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sexta-feira, 6 de maio de 2022

UMA SURPREENDENTE COMUNICAÇÃO COLETIVA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Integrantes da Sociedade Espírita de Paris encontravam-se reunidos na noite de primeiro de novembro de 1866 para reverenciar o Dia dos Mortos, convencionalmente comemorado no dia dois do mesmo mês, conforme instituído no calendário da predominante no lado Ocidental da Terra. Um fenômeno interessante marcaria aquela reunião, revelando mais um aspecto do instigante processo de intercâmbio entre os dois mundos. Deu-se através do médium Sr Bertrand, conforme relatado por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA, número de março de 1867. Foi a comunicação de vinte Espíritos cujas vidas, em nossa Dimensão, marcaram importantes momentos da História da Humanidade. Mesmer, General Brune, Luiz XVI, Lafayette, Arago, Napoleão, entre outros. O mais curioso é que a partir do tema proposto por um, outros contra pontuavam ampliando a compreensão do mesmo, encadeando, por fim, uma mensagem de conteúdo de grande elevação. Um trecho que bem exemplifica isto: o Espírito Meyerbeer escreveu: -“Três coisas devem progredir: a música, a poesia e a pintura. A música transporta a alma ferindo o ouvido”; Casemir Delavigne acrescentou: -“A poesia transporta a alma abrindo o coração”; seguido por Flandrin: -“A pintura transporta a alma acariciando os olhos”, enquanto Alfred de Musset: -“ Então a poesia, a música e a pintura são irmãs e se dão as mãos: uma para abrandar o coração, outra para suavizar os costumes e a última para abrir a alma: as três para vos elevar ao Criador; ao que São Luiz, encerrando a comunicação em nome de todos, aditou: -“ Mas nada, nada deve progredir mais momentaneamente do que a Filosofia; ela deve dar um passo imenso, deixando estacionar a ciência e as artes, mas para as elevar tão alto, quando for tempo, que essa elevação será muito mais súbita para vós hoje”. Kardec acrescenta que no dia 6 de dezembro, o mesmo Sr Bertrand, no grupo do Sr. Desliens, psicografou uma comunicação do mesmo gênero que, de certo modo, é continuação da precedente, desta vez com vinte e nove manifestantes, desenvolvendo raciocínios rápidos em torno do amor, da sabedoria, ciência, reencarnação, a Doutrina de Jesus, além de outros temas. Considerando que o estudo da mediunidade evidencia a necessidade da identidade de fluidos entre o Espírito comunicante e o médium, Kardec levantou a duvida no seguinte questionamento: -“Como os fluidos de tão grande número de Espíritos podem assimilar-se quase instantaneamente com o fluido do médium, para lhe transmitir seu pensamento, quando tal assimilação por vezes é difícil da parte de um só Espírito, e geralmente só se estabelece com vagar?”. Conta o Codificador que, Slener,“o guia espiritual do médium parece o ter previsto, porque dois dias depois lhe deu a seguinte explicação”:-“A comunicação que obtiveste no Dia de Todos os Santos, como a última, que é o seu complemento, posto nesta haja nomes repetidos, foram obtidas da seguinte maneira: como sou teu Espírito protetor, meu fluido é similar ao teu. Coloquei-me acima de ti, transmitindo-te o mais exatamente possível os pensamentos e os nomes dos Espíritos que desejavam manifestar-se. Estes formaram em torno de mim uma assembleia cujos membros, cada um por sua vez, ditava os seus pensamentos, que eu te transmitia. Isso foi espontâneo e o que naquele dia tornava as comunicações mais fáceis é que os Espíritos presentes tinham saturado a sala com seus fluidos. Quando um Espírito se comunica com um médium, fá-lo com tanto mais facilidade quanto melhor estabelecidas entre si as relações fluídicas, sem o que o Espírito, para comunicar seu fluido ao médium, é obrigado a estabelecer uma espécie de corrente magnética, que atinge o cérebro deste. “E, se em razão de sua inferioridade, ou por qualquer outra causa, o Espírito não pôde estabelecer esta corrente, ele próprio, então recorre à assistência do guia do médium, e as relações se estabelecem como acabo de indicar”. As informações suscitaram outra pergunta: -“No número destes Espíritos não há alguns encarnados, neste ou noutro mundo e, neste caso, como se podem comunicar?”. Eis a resposta que foi dada: “- Os Espíritos de um certo grau de adiantamento tem uma radiação que lhes permite comunicar-se simultaneamente em vários pontos. Nuns, o estado de encarnação não amortece essa radiação de maneira completa para os impedir de se manifestarem, mesmo em vigília. Quanto mais avançado o Espírito, mais fracos os laços que o unem à matéria do corpo; está num estado de quase constante despendimento e pode dizer-se que está onde está seu pensamento”.


  “Pensar positivamente é acreditar que vai alcançar o resultado que deseja. E se esse pensamento for, por exemplo, querer prejudicar alguém? Também é positivo?” ( Maria Silvia, Jardim Brasil)


O pensamento é o nosso mais poderoso instrumento de vida, responsável por todas conquistas da humanidade. Ele não é apenas memória, raciocínio, razão; mas também o sentimento, a criatividade. Desse modo, podemos usá-lo para o bem ou para o mal. Homens, que sonharam com o bem-estar da humanidade – como Edison, que inventou a lâmpada elétrica; Pasteur, Salk e Sabin que descobriram vacinas; Santos Dumont que inventou o avião e muitos outros – utilizaram o pensamento de forma positiva, e se conseguiram alcançar bons resultados em seus empreendimentos, deveram isso à sua crença, à certeza nos objetivos que queriam alcançar.


Outros, porém, utilizaram o pensamento para objetivos egoísticos e destrutivos. O que dizer de Hitler, por exemplo? O problema está, portanto, em nossa formação moral, que vai direcionar as metas que pretendemos atingir. Quem acredita no amor, vive o amor, e dirige seu pensamento para o amor. Os livros de auto-ajuda em geral – como O PODER DO PENSAMENTO POSITIVO de Norman Vincent Peale e O PODER DO SUBSCONSCIENTE de Joseph Murphy – para citar os mais conhecidos, procuram encaminhar o leitor para pensamentos bons e construtivos, para realizações que dignifiquem e elevem ser humano, jamais para coisas inúteis e destrutivas. Isso não impede, no entanto, que pessoas mal-intencionadas o utilizem para suas metas egoístas


Na verdade, esses autores estão seguindo o mesmo princípio tão bem lembrado por Jesus de Nazaré, há 2 mil anos, quando disse – “a fé transporta montanhas”. Fé é pensamento positivo, é acreditar que vai atingir determinada meta e partir em sua direção. E esse pensamento é mais positivo ainda, quando estiver ligado a Deus, que é o Supremo Bem e de onde provém todas as forças positivas da vida. Aliás, um pensamento só é bom quando estiver livre de sentimentos comprometedores – como o ódio e a inveja, e quando se voltar integralmente para um fim útil e um objetivo nobre. Pensar ou querer mal aos outros não pode ser positivo para ninguém, pois o ódio é um pensamento incômodo, desconfortável, que prejudica aquele que o cultiva. Por isso, Jesus recomendou amar até mesmo o inimigo.



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