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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ARQUEOLOGIA ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Num curioso livro intitulado DIÁLOGOS INICIÁTICOS (1922) que, reproduzindo várias conversas entre um Mestre um Discípulo, revela informações extremamente interessantes sobre as tradições esotéricas, encontram-se informações que podem complementar outras inseridas nas obras MEMÓRIAS DE UM SUICÍDA (feb,1953) de Camilo Carlos Botelho pela médium Yvonne Amaral Pereira e BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO (feb,1938) de Humberto de Campos por Chico Xavier. Trata-se de informações relacionando a raça negra e os tristes fatos da escravidão a que foram submetidos no continente americano durante vários séculos. Do primeiro trabalho, destacamos os seguintes dados: A raça que chegou primeiro a ter uma civilização foi a negra, cujo berço é a África, uns dez mil anos antes de Cristo. Os negros constituíram poderosos reinos e até conquistaram a Arábia, a Pérsia e a Índia, subjugando seus aborígenes amarelos, instalando-se em todo sul da Europa, onde tinham vencido os colonos vermelhos, adaptando, porém, as suas artes e cultura. A Civilização negra consistia no conhecimento do Plano Astral, na prática da Magia e na força militar. Houve muitas guerras entre negros e brancos, e, depois de vários revezes, os brancos saíram vencedores expulsando os negros da Europa. Durante o período de seu domínio, os Negros tratavam os brancos e amarelos como escravos, empregando-os nos trabalhos pesados de construções muitas das quais de dimensões gigantescas. O nome geral aplicado aos brancos das épocas mais remotas era Celtas, sendo sua terra, a Céltida, que abrangia toda a Europa, Central e Ocidental. Tendo sido expulsos de quase todas as costas da Europa, os Gian-bien-Gian, isto é, os Negros, ainda continuavam senhores da Ásia e da África. A sua metrópole tinha sido a Etiópia, e, depois que esta desapareceu, os Negros transpuseram o centro do seu domínio para a Índia”. Curiosamente em 8 de maio de 2008, a  Universidade de Hamburgo anunciou oficialmente que arqueólogos alemães, depois de uma pesquisa comandada pelo professor Helmut Ziegert, descobriram os restos do palácio da Rainha de Sabá, datados do século X a.C., em Axum (Aksum), uma cidade sagrada da Etiópia, sob um antigo palácio real. A rainha de Sabá  foi, na Torá, no Antigo e no Novo Testamento, no Alcorão, na história da Etiópia e do Iêmen, uma célebre soberana do antigo Reino de Sabá, reino mais poderoso da Arábia Feliz.. Mas, vamos ao conteúdo do capítulo 3, segunda parte, do MEMÓRIAS DE UM SUICÍDA. Com a palavra o personagem Epaminondas de Vigo: -“Entre os escravos que, sob os céus do Cruzeiro, choraram, vergados sob o trabalho excessivo, famintos, rotos, doentes, tristes, saudosos, desesperados, frente à opressão, fadiga, maldade, nem todos traziam os característicos íntimos da inferioridade, como bastas vezes foi comprovado por testemunhas idôneas; nem todos apresentavam caracteres primitivos! Grandes falanges de romanos ilustres, do Império dos Césares; de patrícios orgulhosos, de guerreiros altivos, autoridades das hostes de Diocleciano. Como de Adriano e Maxicêncio, dolorosamente arrependidas das monstruosas séries de arbitrariedades cometidas em nome da força e do poder contra pacíficos adeptos do Cordeiro, pediram reencarnações na África infeliz e desolada, a fim de testemunharem novos propósitos ao conato de expiações decisivas, fustigando, assim, o desmedido orgulho que a raça poderosa dos romanos adquirira com as mentirosas glórias do extermínio da dignidade e dos direitos alheios! Suplicaram, ainda e sempre corajosos e fortes, novas conquistas!. Mas, agora, nas pelejas contra si próprios, no combate ao orgulho daninho que os perdera! Suplicaram disfarce carnal, qual armadura redentora, em envoltórios negros, onde peadas fossem suas possibilidades de reação, e arvorada em suas consciências a branca bandeira da paz, flâmula augusta concedida pela reparação do mal! E os escravizadores de tantos povos e tantas gerações dignas, os desumanos senhores do mundo terráqueo, que gargalhavam enquanto gemiam os oprimidos; que faziam seus regalos sobre o martírio e o sangue inocente dos cristãos, expungiram sob o cativeiro africano a mancha que lhes enodoava o Espírito! Daí, a sublime resignação dessa raça africana digna, por todos os motivos, da nossa admiração e do nosso respeito, a passividade heroica que nem sempre se estribou na ignorância e na incapacidade oriunda de um estado inferior, mas também no desejo ardente e sublime da própria reabilitação espiritual!”.


Lendo os livros de Kardec, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por exemplo, a gente não encontra nenhuma informação que fale com detalhes sobre como é a vida no mundo espiritual – como os Espíritos vivem, como as casas, as cidades, a alimentação, as paisagens, etc. - mas a gente encontra isso tudo e muito mais nos livros de André Luiz, recebidos por Chico Xavier. Por que será que os livros de Kardec não dizem que existem colônias espirituais, como Nosso Lar?


De fato, você tem razão em dizer que, na obra de Kardec, só encontramos referencias gerais a respeito do mundo espiritual; já, em André Luiz, temos um farto material informativo em mais de uma dezena de obras, não apenas informações de como vive uma comunidade espiritual ( aliás, muito parecido com as comunidades humanas), como também temos relatos pormenorizados a respeito dos processos de obsessão, encarnação e desencarnação dos Espíritos, que vieram dar uma visão mais atualizada da vida espiritual, aplicando os conhecimentos científicos alcançados no século XX.


Do ponto de vista espírita, não é para se estranhar que isso tenha acontecido. Kardec foi quem lançou o Espiritismo em 1857; em suas obras encontramos as bases fundamentais e os princípios da Doutrina Espírita. Mas não temos nas obras de Kardec resposta pronta e conclusiva para todas as questões humanas, até por que o próprio Kardec disse que isso seria impossível. No entanto, ele deixou claro que o Espiritismo é uma doutrina progressista, que apenas estava iniciando naquele momento, mas não que terminaria com ele; avançaria sempre mais. Ela teria de progredir com o progresso da humanidade, principalmente com o progresso do conhecimento humano.


Com certeza, descrições como as que André Luiz faz da vida espiritual Kardec também deve ter recebido no seu tempo, mas ele deliberadamente não colocou em suas obras, por uma questão de cautela, pois sentiu que aquele não seria o momento apropriado para adiantar outras informações, pois poderia causar um impacto muito grande nos leitores e fazer muita gente desacreditar do Espiritismo. Na verdade, todas as informações que recebeu dos Espíritos passou por um crivo muito rigoroso, uma vez que um princípio da doutrina é que cada verdade deve vir a seu tempo. Além disso, Erasto, que era seu Espírito orientador, disse-lhe que era preferível rejeitar nove verdades a aceitar uma só falsidade.


Interessante, porém, é notar que descrições da vida espiritual, como as de André Luiz, já existiam até antes mesmo de Allan Kardec, e ele sabia disso. Podemos citar, por exemplo, as descrições do vidente sueco Emmanuel Swedenborg, do americano Andrew Jackson Davis, do filho desencarnado de Sir Oliver Lodge e do reverendo Owen . Todas elas, muito parecidas, revelavam muita coisa do que André Luiz veio apresentar somente a partir da década de 1940, ou seja, 100 anos depois. Allan Kardec, porém, muito cauteloso, não duvidou, mas também não endossou tais descrições de imediato, seguindo os preceitos estabelecidos pela equipe do Espírito de Verdade.







 

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