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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

QUANDO A CONSCIÊNCIA SE ILUMINA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Objetivo final da caminhada do Ser, a evolução espiritual é um processo lento e difícil. Tanto maior quanto, em suas reencarnações, mais próximo está o Espírito das faixas primárias. E, voltar ao corpo sucessivas vezes é uma ideia abominada pela maioria, ignorante quanto a sua finalidade. O próprio Allan Kardec confessa que diante das revelações apresentadas pelos Espíritos sobre a reencarnação, preferiu ser cauteloso. Escreveu ele: -“Foi assim que procedemos com a doutrina da reencarnação, que não adotamos, embora vinda dos Espíritos, senão depois de havermos reconhecido que ela só e só ela, podia resolver aquilo que nenhuma filosofia jamais havia resolvido”. Durante muitas das experiências no corpo físico, prevalecem os instintos, reflexos que nos fazem buscar saciar predominantemente as necessidades de sensações nos campos do estomago e do sexo. A consciência de si mesmo é fruto de inúmeras passagens pelo chamado Plano Material, estágio estimado por Kardec talvez só após a centésima ou milésima encarnação”, analogamente ao que “ se dá com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. Quando fixados valores mais significativos no âmbito dessa consciência, passa a individualidade a interferir na formatação das existências futuras. Exemplo disso nos é oferecido por matéria incluída na pauta da REVISTA ESPÍRITA de julho de 1863, sob o título Uma Expiação Terrestre. Refere-se a morte em 1850, numa aldeia da Baviera – hoje, um dos Estados da Alemanha -, de um velho quase centenário, conhecido como Pai Max. Ninguém sabia, ao certo, sua origem, pois não tinha família. Durante mais de meio século, abatido por enfermidades que o impossibilitavam de ganhar a vida pelo trabalho, não tinha outro recurso senão a caridade pública, que dissimulava indo vender em fazendas e castelos, almanaques e pequenos objetos. Tinham-lhe dado o apelido de Conde Max e as crianças o chamavam Senhor Conde, com o que sorria sem se formalizar. Por que tal título? Ninguém saberia dizer: já era hábito. Talvez pela sua fisionomia e maneiras, cuja distinção contrastava com seus trapos. Vários anos após sua morte, apareceu em sonho à filha do dono de um dos castelos, onde era hospedado na cavalariça, pois não tinha domicílio. E lhe disse: -“Obrigado por terdes lembrado do pobre Max em sua preces, pois foram ouvidas pelo Senhor. Desejais saber quem sou eu, alma caridosa que vos interessastes pelo infeliz mendigo? Vou satisfazer-vos. Será para todos uma grande instrução”. E contou: “-Um século e meio antes era um rico e poderoso senhor desta região, mas vão, orgulhoso e enfatuado de minha nobreza. Minha imensa fortuna jamais serviu senão para os meus prazeres, e apenas bastava, porque era jogador, debochado e passava a vida em orgias. Meus vassalos, que julgava criados para meu uso como animais de fazenda, eram oprimidos e maltratados para contribuir para as minhas prodigalidades. Ficava surdo às suas lamentações, como às de todos os infelizes e, em minha opinião, deviam sentir-se honrados de servir aos meus caprichos. Morri em idade pouco avançada, esgotado pelos excessos, mas sem haver experimentado nenhuma verdadeira desgraça”. Segue contando que objeto de funerais suntuosos, apesar dos lamentos dos vivedores como ele, nem uma lágrima caiu em sua sepultura, nem uma prece de coração subiu a Deus por ele e sua memória, amaldiçoada por todos aqueles cuja miséria havia agravado. O tempo calculado em vários anos, impôs-lhe padecimentos atrozes, vendo-se à frente de suas ameaçadoras vítimas quando da morte de cada uma delas. Os que se lhe diziam amigos, fugiam, parecendo dizer com desdém: - Não podes mais pagar nossos prazeres. Fatigado, sem ver termo a sua rota, exclamou: Meu Deus tende piedade de mim!”. Então, uma voz, a primeira que ouvia desde que deixou a Terra, lhe disse que seu sofrimento se interromperia quando se arrependesse e humilhasse diante daqueles que humilhou, pedindo que intercedessem por ele, porque a prece do que perdoa é sempre agradável a Deus. Efetivamente, suas ações fizeram com que os rostos de suas vítimas fossem desaparecendo um a um. Alguns anos depois, nasceu de novo, mas desta vez em família de pobres camponeses. Órfão criança, ficou só, sem apoio, ganhando a vida como pode, ora como trabalhador, ora como criado, sempre honestamente. Aos quarenta anos, uma doença o tornou entrevado de todos os membros e teve de mendigar por mais de cinquenta anos nas mesmas terras das quais tinha sido senhor absoluto; que receber um pedaço de pão nas fazendas que tinham sido suas e onde, por amarga ironia, o tinham apelidado Senhor Conde, sentindo-se feliz com um abrigo nas cavalariças do castelo que fora seu, sonhando muitas vezes, percorrendo o castelo, o meio e sua antiga fortuna, visões que lhe deixavam ao despertar, indefinível sentimento de amargura e pesar.



Gostaria de saber o seguinte. Quando a gente tem inveja de uma pessoa que conseguiu destaque, e a gente quer conseguir a mesma coisa que ela, isso é ruim? Então, se for ruim, não devo admirar ninguém? Mas, se isso for bom, então a inveja não é tão ruim como se costuma dizer, não é mesmo? ( Luciana Maria)

Não vemos que necessariamente exista inveja no fato de você admirar uma pessoa por algo que ela conquistou e tampouco em querer atingir a mesma meta que ela atingiu, Luciana. Pelo contrário, parece que a realização de uma pessoa, desde que seja uma coisa boa que ela conseguiu, é sempre positiva quando estimula outros a procurar fazer o mesmo. Neste caso, você não deveria usar a palavra “inveja”, mas, sim “admiração”.

A admiração, Luciana, é um bom sentimento; a inveja, não. A admiração faz bem à nossa saúde mental, porque nos dá conforto e esperança; a inveja é um fator de sofrimento moral, porque nos machuca por dentro e nos deixa arrasados. Na admiração, aplaudimos a conquista de alguém; na inveja desejamos que esse alguém não seja feliz com o que conquistou.

E quando é que existe inveja? Você perguntaria. Quando nos sentimos ofendidos com a realização do outro, quando sua conquista nos incomoda, nos perturba, nos fazer sofrer, atinge o nosso orgulho e fere o nosso egoísmo. É quando nos sentimos injustiçados ou passados para trás. Geralmente, a inveja nos leva a criticar a pessoa e a desmerecer o benefício que ela conseguiu.

A inveja pressupõe que não concordamos com sua vitória e, ainda, que gostaríamos que o prejuízo dela viesse para nós. É um sentimento egoísta e maldoso, bastante desconfortável. Aqui entra um pouco do que chamamos de “cobiça”, irmão da inveja. Veja, portanto, que existe uma diferença fundamental entre o fato de você admirar alguém e se inspirar nessa pessoa para conseguir seu objetivo e o fato de se revoltar, inconformado, contra ela.

Como já dissemos, a admiração nos deixa uma sensação de conforto e de paz, de respeito e de justiça em relação ao outro. Contudo, a inveja só nos faz sofrer, prejudicando nossa autoestima e nos colocando para baixo, na medida em que começamos a nos convencer de que a felicidade existe para o outro e não para nós. Desse modo, Luciana, a inveja nunca prejudica a pessoa invejada; ela só prejudica mesmo o invejoso.




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