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sexta-feira, 1 de maio de 2020

REVELAÇÕES; LEIS SEVERAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




  Gostaria de saber se o Espiritismo é religião?
 Vamos responder sua pergunta com outra pergunta, caro ouvinte: o que você entende por religião?  Se você entende religião como um conjunto de artigos de fé em que as pessoas têm que acreditar cegamente e não podem questionar, então o Espiritismo não é religião. Se você entende que religião é uma organização humana dirigida por sacerdotes ou iniciados, que tem chefes e uma escala hierárquica de pessoas que determinam o que os fiéis devem acreditar ou não, neste sentido o Espiritismo não é religião.
 Se você entende religião como uma instituição que dirige uma multidão de fiéis, que devem seguir certos rituais, orar em templos e observar determinadas práticas consagradas, sacramentos e atos solenes de adoração, caso contrário estarão condenadas à perdição eterna, nesse sentido o Espiritismo não pode ser uma religião. Se você entende religião como uma intermediária exclusiva de Deus, único caminho de salvação, fora da qual não há bem nem verdade e tampouco Deus, neste sentido o Espiritismo não é religião.
 Se você entende religião como um repositório de verdades eternas, que determina o que é e o que não é sagrado, que exige total e perfeita obediência aos seus princípios, preocupada exclusivamente em aumentar o número de seus adeptos e aumentar seu rebanho para que sejam conduzidos ao céu, mas sem se preocupar em melhorar ou aperfeiçoar o caráter dessas pessoas, sem se empenhar para que elas se tornem melhores,  que respeitem todas as crenças e todas as formas de pensar, também neste sentido o Espiritismo não é religião.
 Quando, certa vez, perguntaram a Allan Kardec se o Espiritismo é religião, ele respondeu que sim, apenas no sentido filosófico da palavra religião, pois a principal finalidade do Espiritismo é religar o homem a Deus; não apenas pela palavra ou pela frequência a templos, não somente pela forma de adorá-lo ou por práticas religiosas festivas e convencionais, mas pela sua boa conduta diante do próximo, pelos atos de respeito ao semelhante, pela prática efetiva do bem -  ou seja, pela melhoria de suas qualidades morais, de conformidade com as recomendações de Jesus.
 Logo, caro ouvinte, podemos dizer que o Espiritismo é religião sim, mas somente no sentido ético-moral ( ou seja, no sentido de que se tornem pessoas melhores), pois para o espírita Deus é uma realidade presente, com que todo ser humano – seja ele qual for, esteja onde estiver – como seu filho, pode se comunicar a qualquer momento, não apenas com palavras e gestos de adoração e louvores, mas mediante o exercício do amor ao próximo ou de compromisso com o outros, meta que está ao alcance de qualquer pessoa.
 Entretanto, mais que uma religião, o Espiritismo é uma doutrina de uma abrangência ampla – desde a filosofia à ciência (abrangendo todas as áreas do conhecimento humano), pois é uma doutrina que está interessada em que seus seguidores compreendam aquilo que devem crer e não aceitem cegamente qualquer verdade que lhe queiram impor.  Insiste, portanto, em que não aceitemos verdades que não compreendemos, submetendo tudo ao crivo da razão e bom senso, razão pela qual o entendimento das leis da vida é fundamental para a formação da verdadeira fé espírita.
 Para o Espiritismo, considerar-se espírita ou de qualquer religião, crente ou ateu, não tem valor para o seu progresso espiritual, se a pessoa não se esforçar o bastante para seguir no dia a dia de sua vida – quer no âmbito de sua família, no seu local  trabalho ou nas suas relações sociais  - as lições ensinadas por Jesus de Nazaré, que se resumem no “amai-vos uns aos outros” para fazer a vontade de Deus.  Leia, para começar, FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, de José Benevides Cavalcante; depois estude as obras de Allan Kardec. 















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