faça sua pesquisa

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

CIDADES NO PLANO ESPIRITUAL ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Sacerdote inglês, George Vale Owen levou 25 anos para se convencer de que a comunicação dos Espíritos era um fato verdadeiro e bom, construindo no período de um mês – entre 23 de setembro e 31 de outubro de 1913, uma incrível obra falando do Mundo Espiritual de forma objetiva e rica em detalhes. O processo a escrita automática por inspiração psicográfica, calculando que as 29 comunicações vertidas para nosso Plano tenham surgido na base de 24 palavras por minuto. Conta que o início se deu a partir de orientação recebida por sua esposa em comunicação através da prancheta de que “deveria sentar-se, calmamente, com o lápis na mão e receber todos os pensamentos que viessem à sua mente, projetados por uma personalidade externa e não originados do exercício do seu próprio Espírito”. Relutando por longo tempo, convenceu-se, por fim, de que amigos que estavam próximos, desejavam ardentemente falar-lhe. Na última mensagem recebida, soube ter sido variável o número de entidades espirituais que o assistiam em seu trabalho mediúnico, que acabou resultando no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb, 1921), compilação das mensagens publicadas pelo magnata da comunicação inglês Lord Northcliffe, em um dos seu jornais. A princípio acionado por sua mãe que havia desencarnado quatro anos antes, foi consecutivamente utilizado por ASTRIEL (Regiões Inferiores do Céu), ZABDIEL (Altas Regiões do Céu), LEADER (Os Mistérios do Céu), cada um deles dando oferecendo informações sobre as áreas em que viviam. Destacamos alguns desses informes que expressam as surpreendentes revelações contidas no livro: 1- “É a Terra aperfeiçoada. (...) O que chamais quarta dimensão, até certo ponto existe aqui, mas não podemos descrevê-la claramente. Nós temos montes, rios, belas florestas e muitas casas; tudo foi preparado pelos que nos precederam”. 2- “Avistamos a cidade e descemos em frente à porta principal, pela qual penetramos na principal rua. Esta cortava toda a cidade e saía em outra porta do lado oposto. De cada lado desta rua larga havia grandes casas ou palácios, em terrenos espaçosos. Quando vínhamos em direção à cidade notamos diversas pessoas trabalhando nos campos e, também, muitos edifícios que não eram evidentemente residências, mas tinham algum fim útil. Agora que estávamos dentro dos seus muros, vimos a perfeição, tanto das construções como da horticultura. Cada casa tinha um jardim típico, em harmonia com ele, tanto na cor quanto no formato”. 3-A ponte sobre o abismo, entre as esferas de luz e de trevas, foi construída e ela é toda da mesma cor. Na parte mais afastada, está envolta em trevas e ao emergir gradualmente em direção à região de luz, toma uma cor cada vez mais brilhante”. 4- “Estas regiões são muito extensas e a ponte é mais um trecho de terreno do que uma ponte, e esta é a melhor comparação que me ocorre. Como vi, apenas, pequena parte destas esferas, só me refiro ao que sei. Provavelmente há outros precipícios e pontes; grande número deles”. 5- (A casa) é muito bem acabada, interna e externamente. Dentro possui banheiros, um salão de música e aparelhos registradores do nosso trabalho. É um edifício amplo. (...) Tudo é de tal forma extraordinário que, não sei não se acreditaria como não se compreenderia (...). As árvores, são verdadeiras árvores, e crescem como na Terra, porém estão de acordo com os edifícios”.



Esta questão foi colocada por uma ouvinte, que não quer se identificar. Assim, ela expõe seu problema, dizendo: “Quando a gente sofre uma ingratidão, como eu sofri - que partiu de uma pessoa da família que eu muito considerava – parece que o coração da gente fica mais duro e que, daí em diante, a gente não dá mais tanto valor ao sentimento. Eu pergunto: para que serve a ingratidão na vida de uma pessoa, se ela fica assim tão amarga e tão desconfiada dos outros?”


Nenhuma experiência que temos na Terra é inútil, por mais dolorida que seja. Ela sempre serve para alguma coisa, embora – é claro – nenhum de nós queira sofrer. A ingratidão, sem dúvida, é uma das experiências mais sofridas, até porque o ingrato é sempre uma pessoa próxima a quem servimos, quase sempre, nos seus momentos mais difíceis. Fica difícil para nós, ao recebermos uma ingratidão, entender como isso foi possível, como que alguém – a quem já beneficiamos – teve coragem de se insurgir contra nós, ou nos prejudicando, ou nos ignorando em nos piores momentos.


Contudo, essa experiência dolorosa, na caminhada do Espírito, sempre tem um papel importante, como o remédio amargo ou a cirurgia de grande risco para a recuperação do paciente. Saber que sofremos por causa de nossas próprias necessidades de crescimento espiritual é, sem dúvida, um grande consolo. Na questão 937 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao serem indagados sobre ingratidão, os Espíritos dizem a Kardec que a ingratidão é uma prova para a nossa persistência no bem; ela nos será levada em conta, e aqueles que foram capazes de praticá-la responderão pela gravidade do ato, mais cedo ou mais tarde. É por isso, dizem os Espíritos que o bem deve ser feito apenas pelo bem e nunca esperando retribuição, como disse Jesus, quando afirmou: “Não saiba a vossa mão esquerda o que faz a direita”.


Quando fazemos o bem, esperando recompensa, corremos o risco de nos decepcionarmos com as pessoas a quem ajudamos, razão pela qual, quando fazemos o bem a alguém, nunca devemos contar com nenhuma recompensa ( nem mesmo com o reconhecimento), nem mesmo quando se trate de nossos filhos. A recompensa, que devemos sempre buscar, é a satisfação de podermos ser úteis, de podermos servir os outros na hora da necessidade, de podemos fazer alguém feliz ou menos infeliz. Essa satisfação deve nos acompanhar sempre, agora e depois, nesta e na outra vida, independente do fato de sermos reconhecidos ou não por aqueles a quem ajudamos.


Desse modo, conforme os ensinamentos do grande Mestre da Humanidade, sempre que sofrermos os efeitos de um ato de ingratidão, para não sofrermos demasiado pelo mal que nos atinge, devemos ter como lema que “é melhor ser prejudicado do que prejudicar”, “é melhor ser vítima do que algoz”, “é melhor ter feito o bem e recebido o mal do que ser agente de um ato tão baixo como uma ingratidão”. É melhor para o nosso crescimento, porque todos nós, no longo transcurso de nossa evolução, assim como fez Jesus, precisamos aprender a lidar com nossos sentimentos e, por mais que soframos, devemos saber colocá-los sempre a nosso favor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário