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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

MEDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Medo de crescer, medo do castigo dos pais, medo do resultado da prova para qual não se estudou, medo do vestibular, medo de viver, medo de morrer, medo da solidão, medo da separação, medo da perda de alguém querido, medo do desemprego, medo, medo, medo... Embora nem sempre verbalizado, sensações como as elencadas, ocorrem na vida da maioria das pessoas. Fatores os mais variados podem ser apontados como determinantes de tais vivencias. Trata-se, naturalmente, de repercussões exteriores dos conflitos interiores que refletem a condição momentânea dos Espíritos em evolução. O problema ultrapassa as barreiras vibratórias que delimitam o chamado Plano Material. Tanto que na obra NOSSO LAR, o médico identificado como André Luiz espanta-se quando a Benfeitora Narcisa fala no capítulo 42, sobre organizar programas com exercícios adequados contra o medo a serem utilizados nas novas escolas de assistência no Auxílio e núcleos de adestramento na Regeneração. O objetivo era o adestramento coletivo de trinta mil trabalhadores adestrados no serviço defensivo da Colônia que contava à época (1939) cerca de um milhão de abrigados. Em comentário específico, Narcisa explicou ser “elevada a porcentagem de existências humanas estranguladas simplesmente pelas vibrações destrutivas do terror, tão contagioso como qualquer moléstia de perigosa propagação. Classificamos o medo como dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas”. A preparação urgente de tão grande número de colaboradores para proteger a Colônia devia-se às ameaças decorrentes dos efeitos da grande Guerra que se iniciava em nossa Dimensão, gerando vibrações mento-emocionais de insegurança e intranquilidade dos encarnados e desencarnados atingidos direta ou indiretamente pelas mesmas. O problema do medo também se manifesta entre os que se preparam para voltar para o Plano em que nos encontramos, como revelado na abordagem do caso incluído no livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (feb,1945). Vencidas dificuldades operacionais para possibilitar a reencarnação de um personagem apresentado como Segismundo, o mesmo mergulha num clima de medo diante do programa que preparado para que ele se liberasse de comprometimentos assumidos passionalmente num relacionamento afetivo com mulher comprometida um século antes, exigindo a assistência terapêutica do Instrutor Alexandre a fim de não frustrar os planos em andamento. Em outras abordagens André Luiz expõe situações de medo resultante de desequilíbrios causados por processos de influenciação espiritual conhecidos entre os estudiosos da mediunidade como obsessão, causada pela presença e influência de desencarnados ligados a encarnados com eles comprometidos em outras encarnações, o que facilita até certo ponto a ação dissimulada pelo sem fio do pensamento invariavelmente vulnerável pela falta de postura mental mais equilibrada por parte da “vítima”. O Espírito Emmanuel através de Chico Xavier faz apreciações curiosas sobre a origem do medo em nós. Tecendo algumas reflexões sobre a o versículo dez do capítulo dois do APOCALIPSE do Apóstolo João“Nada temas das coisas que hás de padecer” -, diz que o sofrimento de muitos homens, na essência, é muito semelhante ao do menino que perdeu seus brinquedos. Numerosas criaturas sentem-se eminentemente sofredoras, por não lhes ser possível a prática do mal; revoltam-se outras porque Deus não lhes atendeu aos caprichos perniciosos”, concluindo: -“Não temamos, pois, o que possamos vir a sofrer. Deus é o Pai magnânimo e justo. Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas e toda corrigenda aperfeiçoa”.


A gente vê que os políticos só estão interessados neles mesmos e é isso que acarreta tão sofrimento para o povo. Até quanto vamos ter de agüentar tudo isso? Será que os Espíritos Superiores não podem fazer alguma coisa para mudar essa situação? (Alexandre)


Recentemente, respondemos uma pergunta parecida com esta. Dissemos, na ocasião, que a vida política de uma nação reflete os problemas da própria nação, as dificuldades e limitações que o povo ou cada um de nós traz em si mesmo. Assim, não podemos eleger políticos que não existem, mas somente aqueles que temos e que certamente fazem parte do povo. Contudo, temos de convir que, entre os políticos, como entre todos os segmentos da sociedade, existem pessoas bem e mau intencionadas, mas infelizmente o mal ainda predomina no seio da humanidade.


O progresso moral é muito mais espinhoso e demorado do que o progresso intelectual, pois reflete a realidade de cada um de nós. Temos imensa dificuldade de amar e, portanto, de participar na solução dos problemas da coletividade. Sem essa prática, demoramos muito para melhorar; e a sociedade mais ainda, pois a sociedade é o conjunto dos indivíduos. Os mais afoitos, e nem sempre os mais bem intencionados, procuram soluções e criam associações, como forma de ação organizada. Daí as instituições sociais, inclusive os partidos políticos. Mas essas instituições, como cada um de nós, estão eivadas de imperfeições e acabam refletindo, na prática, a fraqueza e a limitação de cada cidadão.


De um modo geral, as instituições - família, escola, igreja, partido político, clubes, associações, sindicatos, etc. – embora devessem servir de meio para defender a causa de todos, elas acabam tendo fim em si mesmas, e só trabalham em torno de interesses próprios. Mas isso por causa do egoísmo humano, ainda predominante no seio dessas instituições. Damos demasiado valor a nós próprios e somente ao que é nosso, contribuindo para que a sociedade seja mais competitiva do que cooperativa, mais egoísta do que solidária. Do mesmo modo, os partidos vivem se digladiando entre si para a conquista e manutenção do poder, deixando de trabalhar seriamente pelo interesse dos cidadãos, que deveria ser a meta maior.


Por outro lado, os Espíritos, que são os seres humanos desencarnados, também fazem parte da humanidade e, invariavelmente, estão envolvidos nos mesmos interesses. Os mais esclarecidos e moralmente superiores também encontram as mesmas dificuldades que os bons cidadãos e os bons políticos encontram aqui na Terra, para romper com as barreiras do egoísmo e os males da corrupção. Eles não têm poderes mágicos para transformar as pessoas, mas, com certeza, estão fazendo o máximo para influenciar a sociedade, no sentido de que uma concepção mais elevada1 de vida – onde predominem o amor e a solidariedade – possa se instalar um dia na Terra.


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