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sábado, 16 de maio de 2020

COMO SE ESTIVESSEMOS NA CONTRAMÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Alguém comenta: -“A situação do planeta deve-se ao aumento acelerado da população!”. Em opinião expressa em publicação espiritualista resgatada e  preservada integralmente no livro SALA DE VISITAS DE CHICO XAVIER (eme), do pesquisador Eduardo Carvalho Monteiro, o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier, afirmou que “grandes imensidades territoriais, na América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho”. Mais à frente acrescentaria que “aqui mesmo, no Brasil, numa Nação com a capacidade de asilar novecentos milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos, os Espíritos reencarnados na Terra, mal estamos passando das faixas litorâneas”. O comentário expresso  seis décadas atrás, somente merece retoque no aspecto das faixas litorâneas. O problema da escassez de alimentos somente pode se justificar pelo predomínio do egoísmo e do orgulho observado no comportamento humano. Porque se analisarmos a relação custo/benefício da posse de grandes extensões de terra apenas para lazer eventual em pequeno espaço que abrange, por vezes, alguns equipamentos como quadras e piscina; do apartamento de cobertura que abriga duas ou três pessoas; do suntuoso imóvel de revolucionárias linhas arquitetônicas incrustado em área rural acessado vez ou outra; do carro de alto preço e grande potência de uso limitado pelas leis de trânsito; entre outros aspectos, concluiremos pela irracionalidade e insensatez desses “sonhos de consumo”. A questão da alimentação necessária para a manutenção do corpo humano merece reflexão. Em livro do Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, encontramos que setenta porcento do que nutre a máquina física resulta da respiração, cabendo aos trinta porcento restantes a função de complementação sólida necessária pelos desgastes impostos pelas atividades desenvolvidas. Em outras palavras nosso apetite por dietas variadas satisfazem apenas nossos sentidos e não necessidades. A inteligência do homem desenvolveu tecnologias capazes de produzir alimentos em regiões desérticas, de extrair o sal da água do mar como mostram os grandes navios de cruzeiros marítimos. Analisando a questão do gozo dos bens da Terra nas questões 711 e 714ª d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a Espiritualidade explicou a Allan Kardec que o “direito do uso dos bens da Terra é a consequência da necessidade de viver, que esses atrativos servem para instigar o homem no cumprimento da sua missão e também para o provar na tentação, cujo objetivo é desenvolver a razão que deve preservá-lo dos excessos, advertindo que o homem que procura nos excessos de toda espécie um refinamento dos seus gozos, é uma pobre criatura que devemos lastimar e não invejar, porque está bem próximo da morte física e moral”, ao que Kardec comenta que “esse indivíduo coloca-se abaixo dos animais, pois estes sabem limitar-se à satisfação de suas necessidades e que tal criatura abdica da razão que Deus lhe deu para guia e quanto maiores forem seus excessos, maior é o império que concede à sua natureza animal sobre a espiritual, sendo as doenças, a decadência, e apropria morte, as consequências do abuso, constituindo uma punição da transgressão da Lei de Deus”. No mesmo capítulo lei de conservação, da obra citada, encontramos que a Terra é capaz de produzir o necessário a todos os seus habitantes, sendo útil apenas o necessário, jamais o supérfluo”, acrescentando que “se ela não supre a todas as necessidades é porque o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário, não sendo a natureza a imprevidente, mas o homem que não sabe regular-se, devendo-se ao egoísmo dos homens que nem sempre fazem o que devem, a falta dos meios de subsistência que faltam a certos indivíduos, mesmo em meio da abundância que os cerca”. Pondera Kardec em observação adicional que “se a Civilização multiplica as necessidades também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida(...). A Natureza não poderia ser responsável pelos vícios da organização social e pelas consequências da ambição e do amor próprio”.



Hoje podemos perceber que a duração da vida humana vem aumentando ano a ano. Afirmam os especialistas que atualmente a expectativa da vida humana é o dobro do que era há um século atrás. A pergunta é a seguinte:  “Num mundo como o nosso, de provas e expiações, quanto mais a gente vive, mais erra, mais dívida contrai. Será que, aumentando a vida humana, não estamos nos endividando mais e atrasando nossa evolução espiritual?”
  Em Doutrina Espírita, partimos do princípio de que a vida na Terra é uma necessidade imperiosa, indispensável,  para o progresso do Espírito. É por meio da reencarnação que o Espírito, desde sua condição mais primitiva ou desde sua criação, consegue despertar e desenvolver suas potencialidades em busca de sua completude. Isso quer dizer que a vida é muitíssimo preciosa e que, portanto, cada dia, cada mês, cada ano que vivemos na Terra, tem um peso significativo em nosso processo evolutivo.
 Essas informações vamos encontrar n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, capítulo IV, segunda parte. O trajeto da evolução é longo e tortuoso. A vida na Terra é sempre mais uma oportunidade de aperfeiçoamento e não um castigo, como muita gente pensa. Retornando à vida terrena o Espírito se aperfeiçoa, refazendo caminhos e buscando aprimorar-se, razão pela qual até mesmo seus erros e descaminhos são aproveitados para essa finalidade, de tal modo que toda encarnação, de algum modo, é sempre proveitosa, mesmo que aparentemente infrutífera aos nossos olhos.
 Por isso, o Espírito deveria viver o máximo do que lhe é permitido ou viver o máximo do tempo programado para sua encarnação. Em geral, os Espíritos que reencarnam na Terra, por causa da ignorância, da falta de cuidado e de seus instintos egoístas, acabam encerrando a vida física antes do tempo. Por outro lado, não é difícil deduzir que, recuando ao passado da humanidade, quanto menos desenvolvido o homem, menos tempo de vida tinha sobre a Terra. Considere, por exemplo, qual a era a expectativa de vida do homem da caverna.
 O progresso material, como sustentáculo da vida física, permitiu-lhe uma vida cada vez mais longa com o passar dos séculos, justamente para que ele pudesse desfrutar mais da maturidade física, aprendendo a refletir , a avaliar e a repensar sua vida. Não é por acaso que os mais velhos costumam dar bons conselhos aos mais novos. Assim sendo, também não é difícil deduzir que, vivendo mais, como está acontecendo nos dias de hoje, ele vai tendo mais chance de compreender o real sentido da vida, preparando-se para uma vida melhor no futuro.
 Seria contraditório acreditar que uma vida longa seria prejudicial ao Espírito por causa de suas tendências negativas. Se fosse assim, seria preferível desencarnar na infância, quando ainda não houve tempo de cometer erros graves. Não é o que o Espiritismo pensa; muito pelo contrário. Por isso, vale a pena viver mais. Se a infância, para nós, é a idade ideal para aprender, a idade avançada é o período ideal para se reavaliar e tirar melhores conclusões sobre o sentido da vida.























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