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segunda-feira, 9 de maio de 2022

CUIDADO COM O QUE VOCÊ PENSA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Sobrevivente em relação ao grande número de autores e obras publicadas no Brasil no meio espírita graças à qualidade das pesquisas que realizou no campo das manifestações psíquicas, o italiano Ernesto Bozzano construiu livros de conteúdo impressionante. Um deles PENSAMENTO E VONTADE (feb). Dele uma amostra para sua análise: -“Já os magnetizadores da primeira metade do século passado haviam notado que os sonâmbulos não só percebiam o pensamento das pessoas com quem se punham em relação, sob a forma de imagens geralmente localizadas no cérebro, com também, eventualmente, fora dele, e mais ou menos imersos na aura da pessoa que, na ocasião, tinha na mente o pensamento correspondente à imagem. (...) A este respeito, importa acentuar que as descrições teosóficas desse simbolismo do pensamento estão em surpreendente concordância com as dos clarividentes sensitivos. Resumindo o trecho de um livro de Annie Besant e Leadbeater, para compará-lo depois a uma outra passagem tomada às declarações de um sensitivo clarividente. Eis o que a respeito dizem esses autores: Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do corpo mental, correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e que ai combinam em maravilhoso jogo de cores, tal como se dá com as gotículas de água desprendidas de uma cascata, quando atravessadas pelo raio solar, apenas com a diferença de maior vivacidade e delicadeza de tona. O corpo mental, graças ao impulso do pensamento, exterioriza uma fração de si mesmo, que toma forma correspondente à intensidade vibratória, tal como o pó de licopódio que, colocado sobre um disco sonante, dispõe-se em figuras geométricas, sempre uniformes em relação com asnotas musicais emitidas. Ora, este estado vibratório da fração exteriorizada do corpo mental, tem a propriedade de atrair no meio etéreo, substância sublimada análoga à sua. Assim é que se produz uma forma pensamento, que é, de certo modo, uma entidade animada de intensa atividade, a gravitar em torno do pensamento gerador... Se este pensamento implica uma aspiração pessoal de quem o formulou - tal como se dá com a maioria dos pensamentos - volteia, então, ao derredor do seu criador, pronto sempre a reagir benéfica ou maleficamente, cada vez que o sinta em condições passivas. Estranhamente simbólicas as formas do pensamento, algumas delas representam graficamente os sentimentos que as originaram. A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas, como que dispostas a apreender o cobiçado objeto. O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais. Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos semelhantes aos projeteis. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpicos de lama. Outro sensitivo clarividente, Sr. .E.A. Quinton, também nota, a propósito das suas visualizações de pensamentos alheios, o seguinte: Em três grupos podem ser subdivididas as formas pensamentos por mim percebidas: - as que revestem o aspecto de uma personalidade, as que representam qualquer objeto e as que engendram formas especiais... As inerentes aos dois primeiros grupos explicam-se por si mesmas; as do terceiro, porem, requerem esclarecimento. Um pensamento de paz, quando emitido por alguém profundamente compenetrado desse sentimento, torna-se extremamente belo e expressivo. Um pensamento colérico, ao contrário, torna-se tão repugnante, quanto horrível. A avidez e análogas emoções, por sua parte, originam formas retorcidas, curvas, semelhantes às garras do falcão, como se as pessoas que as emitem desejassem algo empalmar em benefício próprio. Pelo visto, destas declarações ressalta a concordância de clarividentes e teósofos, afirmarem que os impulsos pessoais da ganância e análogos desejos originam formas tortuosas do pensamento. E uma circunstância notável, essa. Naturalmente, no que diz com a realidade das formas abstratas do pensamento, não possuímos, até agora, outra prova além da resultante da uniformidade dos testemunhos de diversos clarividentes. Todavia, apresso-me a declarar que, para as afirmações dos sensitivos, relativamente às formas concretas do pensamento -, isto é, pensamento-forma representando pessoas ou coisas - tem na fotografia uma prova absoluta, de vez que a chapa as registra..


Por que os espíritas não fazem também celebrações, como as outras religiões, que adotam rituais, cânticos e louvores? Não é essa uma forma respeitosa de adorar a Deus?


Não duvidamos de que as religiões, que adotam a ritualística, para prestar suas homenagens a Deus, estejam imbuídas das melhores intenções. Desde os primórdios da humanidade, as formas mais antigas de religião instituíram as cerimônias como forma de adoração. Para o Espiritismo, porém, essa é uma fase superada, pois o que vale mesmo é o sentimento - ou seja, aquilo que verdadeiramente estamos vivenciando em nosso coração, quando nos dirigimos a Deus. Não foi isso que Jesus ensinou, quando proferiu o sermão da montanha?


A Doutrina Espírita, em termos morais, decidiu adotar a moral e o procedimento de Jesus, e faz questão de seguir suas recomendações. Se você ler os quatro evangelhos, selecionados pela Igreja ( de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João), vai perceber que, em nenhum momento, Jesus usou de cerimônia para prestar culto ao Pai. Pelo contrário, ele deixou bem claro que a verdadeira adoração parte do coração sincero e não se mede pelas manifestações exteriores, ou seja, por aquilo que aparece. Aliás, foi esse ponto que mais criticou nos fariseus.


As celebrações têm, de fato, seu valor, quando elas correspondem exatamente ao sentimento das pessoas que delas participam, mas quando, de sentimento, elas só têm a aparência, com certeza não tem valor algum. Foi, pelo menos, o que Jesus ensinou com estas palavras: “Quando quiserdes orar, entrai em vosso quarto e, fechada a porta, orai em silêncio e vosso Pai, que sabe o que se passa em silêncio, vos atenderá”.


E mais adiante, referindo-se aos fariseus, ele disse: “Não façais como os hipócritas que oram em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Na verdade, eles já receberam sua recompensa”. E mais: “ Não façais como os gentios que pensam que é pelo muito falar que sereis ouvidos; vosso Pai sabe do que necessitais, antes mesmos de fazeres o vosso pedido”. No evangelho de Marcos, lemos estas recomendações de Jesus: “Mas, quando puserdes em oração, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os pecados, porque se não perdoardes, também vosso Pai não vos perdoará”.


O caráter da prece, para Jesus, está no sentimento de quem ora. A prece é um ato espiritual, desprendido, que não precisa de manifestações exteriores; mas é desprovido de aparatos, de ornamentos ou de quaisquer outros apetrechos. Tanto assim que Jesus orava, com os discípulos, em qualquer momento e em qualquer lugar. Aliás, a sua vida já era uma oração em si, porque só falava o bem, só fazia o bem, só amava o próximo. Não vemos Jesus cantando ou mandando entoar hinos, embora a música seja uma coisa divina e maravilhosa.


Os cerimoniais foram introduzidos depois pelos movimentos cristãos. Jesus, porém, não queria confundir a aparência com a essência e só por isso se abstinha de ornamentar a prece com outra coisa que não fosse o bom sentimento. No Espiritismo também usamos a música, quando vamos orar, mas apenas como para auxiliar a concentração, para facilitar nosso equilíbrio emocional. É comum se utilizar músicas suaves orquestradas em volume bem baixo, que nos ajudam a elevar a alma. Outros tipos de música podem ser utilizadas no meio espírita, mas em outras situações, como em festividades e confraternizações..


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