqüila. Talvez, a primeira condição – saber da continuidade da vida - não seja tão difícil assim: a maioria das pessoas tem essa expectativa, se bem que nem todas com grande convicção. Então, resta a tranqüilidade de consciência, que é sempre a condição moral mais difícil.


E quem pode assegurar que tem a consciência plenamente tranqüila? Sempre vamos achar que fizemos alguma coisa que não devíamos ter feito ou que não fizemos o que tínhamos de fazer. Sempre vamos achar que não agíamos com respeito, honestidade ou lealdade com alguém, ou que traímos a confiança de uma pessoa que nos amou – ou mesmo que alguém sofreu por nossa causa. O problema, portanto, está principalmente nesse ponto nevrálgico, já que a morte é um momento singular, onde cada um vai se encontrar consigo mesmo, prestando contas e sendo julgado pelo tribunal da própria consciência.


Por isso é necessário, importante e fundamental que cuidemos de nossa consciência moral, que possamos ser mais coerentes com os princípios em que dizemos acreditar, que sejamos mais fieis aos idéias de vida e valorizemos sobretudo as pessoas, mais do que as coisas, que valorizemos mais o espírito que a matéria. Tudo isso significa, acima de tudo, exercitar mais o afeto, aceitar mais as pessoas, romper com barreiras do orgulho, do preconceito e do egoísmo. É o que vai nos ajudar a viver melhor, a cada dia, pois a morte é o corolário da vida e, por isso, deve representar o coroamento de nossa existência.

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