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terça-feira, 12 de maio de 2020

TRISTE E VERGONHOSO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Lançado em 1857, ampliado em 1860, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, inclui na abordagem sobre a Lei da Liberdade, o tópico Escravidão, sistema que contava com crescente movimento desde o início do século 19 para sua extinção. Em quatro respostas, a Espiritualidade Superior  esclarece que “toda sujeição absoluta de um homem a outro é contrária à lei de Deus, sendo a escravidão um abuso de força que desaparecerá com o progresso, como, pouco a pouco, desaparecerão todos os abusos”. Disseram ainda que mesmo pertencente aos costumes do povo, “o mal é sempre o mal” e “nem todos os sofismas farão que uma ação má se torne boa. Salientam que a desigualdade natural das aptidões de certas raças dependentes das raças mais inteligentes, existe “para que essas elevem as inferiores e não as embruteça ainda mais na escravidão”, sendo “culpados também aqueles que tratam seus escravos com humanidade, pois atendem melhor seus interesses, como o fazem com seus bois, cavalos, a fim de tirar mais proveito, usando seres humanos como mercadorias, privando-os do direito de se pertencerem a si mesmos”. Comentário publicado em jornal paulista de grande circulação (25/0/14), chama a atenção para o livro UM CRIME TÃO MONSTRUOSO publicado pelo jornalista norte-americano Benjamin Skinner. Centrado em expor um problema social ignorado pela maioria das pessoas, a obra chega a assustar pelos números surpreendentes que revela. Objetiva revelar a escravização de seres humanos na atualidade. No Brasil, vez ou outra, é denunciada o uso desse tipo de mão de obra por grupos imigrantes latino-americanos ou asiáticos, especialmente em oficinas de costura ou propriedades rurais. Telenovela recentemente apresentada em horário nobre pela maior e mais influente rede de televisão do País, chamou a atenção para o aliciamento de mulheres para a prostituição, inclusive internacional. Há a prostituição infantil motivada pela fome no norte/nordeste, ignorada pelo sudeste/sul. Publicamente são ignorados dados estatísticos que permitam uma ideia mais precisa da dimensão do problema, mas Skinner diz que no Brasil, anualmente, perto de 5 mil escravos são resgatados pela ação das autoridades. Skinner, contudo, leva-nos a um cenário dantesco ao redor do mundo, mostrando a exploração braçal e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do chicote. E os números demonstram que a escravidão até o século 19 envolvia muito menos seres humanos que atualmente. A emissora alemã Deutsche Welle, a décima maior emissora do mundo, com transmissões em 30 idiomas, entrevistou Benjamin Skinner que  entre outras inacreditáveis informações diz que “escravos hoje são muito mais baratos do que em qualquer outro momento da história da Humanidade”. Considera que “a escravização de seres humanos, apesar dos mais de trezentos tratados internacionais e convenções exigindo o fim da escravidão e do comércio de escravos, ainda é um desafio do mundo moderno”. Estima haverem entre 12,3 e 27 milhões de pessoas nessa condição atualmente. Define como característica de escravo, “pessoas forçadas a prestar um serviço, mantidas ilegalmente e ameaçadas com violência, sem pagamento, em esquema de subsistência que não podem fugir de seu trabalho”. Falando do seu perfil, diz serem “oriundos de comunidades profundamente empobrecidas, socialmente isoladas, tendem a ser jovens, do sexo feminino, com acesso restrito a educação e saúde, enquanto outras vivem em áreas onde o domínio da lei é fraco e criminosos podem tirar vantagem de sua vulnerabilidade e isolamento para lucrar”. Informa que “são usados em todos os ramos da indústria, da agricultura e do setor de serviço, a maioria forçada a trabalhar para quitar uma dívida, em muitos casos herdada de um ancestral”. Buscando dados em quatro continentes, diz ter “recebido, em Porto Príncipe, no Haiti, a oferta de um menino de 12 anos por 50 dólares, tendo presenciado ofertas de 45 dólares na África do Sul. Salienta que com “1,1 bilhão de pessoas subsistindo com menos de um dólar por dia, a oferta de potenciais escravos é ilimitada”. Aponta “o sul da Ásia e a Índia em particular como a região onde existe a maior concentração deles Nos Estados Unidos, a maior parte vem do – ou através - do México, sendo usadas na execução de trabalhos manuais e domésticos”. Em outras regiões “crianças são obrigadas a lutar em guerras civis brutais, enquanto homens e mulheres, espoliados, são obrigados a produzir componentes de produtos de consumo que você talvez tenha em casa”. Concluindo lembramos comentário de Allan Kardec sobre a questão 803 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS: -“Todos os homens são submetidos às mesmas leis naturais, nascem com a mesma fragilidade, sujeitos às mesmas dores, o corpo do rico se destruindo como o do pobre”. Todos iguais diante de Deus.







São várias as pessoas que estão fazendo perguntas, como esta: “Na situação como a que estamos vivendo neste momento, o mundo todo está com medo do coronavirus, muita gente doente, outros morrendo, como que os bons Espíritos podem nos ajudar?”
Há dois pontos que podemos destacar nesta questão. O primeiro é que nada acontece por acaso e que, portanto, esse surpreendente aparecimento do novo vírus – seja qual for a sua origem – deve ter acontecido num momento em que a humanidade está precisando refazer seus planos e sua forma de se conduzir. Em todo fato natural há dois lados: aquele que traz sofrimento e aquele que ensina. Preferimos valorizar mais o que ensina, até porque tudo que é bom exige esforço e até sacrifício de nossa parte.
Os Espíritos responsáveis pelo avanço da humanidade, certamente liderados por Jesus, devem saber o porquê estamos passando por esta dificuldade neste momento. E eles veem o lado útil do fato, embora entendendo o nosso desconforto. Como bons professores que se interessam pelos alunos, o que eles querem do homem?...  discernimento, seriedade, trabalho, ação.  Mas eles querem, sobretudo, que essa experiência ajude o homem a se transformar, tornando-se mais fraterno e mais solidário com seus irmãos de humanidade.
  Os Espíritos Superiores estão interessados, agora, em que o ser humano aprenda a lutar (principalmente contra o orgulho e o comodismo) e a romper a barreira do ódio e do preconceito. Logo, o ponto de vista da Espiritualidade difere do nosso ponto de vista, porque os Espíritos benfeitores veem a necessidade do nosso progresso moral e nós, por aqui, queremos apenas sair do sufoco. Oxalá saibamos aproveitar esta oportunidade para crescer moral e intelectualmente, mas, sobretudo, para compreender que nós, humanidade, somos uma família e precisamos aprender a nos tratar uns aos outros como irmãos.
O segundo ponto, que podemos destacar, é que os Benfeitores da Humanidade sabem de nossas necessidades muito mais do que nós e, mesmo reconhecendo que precisamos passar por esta difícil experiência, eles nos ajudam. Eles fazem o papel do professor, quando dá um problema difícil para o aluno resolver, mas, ao mesmo tempo, coloca-se ao seu lado para ajudá-lo a descobrir o caminho da solução, no entanto, o professor  não faz para o aluno  o que só o aluno  deve fazer.
 Logo, auxílio espiritual não falta, e ele é tanto mais eficaz quanto mais consciente estivermos na realização daquilo que nos compete. Os governos devem estar à frente para as grandes decisões. Os técnicos devem atuar com a maior responsabilidade na busca de soluções. A sociedade, atingida e atônita, precisa se organizar.  E o povo deve estar atento e dar o melhor de si nessa batalha. Enfim, todos e cada um de nós, face à exigência da luta, devemos estar prontos a fazer rigorosamente a parte que nos compete, observando regras, mudando hábitos e, por fim, descobrindo novas formas de viver e conviver.





















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